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Por que criei o Prateada e Digital?

O Prateada e Digital é meu curso online e presencial, voltado para pessoas que desejam ganhar autonomia no uso dos recursos da internet. A ideia nasceu em 2022, durante uma visita a uma feira de artesanato em São Paulo. Este universo das artes manuais, especialmente a costura criativa, é predominantemente feminino. Muitas dessas mulheres têm mais de 50 anos e trabalharam em áreas que pouco exigiam o uso das tecnologias que hoje dominam o mercado. Agora, em um mundo onde tudo passa pelo digital, esse público está excluído das oportunidades e, pior, vulnerável a golpes online.

Mulheres trabalhando em uma feira de artesanato em São Paulo, conectadas ao mundo digital e presencial.

Essa percepção se uniu ao meu propósito de vida. Sempre quis ser professor. Até aquele ano, eu alimentava o desejo de seguir minha formação acadêmica e complementar meu mestrado em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp com um doutorado no mesmo eixo temático, unindo Jornalismo e Economia, minhas duas formações. Mas ao refletir, me questionei: “Por que preciso de uma universidade para me validar como professor?” Os tempos mudaram e a educação a distância (EaD) ganhou espaço. Plataformas como YouTube e cursos online atraem milhares de estudantes. Foi então que surgiu a ideia do Prateada e Digital.

“Alex, me ensina a mexer na Netflix?”

Além disso, outro fator decisivo foi minha mãe. Dona Isabel, com seus 67 anos, enfrenta dificuldades com a tecnologia. Ela usa WhatsApp, mas não sabe enviar áudios; utiliza o Instagram apenas quando eu e minha irmã enviamos vídeos divertidos ou sobre costura, patchwork e afins; ela consegue enviar e-mails e anualmente instala os aplicativos da Receita Federal para declarar o Imposto de Renda. 

Mesmo com essas dificuldades, ela ainda aprende novas peças para costurar no YouTube, e sempre me mostra com orgulho suas criações. Apesar dessas habilidades, ela ainda encontra barreiras, principalmente com novidades. Quando isso acontece, eu explico e escrevo o passo-a-passo para que ela possa consultar depois. E sempre dá certo.

Leia também: Conheça um pouco mais da minha história aqui!

Internet nos anos 1990: Uma geração que trabalhava enquanto outra explorava

Computador antigo com conexão discada usado nos anos 1990.

Um fato sobre minha mãe, que se aplica a muitos com mais de 50 anos, é que enquanto a internet surgia na década de 1990, ela estava ocupada com o trabalho e cuidando da casa. Nessa época, surgiram os primeiros provedores de internet no Brasil – lembra do CD de instalação da AOL ou do UOL? A conexão era discada e impedia o uso do telefone enquanto o computador estava online. Celulares modernos, como os conhecemos hoje, sequer existiam.

Após a meia-noite e nos finais de semana, as operadoras cobravam apenas uma discagem, o que nos permitia explorar a internet à vontade. Eu e minha irmã nos revezávamos para acessar sites e softwares de comunicação como mIRC e ICQ, conversando com amigos e brincando com jogos online. Enquanto isso, minha mãe cuidava da casa.

Nós, que nascemos a partir da década de 1980, aprendemos a usar a internet de forma “natural”. Ninguém nos ensinou diretamente, mas fomos descobrindo. As gerações mais novas, então, nem se fala. Bebês e crianças pequenas já sabem usar celulares de uma maneira surpreendente para muitos, concorda?

“Isso não é da minha época”

O tempo passou, as tecnologias evoluíram, e as pessoas que hoje estão se aposentando ou prestes a se aposentar sentem que ficaram para trás. Já ouvi muitas vezes a frase que destaquei acima enquanto conversava com idosos e até com pessoas acima dos 50 anos. Mas será que não é da sua época mesmo? Você está viva, minha senhora! Sua época ainda é essa, então viva intensamente!

Apenas alertar não é suficiente, eu sei. Um dos motivos que tira a autonomia na internet de muitos mais velhos é a falta de alguém que ensine com paciência. Muitos familiares não têm essa paciência. Quem nunca ouviu a frase: “Eu já te expliquei isso, mãe!”?

O lema do Prateada e Digital: “O óbvio nunca é óbvio, por isso é bom explicar!”

Idosa aprendendo a usar um smartphone e se conectar à vida digital com a ajuda de uma instrutora.

Foi assim que nasceu o Prateada e Digital e, principalmente, meu lema. Uma das formas mais eficientes de aprender algo novo é a prática e a rotina. Se você aplica o conhecimento com frequência, ele se torna natural. Para mim, é óbvio o que é um link, um site, um e-mail e como enviar áudios, fotos e documentos pelo WhatsApp, Gmail, Instagram ou qualquer outro aplicativo. Fiz isso muitas vezes em meu trabalho e no dia a dia.

Porém, não posso assumir que essas ações, por mais simples que sejam, são óbvias para todos. Então, por que não compartilhar todo esse conhecimento e essas habilidades com você?

O Prateada e Digital ainda está no começo de sua trajetória, mas meu objetivo é ajudar muitas pessoas, de diferentes idades, a aproveitar todas as oportunidades que o ambiente digital e as novas tecnologias trazem. Seja para se comunicar com a família ou voltar ao mercado de trabalho, conhecer o básico da internet e os diferentes aplicativos, softwares e configurações é essencial.

E aí, vamos aprender juntos e juntas?

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