Estas anotações não são minhas.
1.Petty e Cantillon sobre excedente e circulação monetária
Davanzati
·
O
argumento, é que o verdadeiro valor de uso está nas mercadorias, e o dinheiro
serve apenas para intercambiar bens uteis. O metal não vale pelo metal, mas sim
para nos proporcionar acesso à verdadeira riqueiza.
O
argumento, é que o verdadeiro valor de uso está nas mercadorias, e o dinheiro
serve apenas para intercambiar bens uteis. O metal não vale pelo metal, mas sim
para nos proporcionar acesso à verdadeira riqueiza.
·
Portanto,
dinheiro é ouro e prata pesado e estampado à cunhagem.
Portanto,
dinheiro é ouro e prata pesado e estampado à cunhagem.
·
Idéia
de “consentimento comum”à o que nos remeterá a Locke
Idéia
de “consentimento comum”à o que nos remeterá a Locke
·
Doutrina
do valor baseada na necessidade ou na escassez.
Doutrina
do valor baseada na necessidade ou na escassez.
·
O
dinheiro estimula a circulação,. Logo, devemos evitar falsificação. Para evitar
a escassez do dinheiro, deve-se priva-lo de: counterfeiting, monopolizing,
Simony, usury, and debasement
O
dinheiro estimula a circulação,. Logo, devemos evitar falsificação. Para evitar
a escassez do dinheiro, deve-se priva-lo de: counterfeiting, monopolizing,
Simony, usury, and debasement
·
Debasement
provoca fuga da moeda de Estados que não realizaram o debasement. à Impulsiona os vizinhos a também
fazerem.
Debasement
provoca fuga da moeda de Estados que não realizaram o debasement. à Impulsiona os vizinhos a também
fazerem.
·
Consequências
do debasement: diminuição das rendas públicas, dos créditos e propriedade
privadas – contratos nominais são pagos com menos metal. Há também elevação de
preços. (Similar a Locke)
Consequências
do debasement: diminuição das rendas públicas, dos créditos e propriedade
privadas – contratos nominais são pagos com menos metal. Há também elevação de
preços. (Similar a Locke)
·
Conclusão:
deveríamos eliminar as sementes de despesa, fraude e ganho. Deveríamos eliminar
à moeda!! à Não consegue resolver as questões que
propõe.
Conclusão:
deveríamos eliminar as sementes de despesa, fraude e ganho. Deveríamos eliminar
à moeda!! à Não consegue resolver as questões que
propõe.
Barbon
·
Representante
da visão estatutária do valor dinheiro: “Money is a value made by law, and the
difference of its value is known by the stamp, and size of the piece”.
Representante
da visão estatutária do valor dinheiro: “Money is a value made by law, and the
difference of its value is known by the stamp, and size of the piece”.
·
O
valor advém da utilidade. O preço é equivalente ao valor presente e decorre de
oferta x demanda à abundancia (barato) x escassez
(caro).
O
valor advém da utilidade. O preço é equivalente ao valor presente e decorre de
oferta x demanda à abundancia (barato) x escassez
(caro).
·
As
funções do dinheiro são: medida de valor (instrumento pelo qual as coisas são
medidas), medida de troca (change or pawn à pode
significar também reserva de valor).
As
funções do dinheiro são: medida de valor (instrumento pelo qual as coisas são
medidas), medida de troca (change or pawn à pode
significar também reserva de valor).
·
Medidas
variáveis não são boas – não serve como elemento de comparação e aferição. à Há, portanto, a concepção que o
dinheiro não precisa ser metálico. Se a autoridade possui a prerrogativa de
fixar o valor, conclui Barbon, determinado valor pode ser atribuído a qualquer
símbolo.
Medidas
variáveis não são boas – não serve como elemento de comparação e aferição. à Há, portanto, a concepção que o
dinheiro não precisa ser metálico. Se a autoridade possui a prerrogativa de
fixar o valor, conclui Barbon, determinado valor pode ser atribuído a qualquer
símbolo.
·
Crédito
substitui as moedas nas transações. Credito é um valor formado por opinião, e
compra bens assim como o dinheiro compra.
Crédito
substitui as moedas nas transações. Credito é um valor formado por opinião, e
compra bens assim como o dinheiro compra.
·
A
conclusão sobre os juros é que existe uma relação entre o valor do dinheiro e o
valor da terra. Logo, o valor da terra é rendimento capitalizado. Esse valor da
terra (juros) deve ser fixado pela lei.
A
conclusão sobre os juros é que existe uma relação entre o valor do dinheiro e o
valor da terra. Logo, o valor da terra é rendimento capitalizado. Esse valor da
terra (juros) deve ser fixado pela lei.
·
Duas
funções para o dinheiro: medida de valor e meio de troca. Não explora a idéia
de reserva de valor, como em Locke. Justamente por essas funções dinheiro
precisa ter um valor fixado por lei.
Duas
funções para o dinheiro: medida de valor e meio de troca. Não explora a idéia
de reserva de valor, como em Locke. Justamente por essas funções dinheiro
precisa ter um valor fixado por lei.
·
Barbon atribui a preferência por moedas metálicas à
conveniência e à dificuldade de falsificação.
Barbon atribui a preferência por moedas metálicas à
conveniência e à dificuldade de falsificação.
·
Em resumo, o dinheiro cunhado (e não a prata) é o
instrumento dos contratos;
Em resumo, o dinheiro cunhado (e não a prata) é o
instrumento dos contratos;
·
A “valorização do dinheiro” não irá elevar a taxa
de câmbio, nem o preço das mercadorias estrangeiras. Ademais, a “valorização do
dinheiro” seria o único meio de evitar a evasão do dinheiro;
A “valorização do dinheiro” não irá elevar a taxa
de câmbio, nem o preço das mercadorias estrangeiras. Ademais, a “valorização do
dinheiro” seria o único meio de evitar a evasão do dinheiro;
·
As “valorizações do dinheiro” não elevam o preço
das mercadorias. A falta de valorização é que carrearia metais (na forma de bullion)
para o exterior;
As “valorizações do dinheiro” não elevam o preço
das mercadorias. A falta de valorização é que carrearia metais (na forma de bullion)
para o exterior;
·
No fundo, acaba por limitar a proposição de que “Mony
is a Value made by a Law” (Barbon, 1690, p. 14), uma vez que, no mundo
real, a concorrência e a necessidade de preservar o meio circulante nacional
imporiam aos governos os valores estabelecidos no mercado internacional.
No fundo, acaba por limitar a proposição de que “Mony
is a Value made by a Law” (Barbon, 1690, p. 14), uma vez que, no mundo
real, a concorrência e a necessidade de preservar o meio circulante nacional
imporiam aos governos os valores estabelecidos no mercado internacional.
·
Além disso, ainda que pudéssemos aferir o saldo
comercial, conclui, não é verdade que eles sejam compensados com bullion –
podem ser compensados em matérias- primas ou em outros metais que não o ouro e
a prata, mercadorias que igualmente representam riqueza.
Além disso, ainda que pudéssemos aferir o saldo
comercial, conclui, não é verdade que eles sejam compensados com bullion –
podem ser compensados em matérias- primas ou em outros metais que não o ouro e
a prata, mercadorias que igualmente representam riqueza.
·
A valorização dos metais preciosos, em decorrência
de sua escassez e da alta demanda, e a ocorrência de necessidades
extraordinárias de financiamento público. A concorrência internacional força
uma valorização conjunta das moedas nacionais.
A valorização dos metais preciosos, em decorrência
de sua escassez e da alta demanda, e a ocorrência de necessidades
extraordinárias de financiamento público. A concorrência internacional força
uma valorização conjunta das moedas nacionais.
·
A “valorização do dinheiro” provocará aumento do
meio circulante nacional.
A “valorização do dinheiro” provocará aumento do
meio circulante nacional.
·
Barbon rejeita a teoria quantitativa da moeda, com
a prosaica constatação de que, se os preços dependessem do conteúdo metálico da
moeda, o preço das mercadorias só poderia se alterar quando o do dinheiro
variasse. Em sua visão, algumas mercadorias variam incessantemente de preço (os
grãos, por exemplo), enquanto outras têm preço fixo (a cerveja, as manufaturas
de modo geral).
Barbon rejeita a teoria quantitativa da moeda, com
a prosaica constatação de que, se os preços dependessem do conteúdo metálico da
moeda, o preço das mercadorias só poderia se alterar quando o do dinheiro
variasse. Em sua visão, algumas mercadorias variam incessantemente de preço (os
grãos, por exemplo), enquanto outras têm preço fixo (a cerveja, as manufaturas
de modo geral).
Locke
·
De acordo com Locke o dinheiro vale em dupla medida
(teoria dual do valor do dinheiro): porque proporciona juros e porque permite
acesso às mercadorias desejadas. Uma queda na taxa de juros significa para
Locke uma queda no valor do dinheiro.
De acordo com Locke o dinheiro vale em dupla medida
(teoria dual do valor do dinheiro): porque proporciona juros e porque permite
acesso às mercadorias desejadas. Uma queda na taxa de juros significa para
Locke uma queda no valor do dinheiro.
·
Os juros são determinadas pela oferta e demanda do
dinheiro, logo não pode ser fixo. Uma redução da tx de juros reduziria a oferta
de dinheiro e a escassez e meio circulante criaria obstáculos ao trade.
Os juros são determinadas pela oferta e demanda do
dinheiro, logo não pode ser fixo. Uma redução da tx de juros reduziria a oferta
de dinheiro e a escassez e meio circulante criaria obstáculos ao trade.
·
Locke afirma que instrumentos alternativos como as
letras de cambio não substituem a moeda.
Locke afirma que instrumentos alternativos como as
letras de cambio não substituem a moeda.
·
O dinheiro será unidade de conta, e reserva de
valor. No primeiro caso, será reconhecido pela sua estampa e denominação. No
segundo caso, só terá o mesmo valor, quando eu desejar, pelo seu valor
intrínseco, ou seja, sua quantidade. à quantidade
de ouro e de prata contida na moeda.
O dinheiro será unidade de conta, e reserva de
valor. No primeiro caso, será reconhecido pela sua estampa e denominação. No
segundo caso, só terá o mesmo valor, quando eu desejar, pelo seu valor
intrínseco, ou seja, sua quantidade. à quantidade
de ouro e de prata contida na moeda.
·
A humanidade consentiu em colocar um valor
imaginário para o ouro e a prata, pela razão de eles serem duráveis, escassos e
por não pouco suscetíveis à falsificação. O consentimento vem da quantidade que
recebem pelas coisas das quais se desfizeram e da garantia que quando desejar
comprar outras coisas que queira, ele ainda terá o mesmo valor, intrínseco à
sua quantidade.
A humanidade consentiu em colocar um valor
imaginário para o ouro e a prata, pela razão de eles serem duráveis, escassos e
por não pouco suscetíveis à falsificação. O consentimento vem da quantidade que
recebem pelas coisas das quais se desfizeram e da garantia que quando desejar
comprar outras coisas que queira, ele ainda terá o mesmo valor, intrínseco à
sua quantidade.
·
Uma “valorização do dinheiro” apenas elevaria o
nível de preços – já que as peças monetárias afetadas passam a valer menos. A
elevação do nível de preços, por sua vez, ativaria movimentos corretivos da
taxa de câmbio e do balance of trade, os quais repercuti- riam na oferta
monetária. A lição de Locke é a de que não se deve pretender desviar o dinheiro
de seu “valor natural”.
Uma “valorização do dinheiro” apenas elevaria o
nível de preços – já que as peças monetárias afetadas passam a valer menos. A
elevação do nível de preços, por sua vez, ativaria movimentos corretivos da
taxa de câmbio e do balance of trade, os quais repercuti- riam na oferta
monetária. A lição de Locke é a de que não se deve pretender desviar o dinheiro
de seu “valor natural”.
·
dinheiro é apenas um peso em metal com estampa
dinheiro é apenas um peso em metal com estampa
·
par of money põe em relação os pesos de metal
precioso contidos em duas moedas nacionais;
par of money põe em relação os pesos de metal
precioso contidos em duas moedas nacionais;
·
a quantidade de meio circulante depende do balance
of trade;
a quantidade de meio circulante depende do balance
of trade;
·
a “valorização do dinheiro” provocará uma elevação
proporcional nos preços de todas as mercadorias. Como as pessoas contratam pela
quantidade de prata, existindo menos prata na peça de moeda, ela comprará menor
quantidade de bens
a “valorização do dinheiro” provocará uma elevação
proporcional nos preços de todas as mercadorias. Como as pessoas contratam pela
quantidade de prata, existindo menos prata na peça de moeda, ela comprará menor
quantidade de bens
·
taxa de câmbio, como o “par of money”, obedece à
quantidade de prata contida nas moedas nacionais;
taxa de câmbio, como o “par of money”, obedece à
quantidade de prata contida nas moedas nacionais;
·
a “valorização do dinheiro” não impede a evasão de
dinheiro, a qual depende unicamente do saldo do balance of trade;
a “valorização do dinheiro” não impede a evasão de
dinheiro, a qual depende unicamente do saldo do balance of trade;
·
Pledge é a base da equivalência (igual valor),
possuindo o termo equivalência duplo sentido: i) representa a garantia de que o
proprietário de certa quantidade de dinheiro receberá sempre com ela “coisas
igualmente valiosas” – quase um truísmo; ii) implica a preservação do valor no
tempo.
Pledge é a base da equivalência (igual valor),
possuindo o termo equivalência duplo sentido: i) representa a garantia de que o
proprietário de certa quantidade de dinheiro receberá sempre com ela “coisas
igualmente valiosas” – quase um truísmo; ii) implica a preservação do valor no
tempo.
·
Mais dinheiro em circulação significará a efetiva
desvalorização das peças metálicas, ou seja, o encarecimento das mercadorias.
Mais dinheiro em circulação significará a efetiva
desvalorização das peças metálicas, ou seja, o encarecimento das mercadorias.
·
A variação da taxa de câmbio que sobrevém às
mudanças de valor do dinheiro reforça a concepção de que atos do governo não
têm o condão de submeter os não súditos; no caso, os estrangeiros e suas
moedas. Não há como impor aos estrangeiros qualquer mudança unilateral do valor
do dinheiro.
A variação da taxa de câmbio que sobrevém às
mudanças de valor do dinheiro reforça a concepção de que atos do governo não
têm o condão de submeter os não súditos; no caso, os estrangeiros e suas
moedas. Não há como impor aos estrangeiros qualquer mudança unilateral do valor
do dinheiro.
·
O balance of trade determina a oferta monetária,
que o par of money é estabelecido no mercado tendo por base o conteúdo metálico
das moedas, e que a taxa de câmbio não pode ser arbitrariamente determinada.
Enfim, que o “valor estabelecido por lei” de Barbon não passa de uma ficção.
O balance of trade determina a oferta monetária,
que o par of money é estabelecido no mercado tendo por base o conteúdo metálico
das moedas, e que a taxa de câmbio não pode ser arbitrariamente determinada.
Enfim, que o “valor estabelecido por lei” de Barbon não passa de uma ficção.
BARBON
|
LOCKE
|
· Funções
do dinheiro: medida de valor e meio de troca.
· Existe
uma relação entre o valor do dinheiro e o valor da terra. Logo, o valor da terra é rendimento capitalizado. Esse valor da terra (juros) deve ser fixado pela lei.
· Aceitação
generalizada do ouro e da prata se dá pela sua conveniência e dificuldade de falsificação. Valor determinando por oferta x demanda.
· O
dinheiro cunhado é o instrumento dos contratos. Se fosse como Locke diz, estariam escritos nos contratos os pesos dos metais e não o valor.
· A
concorrência e a necessidade de preservar o meio circulante nacional faz os governos imporem um valor estabelecido no mercado internacional. A “valorização do dinheiro” não irá elevar a taxa de câmbio, nem o preço das mercadorias estrangeiras.
· A
“valorização do dinheiro” provocará aumento do meio circulante nacional. Barbon rejeita a teoria quantitativa da moeda, com a prosaica constatação de que, se os preços dependessem do conteúdo metálico da moeda, o preço das mercadorias só poderia se alterar quando o do dinheiro variasse.
· As
“valorizações do dinheiro” não elevam o preço das mercadorias. A falta de valorização é que carrearia metais (na forma de bullion) para o exterior.
·
Ainda que pudéssemos aferir o saldo comercial, conclui, não é verdade que eles sejam compensados com bullion – podem ser compensados em matérias- primas ou em outros metais que não o ouro e a prata, mercadorias que igualmente representam riqueza.
·
Crédito substitui as moedas nas transações. Credito é um valor formado por opinião, e compra bens assim como o dinheiro compra. |
· Funções
do dinheiro: unidade de conta e reserva de valor (pledge).
· Os juros são determinadas pela oferta e
demanda do dinheiro, logo não pode ser fixo. Uma redução da taxa de juros reduziria a oferta de dinheiro e a escassez de meio circulante criaria obstáculos ao trade.
· Dinheiro
tem valor intrínseco estabelecido pelo consentimento comum. O consentimento vem da quantidade que recebem pelas coisas das quais se desfizeram e da garantia que quando desejar comprar outras coisas que queira, ele ainda terá o mesmo valor, intrínseco à sua quantidade.
· Contratos
são determinados pela quantidade de metal e não pela estampa.
· O balance
of trade determina a oferta monetária, que o par of money é estabelecido no mercado tendo por base o conteúdo metálico das moedas, e que a taxa de câmbio não pode ser arbitrariamente determinada.
· Uma
“valorização do dinheiro” apenas elevaria o nível de preços – já que as peças monetárias afetadas passam a valer menos. A elevação do nível de preços, por sua vez, ativaria movimentos corretivos da taxa de câmbio e do balance of trade, os quais repercutiriam na oferta monetária. Mais dinheiro em circulação significará a efetiva desvalorização das peças metálicas, ou seja, o encarecimento das mercadorias
· A “valorização
do dinheiro” não impede a evasão de dinheiro, a qual depende unicamente do saldo do balance of trade.
· O balance
of trade determina a oferta monetária, que o par of money é estabelecido no mercado tendo por base o conteúdo metálico das moedas, e que a taxa de câmbio não pode ser arbitrariamente determinada. Enfim, que o “valor estabelecido por lei” de Barbon não passa de uma ficção.
· Locke afirma que instrumentos alternativos
como as letras de cambio não substituem a moeda.
Conceitos extras:
· De acordo
com Locke o dinheiro vale em dupla medida (teoria dual do valor do dinheiro): porque proporciona juros e porque permite acesso às mercadorias desejadas. Uma queda na taxa de juros significa para Locke uma queda no valor do dinheiro.
· Pledge é
a base da equivalência (igual valor), possuindo o termo equivalência duplo sentido: i) representa a garantia de que o proprietário de certa quantidade de dinheiro receberá sempre com ela “coisas igualmente valiosas” – quase um truísmo; ii) implica a preservação do valor no tempo. |
2.Ricardo sobre excedente e valor
·
Mesmo esta concordância é modulada pela crítica
à posição de Locke de que as mercadorias que ‘saem’ do mercado (por consumo,
por exportação) não influenciam os preços das remanescentes. Cantillon repete
então sua visão sobre formação de preços em todos os mercados que se
intercomunicam, admitidas apenas variações e preço conforme os custos de
transporte.
Mesmo esta concordância é modulada pela crítica
à posição de Locke de que as mercadorias que ‘saem’ do mercado (por consumo,
por exportação) não influenciam os preços das remanescentes. Cantillon repete
então sua visão sobre formação de preços em todos os mercados que se
intercomunicam, admitidas apenas variações e preço conforme os custos de
transporte.
·
Cantillon parte de 3 elementos:
Cantillon parte de 3 elementos:
o
Modelo agrícola, da respectiva estrutura de
classes e da distribuição de rendimentos entre três classes;
Modelo agrícola, da respectiva estrutura de
classes e da distribuição de rendimentos entre três classes;
o
Distinção entre transações que envolvem e que
não envolvem dinheiro
Distinção entre transações que envolvem e que
não envolvem dinheiro
o
Identidade entre renda e despesa
Identidade entre renda e despesa
·
Supondo-se um período de produção (e circulação)
equivalente a um ao, o ponto de partida do modelo é o pagamento da 1a
renda, que corresponde a 1/3 do total. Este pagamento é feito em dinheiro.
Portanto, o fazendeiro, deve imediatamente vender uma quantidade de grãos que
lhe possibilite o pagamento integral da renda da terra.
Supondo-se um período de produção (e circulação)
equivalente a um ao, o ponto de partida do modelo é o pagamento da 1a
renda, que corresponde a 1/3 do total. Este pagamento é feito em dinheiro.
Portanto, o fazendeiro, deve imediatamente vender uma quantidade de grãos que
lhe possibilite o pagamento integral da renda da terra.
·
Já o pagamento da 2a e 3a
rendas não envolvem dinheiro (ou não em sua totalidade). Uma parte da
subsistência é provida em bens e uma parcela dos lucros também não necessita
ser transformada em dinheiro. De imediato, portanto, a renda da terra requer um
equivalente em dinheiro. à
tais produtos pagos ao trabalhador podem ser convertidos em dinheiro, logo
trata-se de uma economia monetizada e não escambo.
Já o pagamento da 2a e 3a
rendas não envolvem dinheiro (ou não em sua totalidade). Uma parte da
subsistência é provida em bens e uma parcela dos lucros também não necessita
ser transformada em dinheiro. De imediato, portanto, a renda da terra requer um
equivalente em dinheiro. à
tais produtos pagos ao trabalhador podem ser convertidos em dinheiro, logo
trata-se de uma economia monetizada e não escambo.
·
A renda da terra é remetida em forma de dinheiro à cidade, onde
moram os proprietários. Supondo-se uma economia fechada, na medida em que os proprietários
compram bens e contratam serviços, o dinheiro passa a comerciantes, produtores
e fornecedores. Estas pessoas gastam este dinheiro com sua subsistência ou com
a compra de matérias-primas para repor as que foram adiantadas. Com isso, por
canais diversos, o dinheiro retorna ao campo e ao fazendeiro.
A renda da terra é remetida em forma de dinheiro à cidade, onde
moram os proprietários. Supondo-se uma economia fechada, na medida em que os proprietários
compram bens e contratam serviços, o dinheiro passa a comerciantes, produtores
e fornecedores. Estas pessoas gastam este dinheiro com sua subsistência ou com
a compra de matérias-primas para repor as que foram adiantadas. Com isso, por
canais diversos, o dinheiro retorna ao campo e ao fazendeiro.
·
Cantillon supõe que o dinheiro deve equivaler,
em principio, a metade do produto anual: 1/3 correspone à renda da terra. Uma
pequena parte da 2a e 3a rendas também são pagas em
dinheiro, já que ha algumas despesas dos trabalhadores e fazendeiros efetuadas
fora do campo. Com isso, Cantillon toma como ponto de partida uma quantidade de
meio circulante equivalente a ½ do produto total.
Cantillon supõe que o dinheiro deve equivaler,
em principio, a metade do produto anual: 1/3 correspone à renda da terra. Uma
pequena parte da 2a e 3a rendas também são pagas em
dinheiro, já que ha algumas despesas dos trabalhadores e fazendeiros efetuadas
fora do campo. Com isso, Cantillon toma como ponto de partida uma quantidade de
meio circulante equivalente a ½ do produto total.
·
Fatores que afetam a necessidade de dinheiro:
Fatores que afetam a necessidade de dinheiro:
o
Pagamento da renda da terra a intervalos
inferiores a um ano. (Locke também havia cogitado isso)
Pagamento da renda da terra a intervalos
inferiores a um ano. (Locke também havia cogitado isso)
o
Empréstimos bancários à O proprietário tanto
pode antecipar sua renda via empréstimos bancários, como aplicar seus saldos em
bancos. O dinheiro depositado em bancos e em goldsmiths é emprestado a
comerciante, produtores e etc. Na visão de Cantillon, o dinheiro crédito
acelera a circulação. Quanto
maior a velocidade de circulação, menor a quantidade requerida.
Empréstimos bancários à O proprietário tanto
pode antecipar sua renda via empréstimos bancários, como aplicar seus saldos em
bancos. O dinheiro depositado em bancos e em goldsmiths é emprestado a
comerciante, produtores e etc. Na visão de Cantillon, o dinheiro crédito
acelera a circulação. Quanto
maior a velocidade de circulação, menor a quantidade requerida.
o
O que Cantillon chama de ‘troca por avaliação’ –
troca de mercadorias a preços de mercado, sem interveniência de meio circulante
metálico. A ‘troca por avaliação’ não é incomum entre comerciantes.
O que Cantillon chama de ‘troca por avaliação’ –
troca de mercadorias a preços de mercado, sem interveniência de meio circulante
metálico. A ‘troca por avaliação’ não é incomum entre comerciantes.
o
Retenção de dinheiro fora de circulação por
precaução.
Retenção de dinheiro fora de circulação por
precaução.
·
Chega finalmente devido a estes fatores, que
será necessário 1/9 da renda total para uma boa circulação.
Chega finalmente devido a estes fatores, que
será necessário 1/9 da renda total para uma boa circulação.
·
No limite, todo o dinheiro passa pelas mãos do
comércio.
No limite, todo o dinheiro passa pelas mãos do
comércio.
·
No entender de muitas pessoas – reflexos disso
podem ser visto nos trabalhos dos fisiocratas – haveria um desequilíbrio na
circulação, que provocaria escassez de dinheiro no campo e abundancia nas
grandes cidades. A resposta de Cantillon é simples: não falta dinheiro no
campo. O dinheiro vai atrás das transações monetárias. No campo, uma parte
expressiva das transações não são monetárias. De todo modo, afirma Cantillon, bastaria
levarmos mais industrias ao interior para que o dinheiro (pagamentos em
dinheiro, recebimentos em dinheiro) para lá afluísse.
No entender de muitas pessoas – reflexos disso
podem ser visto nos trabalhos dos fisiocratas – haveria um desequilíbrio na
circulação, que provocaria escassez de dinheiro no campo e abundancia nas
grandes cidades. A resposta de Cantillon é simples: não falta dinheiro no
campo. O dinheiro vai atrás das transações monetárias. No campo, uma parte
expressiva das transações não são monetárias. De todo modo, afirma Cantillon, bastaria
levarmos mais industrias ao interior para que o dinheiro (pagamentos em
dinheiro, recebimentos em dinheiro) para lá afluísse.
·
O tecido econômico é permanentemente em
desequilíbrio, mas simultaneamente em correção o tempo todo. As coisas são mais
caras na capital porque os produtos precisam ser transportados até lá. Por
conta disso, o tecido econômico se reorganiza geograficamente por conta desses
custos mais caros.
O tecido econômico é permanentemente em
desequilíbrio, mas simultaneamente em correção o tempo todo. As coisas são mais
caras na capital porque os produtos precisam ser transportados até lá. Por
conta disso, o tecido econômico se reorganiza geograficamente por conta desses
custos mais caros.
·
Locke só falava em preço de mercado, mas
Cantillon considera o valor intrínseco da mercadoria (a quantidade de terra e
trabalho gastos no produto). Há mais dinheiro nas cidades porque a quantidade
de pessoas é maior que no campo.
Locke só falava em preço de mercado, mas
Cantillon considera o valor intrínseco da mercadoria (a quantidade de terra e
trabalho gastos no produto). Há mais dinheiro nas cidades porque a quantidade
de pessoas é maior que no campo.
·
Apenas produtos com custos elevados de
transporte e-ou dificuldades de conservação e transporte podem suportar preços
muito diferenciados. E Cantillon desenvolve uma digressão sobre a localização
das atividades econômicas.
Apenas produtos com custos elevados de
transporte e-ou dificuldades de conservação e transporte podem suportar preços
muito diferenciados. E Cantillon desenvolve uma digressão sobre a localização
das atividades econômicas.
·
Cantillon diz que um pais exportador obtem um
balanço constante de dinheiro vindo de fora. Cresce a circulação e encarece
proporcionalmente a terra e o trabalho.
Cantillon diz que um pais exportador obtem um
balanço constante de dinheiro vindo de fora. Cresce a circulação e encarece
proporcionalmente a terra e o trabalho.
·
Conforme a formulação de Cantillon, ‘… em
todos os ramos do comercio o estado em questao trocara uma menor quantidade de
terra e trabalho… por uma maior quantidade…’. Conclusão: a desigualdade de
circulação decorrente do balance of trade. Esta é a proximidade a que Cantillon
chega do price-specie-flow mechanism.
Conforme a formulação de Cantillon, ‘… em
todos os ramos do comercio o estado em questao trocara uma menor quantidade de
terra e trabalho… por uma maior quantidade…’. Conclusão: a desigualdade de
circulação decorrente do balance of trade. Esta é a proximidade a que Cantillon
chega do price-specie-flow mechanism.
·
Os proprietários e exploradores das minas
enriquecem e, na medida em que efetuarem suas despesas ou emprestarem o dinheiro,
jogarão seu metal na circulação. Sabem os preços dos produtos atingidos pela
elevação da demanda.
Os proprietários e exploradores das minas
enriquecem e, na medida em que efetuarem suas despesas ou emprestarem o dinheiro,
jogarão seu metal na circulação. Sabem os preços dos produtos atingidos pela
elevação da demanda.
·
Efeito Cantillon: efeito das variações da oferta monetária no preço
é via gastos; como é que o dinheiro se espalha pela economia. As mercadorias só
vão ficar mais caras se o dinheiro circular.
Efeito Cantillon: efeito das variações da oferta monetária no preço
é via gastos; como é que o dinheiro se espalha pela economia. As mercadorias só
vão ficar mais caras se o dinheiro circular.
·
As minas descobertas geram enriquecimento os proprietários das
minas. O dinheiro se transmite quando eles efetuam despesas (compra de pessoas
e de matérias primas ou empréstimos) esse metal entra em circulação e os preços
dos produtos atingidos por esse aumento de demanda sobem.
As minas descobertas geram enriquecimento os proprietários das
minas. O dinheiro se transmite quando eles efetuam despesas (compra de pessoas
e de matérias primas ou empréstimos) esse metal entra em circulação e os preços
dos produtos atingidos por esse aumento de demanda sobem.
·
Vem aí uma crítica a Locke, que teria dito que os preços de mercado
sobem conforme a quantidade de dinheiro em circulação, sem esclarecer como.
Cantillon explica como: é através do consumo.
Vem aí uma crítica a Locke, que teria dito que os preços de mercado
sobem conforme a quantidade de dinheiro em circulação, sem esclarecer como.
Cantillon explica como: é através do consumo.
·
No caso de aumento do dinheiro por superavit no balance of trade, é
possível que a prosperidade prossiga. Neste caso, temos pessoas industriosas,
inteligentes e poupadoras. O consumo não se expande tão rápida. Acabará por se
expandir, no entanto, e a elevação de preços provocará evasão do trabalho e
capital.
No caso de aumento do dinheiro por superavit no balance of trade, é
possível que a prosperidade prossiga. Neste caso, temos pessoas industriosas,
inteligentes e poupadoras. O consumo não se expande tão rápida. Acabará por se
expandir, no entanto, e a elevação de preços provocará evasão do trabalho e
capital.
·
Adicionalmente, estados com mais tradição e perícia na produção de
manufaturados têm vantagens que perduram. Reputação e perfeição manufatureira
somam-se a transportes eficientes – o que pode levar as manufaturas a não
decaírem.
Adicionalmente, estados com mais tradição e perícia na produção de
manufaturados têm vantagens que perduram. Reputação e perfeição manufatureira
somam-se a transportes eficientes – o que pode levar as manufaturas a não
decaírem.
·
o aumento dos preços não é proporcional ao aumento da quantidade de
dinheiro em circulação, porque os diversos canais do comércio são afetados
diversamente. Enfim, o dinheiro adicional dirige-se às diferentes mercadorias
em proporção diversa.
o aumento dos preços não é proporcional ao aumento da quantidade de
dinheiro em circulação, porque os diversos canais do comércio são afetados
diversamente. Enfim, o dinheiro adicional dirige-se às diferentes mercadorias
em proporção diversa.
·
O contexto da afirmação de Petty é bem preciso:
uma vez que esta é a quantidade de dinheiro necessária, é ‘má administração’
manter uma quantidade maior. além disso, o metal pode ser fundido.
O contexto da afirmação de Petty é bem preciso:
uma vez que esta é a quantidade de dinheiro necessária, é ‘má administração’
manter uma quantidade maior. além disso, o metal pode ser fundido.
·
Sua resposta é negativa, baseada na nação de que
mercadorias, e não dinheiro, formam a riqueza. Afirma ainda que, assim como a
escassez, o excesso de dinheiro também faz mal. Mas nos dois casos – excesso e
escassez – há remédios: no primeiro caso, derreter, exportar; no segundo,
recorrer ao dinheiro bancário.
Sua resposta é negativa, baseada na nação de que
mercadorias, e não dinheiro, formam a riqueza. Afirma ainda que, assim como a
escassez, o excesso de dinheiro também faz mal. Mas nos dois casos – excesso e
escassez – há remédios: no primeiro caso, derreter, exportar; no segundo,
recorrer ao dinheiro bancário.
·
Na visão de Petty, o meio circulante metálico é
uma parte apenas modesta da riqueza nacional. “Talvez haja apenas seis
milhões de libras esterlinas na Inglaterra hoje.”, o que e nada diante da
riqueza nacional.
Na visão de Petty, o meio circulante metálico é
uma parte apenas modesta da riqueza nacional. “Talvez haja apenas seis
milhões de libras esterlinas na Inglaterra hoje.”, o que e nada diante da
riqueza nacional.
·
Velocidade de circulação de moeda à
não existe escassez de dinheiro.
Velocidade de circulação de moeda à
não existe escassez de dinheiro.
·
Multiplicador dos depósitos bancários.
Multiplicador dos depósitos bancários.
·
Está implícito em Petty a ideia de circulação da
renda. Esse autor não se preocupa com oferta monetária, é um dos poucos
economistas da época que fica discutindo balance of trade.
Está implícito em Petty a ideia de circulação da
renda. Esse autor não se preocupa com oferta monetária, é um dos poucos
economistas da época que fica discutindo balance of trade.
3. Visões conflitantes sobre o valor: escassez versus custo em trabalho
Texto Hume – III, IV,
V
V
Of Money
·
Dinheiro não é sujeito do comércio, mas apenas
um instrumento que o homem “concordou” para facilitar a troca de uma mercadoria
por outra.
Dinheiro não é sujeito do comércio, mas apenas
um instrumento que o homem “concordou” para facilitar a troca de uma mercadoria
por outra.
·
Não é a roda do comércio, mas sim o óleo que
deixa o movimento das rodas mais macio e fácil.
Não é a roda do comércio, mas sim o óleo que
deixa o movimento das rodas mais macio e fácil.
·
Excesso ou escassez de moeda não tem
consequência
Excesso ou escassez de moeda não tem
consequência
·
A visão de Hume é oposta às visões
mercantilistas que tendiam a identificar riqueza com quantidade de dinheiro, e
assim encorajavam politicas para o aumento da quantidade de metais ou dinheiro
de uma nação.
A visão de Hume é oposta às visões
mercantilistas que tendiam a identificar riqueza com quantidade de dinheiro, e
assim encorajavam politicas para o aumento da quantidade de metais ou dinheiro
de uma nação.
·
Hume
argumental que o principio geral da abundancia na quantidade de dinheiro não
aumenta a felicidade geral doméstica, e pode até prejudica-la. Ele concilia
esse principio com a evidencia de que um aumento na oferta de dinheiro pode ser
benéfica para estimular a indústria em certos estágios do desenvolvimento
econômico, e que uma larga distribuição do dinheiro é favorável para a obtenção
de lucros.
Hume
argumental que o principio geral da abundancia na quantidade de dinheiro não
aumenta a felicidade geral doméstica, e pode até prejudica-la. Ele concilia
esse principio com a evidencia de que um aumento na oferta de dinheiro pode ser
benéfica para estimular a indústria em certos estágios do desenvolvimento
econômico, e que uma larga distribuição do dinheiro é favorável para a obtenção
de lucros.
·
Uma grande quantidade de dinheiro, é limitada em
seu uso, e pode as vezes significar uma perda para a nação no comércio com os
países estrangeiros.
Uma grande quantidade de dinheiro, é limitada em
seu uso, e pode as vezes significar uma perda para a nação no comércio com os
países estrangeiros.
·
As nações pioneiras ou com comércio já
estabelecido tem vantagens em relação às outras, por conta da superioridade da
indústria e das técnicas, e dos maiores estoques que permitem que os
comerciantes os troquem em “lucros” menores. Mas essas vantagens são
compensadas pelo menor preço do trabalho nessas nações onde o comércio não é
tão extenso e não tem muito ouro e prata.
As nações pioneiras ou com comércio já
estabelecido tem vantagens em relação às outras, por conta da superioridade da
indústria e das técnicas, e dos maiores estoques que permitem que os
comerciantes os troquem em “lucros” menores. Mas essas vantagens são
compensadas pelo menor preço do trabalho nessas nações onde o comércio não é
tão extenso e não tem muito ouro e prata.
·
Quando a indústria vai se desenvolvendo a
riqueza vai voando para as outras nações por conta de terem provisões e
trabalho mais baratos.
Quando a indústria vai se desenvolvendo a
riqueza vai voando para as outras nações por conta de terem provisões e
trabalho mais baratos.
·
Em geral observa-se que a abundancia de dinheiro
é uma desvantagem, pois permite que os estados mais pobres tirem vantagens dos
mais ricos no mercado internacional.
Em geral observa-se que a abundancia de dinheiro
é uma desvantagem, pois permite que os estados mais pobres tirem vantagens dos
mais ricos no mercado internacional.
·
Paper credits tem papel importante dentro da
nação, pois as pessoas ricas a preferem à andar por aí com o dinheiro, por ser
mais seguro. Porém, não são de interesse de nenhuma nação estrangeira. Os
bancos privados negociam o dinheiro, e
por isso, podem trazer desvantagens, pois aumentam a quantidade de dinheiro
além da sua proporção “natural” em relação ao trabalho e às mercadorias, e isso
faz com que aumentem os preços impostos pelos mercadores e pelos
manufatureiros.
Paper credits tem papel importante dentro da
nação, pois as pessoas ricas a preferem à andar por aí com o dinheiro, por ser
mais seguro. Porém, não são de interesse de nenhuma nação estrangeira. Os
bancos privados negociam o dinheiro, e
por isso, podem trazer desvantagens, pois aumentam a quantidade de dinheiro
além da sua proporção “natural” em relação ao trabalho e às mercadorias, e isso
faz com que aumentem os preços impostos pelos mercadores e pelos
manufatureiros.
·
Hume enfatiza, porém, que os bancos públicos são
de grande importância, pois não fariam essas negociações e cortariam os bancos
privados, resultando em menores preços e a destruição dos paper credits. Além
disso, os bancos públicos também poderiam conter uma quantidade de dinheiro em
sua posse para uso conveniente em tempos de problemas públicos, e assim
recolhe-la quando a paz e a tranquilidade for restaurada.
Hume enfatiza, porém, que os bancos públicos são
de grande importância, pois não fariam essas negociações e cortariam os bancos
privados, resultando em menores preços e a destruição dos paper credits. Além
disso, os bancos públicos também poderiam conter uma quantidade de dinheiro em
sua posse para uso conveniente em tempos de problemas públicos, e assim
recolhe-la quando a paz e a tranquilidade for restaurada.
·
Dinheiro é nada mais do que a representação do
trabalho e das mercadorias, e serve apenas como um meio de estima-las.
Dinheiro é nada mais do que a representação do
trabalho e das mercadorias, e serve apenas como um meio de estima-las.
·
Hume diz não poder negar a conclusão que após o
descobrimento das minas na América, a indústria começou a crescer em todas as
nações da Europa, exceto naquelas que eram donas das minas. E isso só pode se
dar pelo fato do aumento da quantidade de ouro e prata.
Hume diz não poder negar a conclusão que após o
descobrimento das minas na América, a indústria começou a crescer em todas as
nações da Europa, exceto naquelas que eram donas das minas. E isso só pode se
dar pelo fato do aumento da quantidade de ouro e prata.
·
Hume critica a ideia de que a maior abundancia
de metais faz com os mercadores sejam mais empreendedores, e os manufatureiros
mais diligentes e primorosos. Na
verdade, se considerarmos apenas a influencia da grande abundancia de moeda,
veremos o aumento dos preços das mercadorias, obrigando a todos a pagar mais
pequenos pedações de metal por tudo que comprarem. E o mesmo acontece com o
comércio internacional, pois aumenta o preço de todo o tipo de trabalho.
Hume critica a ideia de que a maior abundancia
de metais faz com os mercadores sejam mais empreendedores, e os manufatureiros
mais diligentes e primorosos. Na
verdade, se considerarmos apenas a influencia da grande abundancia de moeda,
veremos o aumento dos preços das mercadorias, obrigando a todos a pagar mais
pequenos pedações de metal por tudo que comprarem. E o mesmo acontece com o
comércio internacional, pois aumenta o preço de todo o tipo de trabalho.
·
Demora um tempo para perceber o aumento dos
preços.
Demora um tempo para perceber o aumento dos
preços.
·
Uma boa política do magistrado consiste em
apenas manter, e se possível, manter o ritmo de crescimento, pois manterá vivo
“o espirito da indústria”, e aumentara o estoque de trabalho, o que consiste no
verdadeiro poder e riqueza de uma nação.
Uma boa política do magistrado consiste em
apenas manter, e se possível, manter o ritmo de crescimento, pois manterá vivo
“o espirito da indústria”, e aumentara o estoque de trabalho, o que consiste no
verdadeiro poder e riqueza de uma nação.
·
Outra proposição de Hume quanto ao dinheiro, é
que quando o dinheiro é escasso, os pagamentos são feito em mercadorias, o que
dificulta a cobrança de impostas e taxas. Isso significa que nesses reinos, não
há manutenção das forças e eles não conseguem manter suas frotas e exércitos.
Outra proposição de Hume quanto ao dinheiro, é
que quando o dinheiro é escasso, os pagamentos são feito em mercadorias, o que
dificulta a cobrança de impostas e taxas. Isso significa que nesses reinos, não
há manutenção das forças e eles não conseguem manter suas frotas e exércitos.
·
Hume pergunta: Como conciliar esse fato com o
razoável principio de que a quantidade de ouro e prata é indiferente?
Hume pergunta: Como conciliar esse fato com o
razoável principio de que a quantidade de ouro e prata é indiferente?
·
De acordo com esse principio, a soberania tem
várias razões: o estado seria grande e poderoso, rico e feliz, independente da
quantidade de metais preciosos. Nestes casos, onde há pouco metal, mistura-se
ouro e prata com outras bases metálicas o que serve também com meio de troca.
De acordo com esse principio, a soberania tem
várias razões: o estado seria grande e poderoso, rico e feliz, independente da
quantidade de metais preciosos. Nestes casos, onde há pouco metal, mistura-se
ouro e prata com outras bases metálicas o que serve também com meio de troca.
·
Essa contradição é apenas aparente segundo Hume.
Essa contradição é apenas aparente segundo Hume.
·
É evidente que os preços dependem da proporção
entre mercadorias e dinheiro à
qualquer aumento das mercadorias, diminui os preços, e o aumento do dinheiro,
faz com as mercadorias aumentem em valor.
É evidente que os preços dependem da proporção
entre mercadorias e dinheiro à
qualquer aumento das mercadorias, diminui os preços, e o aumento do dinheiro,
faz com as mercadorias aumentem em valor.
·
Também é evidente que os preços dependem tanto
da quantidade de mercadorias que vem ao mercado e ao dinheiro que circula. Ou
seja, é apenas a oferta comparada com a demanda que determinará o valor.
Também é evidente que os preços dependem tanto
da quantidade de mercadorias que vem ao mercado e ao dinheiro que circula. Ou
seja, é apenas a oferta comparada com a demanda que determinará o valor.
·
É a proporção entre o dinheiro circulante e as
mercadorias no mercado que determinam os preços.
É a proporção entre o dinheiro circulante e as
mercadorias no mercado que determinam os preços.
·
Após as mudanças de costumes, onde os contratos
e vendas são todas feitas em dinheiro, as mercadorias passam a estar todas no
mercado, o que preserva a proporção entre moeda e mercadoria no mesmo padrão do
passado.
Após as mudanças de costumes, onde os contratos
e vendas são todas feitas em dinheiro, as mercadorias passam a estar todas no
mercado, o que preserva a proporção entre moeda e mercadoria no mesmo padrão do
passado.
Of Interest
·
Nada é considerado um mais certo sinal da
condição de florescimento de uma nação do que os seus juros baixos. E com
razão, apesar de Hume acreditar que a causa é diferente do que é normalmente
apreendido.
Nada é considerado um mais certo sinal da
condição de florescimento de uma nação do que os seus juros baixos. E com
razão, apesar de Hume acreditar que a causa é diferente do que é normalmente
apreendido.
·
Normalmente os juros baixos são relacionados com
a abundancia de dinheiro. Porém, para Hume, o dinheiro não tem outro efeito, se
fixado, que o aumento do preço do trabalho.
Normalmente os juros baixos são relacionados com
a abundancia de dinheiro. Porém, para Hume, o dinheiro não tem outro efeito, se
fixado, que o aumento do preço do trabalho.
·
Hume usa conceito de dedução à causa e efeito. Por
exemplo, se todo o ouro da Inglaterra fosse aniquilado de uma vez, e
substituído por shilling, o dinheiro seria mais abundante ou o juros mais
baixos? Não, nenhuma diferença seria observada.
Hume usa conceito de dedução à causa e efeito. Por
exemplo, se todo o ouro da Inglaterra fosse aniquilado de uma vez, e
substituído por shilling, o dinheiro seria mais abundante ou o juros mais
baixos? Não, nenhuma diferença seria observada.
·
Um efeito sempre tem proporção com suas causas.
Preços aumentaram 4 vezes com o descobrimento das Índias, o ouro e prata devem
ter multiplicado muito mais, mas os juros não caíram pela metade. à Logo, a taxa de juros
não é derivada da quantidade de metais preciosos.
Um efeito sempre tem proporção com suas causas.
Preços aumentaram 4 vezes com o descobrimento das Índias, o ouro e prata devem
ter multiplicado muito mais, mas os juros não caíram pela metade. à Logo, a taxa de juros
não é derivada da quantidade de metais preciosos.
·
Altas taxas de juros derivam de três
circunstancias:
Altas taxas de juros derivam de três
circunstancias:
o
Uma alta demanda por empréstimos
Uma alta demanda por empréstimos
o
Uma pequena quantidade de ricos para ofertar
aquela demanda
Uma pequena quantidade de ricos para ofertar
aquela demanda
o
E grandes lucros advindos do comércio.
E grandes lucros advindos do comércio.
·
E todas essas circunstancias são claramente
provas de um comércio e uma indústria pouco desenvolvidos, e não da escassez de
ouro ou prata.
E todas essas circunstancias são claramente
provas de um comércio e uma indústria pouco desenvolvidos, e não da escassez de
ouro ou prata.
·
Os juros dependem dos hábitos e maneiras que
prevalecem numa nação, com isso a demanda por empréstimos aumenta ou diminui.
Depende se há frugalidade ou não.
Os juros dependem dos hábitos e maneiras que
prevalecem numa nação, com isso a demanda por empréstimos aumenta ou diminui.
Depende se há frugalidade ou não.
·
Também os hábitos irão definir a quantidade de
ricos para ofertar crédito. Novamente usa um exemplo contra-fatual.
Também os hábitos irão definir a quantidade de
ricos para ofertar crédito. Novamente usa um exemplo contra-fatual.
·
Comércio aumenta a indústria, por aumentar a
frugalidade (ocupando os homens e empregando-os nas artes dos ganhos). É uma
consequência infalível de todas as profissões industriosas gerar frugalidade. Não
há outra profissão, exceto os comerciantes, que podem fazer o dinheiro aplicado
em juros consideráveis, ou seja, que possa aumentar a indústria e com isso a
frugalidade.
Comércio aumenta a indústria, por aumentar a
frugalidade (ocupando os homens e empregando-os nas artes dos ganhos). É uma
consequência infalível de todas as profissões industriosas gerar frugalidade. Não
há outra profissão, exceto os comerciantes, que podem fazer o dinheiro aplicado
em juros consideráveis, ou seja, que possa aumentar a indústria e com isso a
frugalidade.
·
Um aumento no comércio faz com que aumente o
numero de ofertantes, o que produz um juros mais baixo.
Um aumento no comércio faz com que aumente o
numero de ofertantes, o que produz um juros mais baixo.
·
Os juros e a abundancia do dinheiro, ambos são
consequência do comércio e da indústria, mas independentes entre si.
Os juros e a abundancia do dinheiro, ambos são
consequência do comércio e da indústria, mas independentes entre si.
Of the Balance of
Trade
Trade
·
Esse essay procura tratar sobre o medo que um
desequilíbrio no balance of trade drenaria toda a oferta da nação de ouro e
prata. Para contradizer isso, Hume desenvolve uma “teoria geral” de que o
dinheiro suporta uma proporção regular em relação à indústria e mercadorias de
cada nação.
Esse essay procura tratar sobre o medo que um
desequilíbrio no balance of trade drenaria toda a oferta da nação de ouro e
prata. Para contradizer isso, Hume desenvolve uma “teoria geral” de que o
dinheiro suporta uma proporção regular em relação à indústria e mercadorias de
cada nação.
·
Hume cede ao fim do essay que algumas tarifas
protecionistas podem ser benéficas, mas geralmente ele condena as restrições de
mercado.
Hume cede ao fim do essay que algumas tarifas
protecionistas podem ser benéficas, mas geralmente ele condena as restrições de
mercado.
·
Hume outra vez usa um exemplo contra-fatual.
Supor que 4/5 de todo o dinheiro da Inglaterra fosse aniquilado em uma noite,
qual seria a consequência? Para Hume, o preço do trabalho e das mercadorias
reduziria na mesma proporção, o que faria então que no mercado internacional
ninguém conseguiria manter a disputa em vender os produtos pelo mesmo preço.
Dessa forma, o comércio exterior traria de volta todo a quantidade de dinheiro
perdido vindo das nações vizinhas, e assim, retornaria ao mesmo ponto, pois o
fluxo de dinheiro iria aumentar os preços.
Hume outra vez usa um exemplo contra-fatual.
Supor que 4/5 de todo o dinheiro da Inglaterra fosse aniquilado em uma noite,
qual seria a consequência? Para Hume, o preço do trabalho e das mercadorias
reduziria na mesma proporção, o que faria então que no mercado internacional
ninguém conseguiria manter a disputa em vender os produtos pelo mesmo preço.
Dessa forma, o comércio exterior traria de volta todo a quantidade de dinheiro
perdido vindo das nações vizinhas, e assim, retornaria ao mesmo ponto, pois o
fluxo de dinheiro iria aumentar os preços.
·
Seguindo esse raciocínio, se a comunicação fosse
cortada (ou seja se houvesse protecionismo), haveria uma grande desigualdade do
dinheiro.
Seguindo esse raciocínio, se a comunicação fosse
cortada (ou seja se houvesse protecionismo), haveria uma grande desigualdade do
dinheiro.
·
Quanto mais longe, mais caro o transporte, logo,
a comunicação entre esses lugares é obstruída e imperfeita.
Quanto mais longe, mais caro o transporte, logo,
a comunicação entre esses lugares é obstruída e imperfeita.
·
É nas negociações publicas e transações com
estrangeiros que um grande estoque de dinheiro é vantajoso.
É nas negociações publicas e transações com
estrangeiros que um grande estoque de dinheiro é vantajoso.
·
A partir de um desejo de acumular dinheiro ou da
apreensão de perder o dinheiro em espécie, muitos países europeus criam
barreiras, obstruções e tributos sobre o comércio à Isso gera um mal estar geral,
pois os mesmos privam as nações vizinhas da livre comunicação e troca, que o
Autor do mundo pretendia ao dar diferentes climas, solos, e gênios tão
diferentes uns dos outros.
A partir de um desejo de acumular dinheiro ou da
apreensão de perder o dinheiro em espécie, muitos países europeus criam
barreiras, obstruções e tributos sobre o comércio à Isso gera um mal estar geral,
pois os mesmos privam as nações vizinhas da livre comunicação e troca, que o
Autor do mundo pretendia ao dar diferentes climas, solos, e gênios tão
diferentes uns dos outros.
·
Para Hume, os políticos modernos:
Para Hume, os políticos modernos:
o
Usam o único método de banir o dinheiro: o
paper-credit.
Usam o único método de banir o dinheiro: o
paper-credit.
o
Rejeitam o único método de acumulá-lo: poupando/
entesourando.
Rejeitam o único método de acumulá-lo: poupando/
entesourando.
o
Adotam uma centena de artifícios, sem
propósitos, apenas para favorecer a indústria e roubar-nos e os nosso vizinhos
dos benefícios comuns da arte e da natureza.
Adotam uma centena de artifícios, sem
propósitos, apenas para favorecer a indústria e roubar-nos e os nosso vizinhos
dos benefícios comuns da arte e da natureza.
·
Porém, para Hume, os impostos sobre as
mercadorias estrangeiras não pode ser tomadas como prejudiciais ou sem
utilidade, mas apenas aquelas fundadas no “ciúme” exposto acima. Esses impostos
podem encorajar as indústrias domésticas e multiplica-las.
Porém, para Hume, os impostos sobre as
mercadorias estrangeiras não pode ser tomadas como prejudiciais ou sem
utilidade, mas apenas aquelas fundadas no “ciúme” exposto acima. Esses impostos
podem encorajar as indústrias domésticas e multiplica-las.
·
O governo tem razão em preservas com cuidado seu
povo e suas manufaturas. Quanto ao dinheiro, ele deve confiar no curso das
atividades humanas, sem medo ou inveja.
O governo tem razão em preservas com cuidado seu
povo e suas manufaturas. Quanto ao dinheiro, ele deve confiar no curso das
atividades humanas, sem medo ou inveja.
Blaug
·
Cantillon e Hume reformularam o princípio de
Thomas Mun (o fluxo de metais para dentro de um país, aumenta os preços
domésticos, e que vender caro e comprar barato, tenderia a fazer o BP ir contra
um país). O specie-flow-mechanism diria que um mecanismo automático tenderia a
estabilizar a distribuição natural de metais entre os países que tinham
relações comerciais entre si e então os níveis dos preços domésticos nesses
países seriam iguais aos preços de suas importações.
Cantillon e Hume reformularam o princípio de
Thomas Mun (o fluxo de metais para dentro de um país, aumenta os preços
domésticos, e que vender caro e comprar barato, tenderia a fazer o BP ir contra
um país). O specie-flow-mechanism diria que um mecanismo automático tenderia a
estabilizar a distribuição natural de metais entre os países que tinham
relações comerciais entre si e então os níveis dos preços domésticos nesses
países seriam iguais aos preços de suas importações.
·
Qualquer aumento de metal em um país aumentaria
seus preços relativos resultando em um aumento das importações, o qual seria
financiado por um fluxo de metais para fora do país. à Processo continua até que
chegue-se a um novo equilíbrio com a nova oferta de metais.
Qualquer aumento de metal em um país aumentaria
seus preços relativos resultando em um aumento das importações, o qual seria
financiado por um fluxo de metais para fora do país. à Processo continua até que
chegue-se a um novo equilíbrio com a nova oferta de metais.
·
Thomas Mum já havia falado sobre o mecanismo do
BP e Locke já havia falado em 1690 que os preços variam numa definida proporção
em relação à quantidade de dinheiro em circulação. O que Hume e Cantillon
fizeram foi colocar essas idéias dentro de uma só.
Thomas Mum já havia falado sobre o mecanismo do
BP e Locke já havia falado em 1690 que os preços variam numa definida proporção
em relação à quantidade de dinheiro em circulação. O que Hume e Cantillon
fizeram foi colocar essas idéias dentro de uma só.
·
Primeira formulação da teoria quantitativa da
moeda foi feita por Locke e dizia simplesmente que o nível de preços é sempre
proporcional à quantidade de moeda, sendo esta entendida incluindo sua rapidez
de circulação.
Primeira formulação da teoria quantitativa da
moeda foi feita por Locke e dizia simplesmente que o nível de preços é sempre
proporcional à quantidade de moeda, sendo esta entendida incluindo sua rapidez
de circulação.
·
Hume, falhando em reconhecer a teoria
quantitativa da moeda de Locke, ignora os efeitos da velocidade da moeda e da
quantidade de trocas, e apenas introduz uma relação causal entre a relação de
quantidade de moeda e preços, dizendo que esta é proporcional ao longo do
tempo.
Hume, falhando em reconhecer a teoria
quantitativa da moeda de Locke, ignora os efeitos da velocidade da moeda e da
quantidade de trocas, e apenas introduz uma relação causal entre a relação de
quantidade de moeda e preços, dizendo que esta é proporcional ao longo do
tempo.
·
Cantillon é o primeiro a não deixar dúvidas de
que um aumento na velocidade de circulação da moeda é equivalente a um aumento
da base monetária, e ele mostra que o
efeito desse aumento da base monetária sobre os preços depende do modo
como o dinheiro é injetado na economia (através do gastos). Locke e Hume
considera o aumento dos preços mas não considera como isso acontece.
Cantillon é o primeiro a não deixar dúvidas de
que um aumento na velocidade de circulação da moeda é equivalente a um aumento
da base monetária, e ele mostra que o
efeito desse aumento da base monetária sobre os preços depende do modo
como o dinheiro é injetado na economia (através do gastos). Locke e Hume
considera o aumento dos preços mas não considera como isso acontece.
·
Hume e Cantillon criticaram a ideia de que um
aumento da oferta de dinheiro diminuiria a taxa de juros, apenas consideram que
isso pode acontecer temporariamente.
Hume e Cantillon criticaram a ideia de que um
aumento da oferta de dinheiro diminuiria a taxa de juros, apenas consideram que
isso pode acontecer temporariamente.
·
Repercussões de um aumento na oferta monetária
poderiam ser traçadas pelo Efeito Cantillon: se o dinheiro fosse para as mãos
de pessoas empreendedoras para ser poupado e investido, a taxa de juros
provavelmente cairia; mas se fosse para as mãos dos proprietários de terra,
eles o gastaria em consumo e o aumento da demanda faria com que os
empreendedores aceitassem pagar taxas de juros mais altas.
Repercussões de um aumento na oferta monetária
poderiam ser traçadas pelo Efeito Cantillon: se o dinheiro fosse para as mãos
de pessoas empreendedoras para ser poupado e investido, a taxa de juros
provavelmente cairia; mas se fosse para as mãos dos proprietários de terra,
eles o gastaria em consumo e o aumento da demanda faria com que os
empreendedores aceitassem pagar taxas de juros mais altas.
·
A taxa de juros dependem da demanda e da oferta
por fundos emprestáveis, com a lucratividade dos investimentos e a
prodigalidade dos donos de terra na parte da demanda e a riqueza do país e a
distribuição da riqueza na parte da oferta.
A taxa de juros dependem da demanda e da oferta
por fundos emprestáveis, com a lucratividade dos investimentos e a
prodigalidade dos donos de terra na parte da demanda e a riqueza do país e a
distribuição da riqueza na parte da oferta.
·
Schumpeter
·
Dada a pergunta: qual a quantidade de dinheiro
que um determinado país precisa ?
Dada a pergunta: qual a quantidade de dinheiro
que um determinado país precisa ?
·
Hume parece ter sido o primeiro a mostrar de
forma clara e explicitamente que no nível da pura lógica essa pergunta não tem
sentido. Só terá sentido se a fizer em um país isolado. Por outro lado , com
uma perfeita moeda de ouro, cada país sempre tenderá a ter o valor adequado a
sua posição relativa no comércio internacional.
Hume parece ter sido o primeiro a mostrar de
forma clara e explicitamente que no nível da pura lógica essa pergunta não tem
sentido. Só terá sentido se a fizer em um país isolado. Por outro lado , com
uma perfeita moeda de ouro, cada país sempre tenderá a ter o valor adequado a
sua posição relativa no comércio internacional.
·
Mas , no século XVI as pessoas pensavam de
maneira diferente, e sentido prático pode de fato ser comunicado a essa
pergunta , acrescentando : ao nível prevalecente de preços . Assim alterado, o
problema foi o de determinar as exigências de circulação interna em determinadas
condições de tempo e lugar, com vista , quer para suportar até um ponto ou para
combater além desse ponto a política ‘ mercantilista ‘ de fazer cumprir as
importações de ouro e prata .
Mas , no século XVI as pessoas pensavam de
maneira diferente, e sentido prático pode de fato ser comunicado a essa
pergunta , acrescentando : ao nível prevalecente de preços . Assim alterado, o
problema foi o de determinar as exigências de circulação interna em determinadas
condições de tempo e lugar, com vista , quer para suportar até um ponto ou para
combater além desse ponto a política ‘ mercantilista ‘ de fazer cumprir as
importações de ouro e prata .
·
Cantillon foi o primeiro a falar de velocidade
de circulação, também foi o primeiro a afirmar com todas as letras que o
aumento na velocidade do dinheiro é equivalente ao aumento de sua quantidade.
Ele também chegou à conclusão de que as medidas calculadas para diminuir a
velocidade iriram neutralizar os efeitos da inflação. Nem Hume , nem Smith
acrescentou nada de importante .
Cantillon foi o primeiro a falar de velocidade
de circulação, também foi o primeiro a afirmar com todas as letras que o
aumento na velocidade do dinheiro é equivalente ao aumento de sua quantidade.
Ele também chegou à conclusão de que as medidas calculadas para diminuir a
velocidade iriram neutralizar os efeitos da inflação. Nem Hume , nem Smith
acrescentou nada de importante .
·
Locke e Cantillon preveem claramente não só
velocidade , no sentido estrito , mas também a taxa de gastos. Devido à
importância que o conceito relacionado de propensão a consumir ganhou em
conexão com a análise do multiplicador também era perfeitamente familiar aos
economistas daquela época .
Locke e Cantillon preveem claramente não só
velocidade , no sentido estrito , mas também a taxa de gastos. Devido à
importância que o conceito relacionado de propensão a consumir ganhou em
conexão com a análise do multiplicador também era perfeitamente familiar aos
economistas daquela época .
Cantillon
·
Se opõe a idéia de Hume de que o aumento da
quantidade de moeda aumentará os preços na mesma proporção. Para Cantillon isso
vai depender do que chama-se de Efeito Cantillon, ou seja, os preços vão
aumentar dependendo de como os novos possuidores de dinheiro decidirão gastá-lo
(de como ele é direcionado ao consumo e circulação).
Se opõe a idéia de Hume de que o aumento da
quantidade de moeda aumentará os preços na mesma proporção. Para Cantillon isso
vai depender do que chama-se de Efeito Cantillon, ou seja, os preços vão
aumentar dependendo de como os novos possuidores de dinheiro decidirão gastá-lo
(de como ele é direcionado ao consumo e circulação).
·
Price-specie-flow de Cantillon: comércio traz
abundância de dinheiro à
aumento do consumo à
aumento das importações/ diminuição do saldo do balance of trade à aumento dos gastos faz
com que aumentem também o custo do trabalho e os preços do bens manufaturados à fluxo de dinheiro para fora do país
Price-specie-flow de Cantillon: comércio traz
abundância de dinheiro à
aumento do consumo à
aumento das importações/ diminuição do saldo do balance of trade à aumento dos gastos faz
com que aumentem também o custo do trabalho e os preços do bens manufaturados à fluxo de dinheiro para fora do país
·
Os juros para Cantillon, assim como para Hume,
são determinados no mercado por credores e devedores. É uma questão de oferta x
demanda de crédito e não de dinheiro. Cantillon adiciona a esse fator o risco
de inadimplência.
Os juros para Cantillon, assim como para Hume,
são determinados no mercado por credores e devedores. É uma questão de oferta x
demanda de crédito e não de dinheiro. Cantillon adiciona a esse fator o risco
de inadimplência.
·
Para
Cantillon a ‘taxa corrente de juros’ em determinado país é a taxa para
empréstimos que oferecem garantias plenas. É o piso dos juros, acima do qual se
exerce diferenciação conforme o risco. Esta ‘taxa corrente’ difere muito pouco
dos juros associados a hipotecas de terra.
Para
Cantillon a ‘taxa corrente de juros’ em determinado país é a taxa para
empréstimos que oferecem garantias plenas. É o piso dos juros, acima do qual se
exerce diferenciação conforme o risco. Esta ‘taxa corrente’ difere muito pouco
dos juros associados a hipotecas de terra.
·
Hume adiciona a essa ideia que a presença de
poupadores está ligado aos hábitos e costumes de um povo.
Hume adiciona a essa ideia que a presença de
poupadores está ligado aos hábitos e costumes de um povo.
·
Hume afirma
que, apesar do que foi dito acima (variações da oferta monetária se conectam
apenas aos preços), pode-se admitir que após a descoberta da América, a Europa
de modo geral progrediu com a abundancia de metais e moeda. à
Porém qual a relação, já que a moeda só afeta os preços??? à Cantillon diz que é pelos gastos.
Hume afirma
que, apesar do que foi dito acima (variações da oferta monetária se conectam
apenas aos preços), pode-se admitir que após a descoberta da América, a Europa
de modo geral progrediu com a abundancia de metais e moeda. à
Porém qual a relação, já que a moeda só afeta os preços??? à Cantillon diz que é pelos gastos.
o
Embora a
elevação dos preços seja uma consequência necessária do aumento dos metais, não
ocorre imediatamente após aquele aumento. “Some time is required before the money
circulates through the whole state, and makes its effect be felt on all ranks
of people.”. O mecanismo não está
perfeitamente claro, como em Cantillon (gastos), mas o dinheiro vai se
espalhando paulatinamente, afetando então as mercadorias. à
“felicidade” temporária enquanto os preços não sobem.
Embora a
elevação dos preços seja uma consequência necessária do aumento dos metais, não
ocorre imediatamente após aquele aumento. “Some time is required before the money
circulates through the whole state, and makes its effect be felt on all ranks
of people.”. O mecanismo não está
perfeitamente claro, como em Cantillon (gastos), mas o dinheiro vai se
espalhando paulatinamente, afetando então as mercadorias. à
“felicidade” temporária enquanto os preços não sobem.
o
Daí se
depreende que a uma boa política é manter a oferta monetária em lenta e
contínua expansão. Com isso, o gap é mantido. à Importante
é que as pessoas fiquem estimuladas.
Daí se
depreende que a uma boa política é manter a oferta monetária em lenta e
contínua expansão. Com isso, o gap é mantido. à Importante
é que as pessoas fiquem estimuladas.
·
O que vale o
plano internacional, aplica-se às províncias de um país. Hume refere-se a
unificação da Inglaterra e da Escócia, que foi vista por muitos como antessala
do esvaziamento de moeda inglesa. Admite também, como Cantillon, apenas as
diferenças de preço baseadas em custos de transporte. E esboça um mecanismo
internacional de ajustamento e vantagens mutuas através do comércio, bem
evidenciado nesta passagem: “cada novo acre de vinha plantada na França, para
fornecer vinho à Inglaterra, obrigará os franceses a tomar o produto de um acre
inglês, plantado com trigo ou centeio…”. E a frase é complementada ainda com um “we
should thereby get command of the better commodity”.
O que vale o
plano internacional, aplica-se às províncias de um país. Hume refere-se a
unificação da Inglaterra e da Escócia, que foi vista por muitos como antessala
do esvaziamento de moeda inglesa. Admite também, como Cantillon, apenas as
diferenças de preço baseadas em custos de transporte. E esboça um mecanismo
internacional de ajustamento e vantagens mutuas através do comércio, bem
evidenciado nesta passagem: “cada novo acre de vinha plantada na França, para
fornecer vinho à Inglaterra, obrigará os franceses a tomar o produto de um acre
inglês, plantado com trigo ou centeio…”. E a frase é complementada ainda com um “we
should thereby get command of the better commodity”.
Ricardo
1. Valor
·
Utilidade
não é a medida do valor de trocam embora lhe seja absolutamente essencial. …
Possuindo utilidade, as mercadorias derivam seu valor de troca de duas fontes:
de sua escassez e da quantidade de trabalho necessária para obtê-las.
Utilidade
não é a medida do valor de trocam embora lhe seja absolutamente essencial. …
Possuindo utilidade, as mercadorias derivam seu valor de troca de duas fontes:
de sua escassez e da quantidade de trabalho necessária para obtê-las.
·
Se a
quantidade de trabalho contida nas mercadorias determina o seu valor de troca,
todo acréscimo nessa quantidade de trabalho deve aumentar o valor da mercadoria
sobre a qual ela foi aplicada, assim como toda diminuição deve reduzi-lo.
Se a
quantidade de trabalho contida nas mercadorias determina o seu valor de troca,
todo acréscimo nessa quantidade de trabalho deve aumentar o valor da mercadoria
sobre a qual ela foi aplicada, assim como toda diminuição deve reduzi-lo.
·
Ricardo começa sua teoria da onde Smith parou. Ricardo dizia que
o valor do produto era dado tanto pelo a quantidade de trabalho como pela a
escassez do produto. Se o produto fosse de fácil produção, que se conseguia
produzir em larga escala o valor do mesmo era dado pela quantidade de trabalho
inserida no produto( trabalho morto + trabalho atual ). Por exemplo, um sapato,
o valor do sapato é dado pelo trabalho nele inserido, o trabalho para criar o
boi, para abater o boi, para fazer o couro, para fazer a cola, mais o trabalho
do artesão para a junção disso tudo. Agora uma obra de arte, que relativamente
tem menos tempo de trabalho que outras mercadorias porém, tem seu valor muito
elevado devido ao seu nível de raridade.
Ricardo começa sua teoria da onde Smith parou. Ricardo dizia que
o valor do produto era dado tanto pelo a quantidade de trabalho como pela a
escassez do produto. Se o produto fosse de fácil produção, que se conseguia
produzir em larga escala o valor do mesmo era dado pela quantidade de trabalho
inserida no produto( trabalho morto + trabalho atual ). Por exemplo, um sapato,
o valor do sapato é dado pelo trabalho nele inserido, o trabalho para criar o
boi, para abater o boi, para fazer o couro, para fazer a cola, mais o trabalho
do artesão para a junção disso tudo. Agora uma obra de arte, que relativamente
tem menos tempo de trabalho que outras mercadorias porém, tem seu valor muito
elevado devido ao seu nível de raridade.
·
O valor econômico de uma mercadoria é determinado pela
quantidade de trabalho que, em média, é necessário para a produzir, incluindo
aí todo o trabalho anterior (para produzir suas as matérias primas, máquinas,
etc.), sendo também a durabilidade um fator que afeta esse valor.
O valor econômico de uma mercadoria é determinado pela
quantidade de trabalho que, em média, é necessário para a produzir, incluindo
aí todo o trabalho anterior (para produzir suas as matérias primas, máquinas,
etc.), sendo também a durabilidade um fator que afeta esse valor.
·
Por esta teoria o preço de uma mercadoria reproduz a quantidade
de tempo de trabalho nela colocado, sendo o trabalho o único elemento que
realmente gera valor, porém, o salário não aumenta a quantidade de trabalho,
logo o valor da mercadoria não depende disso. Num exemplo clássico entre os
teóricos do valor-trabalho, a razão porque um diamante é mais valioso que um
copo de água é porque dá, em média, mais trabalho, encontrar e extrair um
diamante do que um copo de água. Com o valor sendo gerado pelo trabalho, única
e exclusivamente, logo se levou à idéia de que, se todo o valor é gerado no
trabalho, logo os trabalhadores eram quem gerava toda a riqueza existente,
sendo que os não-trabalhadores – os patrões – que acabavam por ficar com grande
parte da riqueza gerada pelo trabalho incorporado, estavam na verdade usurpando
a classe trabalhadora deste valor gerado pelo trabalho, através de um processo
conhecido como mais-valia. A mais-valia é o nome dado à diferença entre o valor
produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base da
exploração no sistema capitalista. Lei fundamental do
Por esta teoria o preço de uma mercadoria reproduz a quantidade
de tempo de trabalho nela colocado, sendo o trabalho o único elemento que
realmente gera valor, porém, o salário não aumenta a quantidade de trabalho,
logo o valor da mercadoria não depende disso. Num exemplo clássico entre os
teóricos do valor-trabalho, a razão porque um diamante é mais valioso que um
copo de água é porque dá, em média, mais trabalho, encontrar e extrair um
diamante do que um copo de água. Com o valor sendo gerado pelo trabalho, única
e exclusivamente, logo se levou à idéia de que, se todo o valor é gerado no
trabalho, logo os trabalhadores eram quem gerava toda a riqueza existente,
sendo que os não-trabalhadores – os patrões – que acabavam por ficar com grande
parte da riqueza gerada pelo trabalho incorporado, estavam na verdade usurpando
a classe trabalhadora deste valor gerado pelo trabalho, através de um processo
conhecido como mais-valia. A mais-valia é o nome dado à diferença entre o valor
produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base da
exploração no sistema capitalista. Lei fundamental do
·
capitalismo, cuja essência é a produção da mais-valia máxima e a
sua apropriação pelos capitalistas mediante o aumento do número de operários
assalariados e a intensificação de se sua exploração. A lei da mais-valia é a
forma que se manifesta no capitalismo a lei do valor. A formação do capital é o
resultado do lucro do capitalista obtido através da mais-valia. A mais-valia é
produzida no processo de produção quando o trabalhador ao vender a sua força de
trabalho por um salário, não recebe por tudo aquilo que produziu. A mais-valia
é absoluta quando há um aumento na jornada de trabalho sem que aumente o
salário. A mais-valia relativa ocorre com o aumento da produtividade pela
introdução de tecnologia.
capitalismo, cuja essência é a produção da mais-valia máxima e a
sua apropriação pelos capitalistas mediante o aumento do número de operários
assalariados e a intensificação de se sua exploração. A lei da mais-valia é a
forma que se manifesta no capitalismo a lei do valor. A formação do capital é o
resultado do lucro do capitalista obtido através da mais-valia. A mais-valia é
produzida no processo de produção quando o trabalhador ao vender a sua força de
trabalho por um salário, não recebe por tudo aquilo que produziu. A mais-valia
é absoluta quando há um aumento na jornada de trabalho sem que aumente o
salário. A mais-valia relativa ocorre com o aumento da produtividade pela
introdução de tecnologia.
·
A Lei do valor é a lei econômica da produção mercantil que, por
um lado, condiciona a produção e troca de cada mercadoria de acordo com o seu
gasto socialmente necessário de trabalho, e, por outro, é a lei do equilíbrio
espontâneo da sociedade capitalista. O Valor de uso de acordo com sua
utilidade: “É a utilidade de uma coisa que lhe dá um valor de uso, mas
essa não surge no ar. É determinada pelas qualidades físicas da mercadoria e
não existe sem isso”. Diferentemente do valor de troca, pode-se dizer que
o valor de uso tem uma relação qualitativa, enquanto o valor de troca tem
relação quantitativa.
A Lei do valor é a lei econômica da produção mercantil que, por
um lado, condiciona a produção e troca de cada mercadoria de acordo com o seu
gasto socialmente necessário de trabalho, e, por outro, é a lei do equilíbrio
espontâneo da sociedade capitalista. O Valor de uso de acordo com sua
utilidade: “É a utilidade de uma coisa que lhe dá um valor de uso, mas
essa não surge no ar. É determinada pelas qualidades físicas da mercadoria e
não existe sem isso”. Diferentemente do valor de troca, pode-se dizer que
o valor de uso tem uma relação qualitativa, enquanto o valor de troca tem
relação quantitativa.
Galiani
·
Sem
dominar as artes das ligas metálicas nem a natureza dos quilates, os povos
extratores de metais utilizam os certos pesos e medidas para avaliá-los.
Sem
dominar as artes das ligas metálicas nem a natureza dos quilates, os povos
extratores de metais utilizam os certos pesos e medidas para avaliá-los.
·
Difícil
determinar a origem da moeda cunhada
Difícil
determinar a origem da moeda cunhada
·
Uma
coisa é saber quanto pesam as moedas antigas, outra, quanto valem. Conhecer o
peso é fácil, porque guardamos ainda hoje muitas moedas antigas bem
conservadas, mas o valor é equiparação da moeda com as outras coisas. Com
efeito, como as outras coisas são todas avaliadas com base na moeda, da mesma
forma a moeda é medida com base na outras coisas.
Uma
coisa é saber quanto pesam as moedas antigas, outra, quanto valem. Conhecer o
peso é fácil, porque guardamos ainda hoje muitas moedas antigas bem
conservadas, mas o valor é equiparação da moeda com as outras coisas. Com
efeito, como as outras coisas são todas avaliadas com base na moeda, da mesma
forma a moeda é medida com base na outras coisas.
·
Esta
medida varia a cada ano.
Esta
medida varia a cada ano.
·
A posse
do ouro e da prata é o desejo maior de todos os homens.
A posse
do ouro e da prata é o desejo maior de todos os homens.
·
Aristóteles:
“A moeda foi instituída por convenção e por essa razão ela é chamada de
nómisma, ou seja, pela lei, porque justamente tem valor por lei e não por
natureza, e porque está em nosso poder modificá-la e torna-la sem valor.”
Aristóteles:
“A moeda foi instituída por convenção e por essa razão ela é chamada de
nómisma, ou seja, pela lei, porque justamente tem valor por lei e não por
natureza, e porque está em nosso poder modificá-la e torna-la sem valor.”
·
Galiani
acredita que todas as coisas tem o seu valor assentado em princípios certos,
gerais e constates; que, nem o capricho ou lei podem violar, e que os homens
são passivos em relação ao valor.
Galiani
acredita que todas as coisas tem o seu valor assentado em princípios certos,
gerais e constates; que, nem o capricho ou lei podem violar, e que os homens
são passivos em relação ao valor.
·
Valor é
a relação entre a posse de uma coisa em relação de igualdade com outra, porque
nas trocas essa igualdade não gera perdas, nem enganos.
Valor é
a relação entre a posse de uma coisa em relação de igualdade com outra, porque
nas trocas essa igualdade não gera perdas, nem enganos.
·
Sendo
diferentes as inclinações dos espíritos humanos e diferentes as necessidades, o
valor das coisas também varia.
Sendo
diferentes as inclinações dos espíritos humanos e diferentes as necessidades, o
valor das coisas também varia.
·
Valor é
uma relação composta por dois elementos: utilidade e raridade.
Valor é
uma relação composta por dois elementos: utilidade e raridade.
·
Utilidade:
a capacidade que tem uma coisa de nos proporcionar felicidade, satisfaz o
estímulo de uma paixão.
Utilidade:
a capacidade que tem uma coisa de nos proporcionar felicidade, satisfaz o
estímulo de uma paixão.
·
Ex:
adornos que indiquem superioridade são valiosos, pois a superioridade é fonte
do mais intenso prazer.
Ex:
adornos que indiquem superioridade são valiosos, pois a superioridade é fonte
do mais intenso prazer.
·
Davanzati
questiona: bezerro vivo vale menos que um bezerro de ouro
Davanzati
questiona: bezerro vivo vale menos que um bezerro de ouro
·
Para
explicar esse questionamento, Galiani afirma novamente que o valor é uma razão
composta, pois não leva em conta apenas utilidade mas também raridade. Caro e
barato são termos relativos.
Para
explicar esse questionamento, Galiani afirma novamente que o valor é uma razão
composta, pois não leva em conta apenas utilidade mas também raridade. Caro e
barato são termos relativos.
·
Raridade
é a relação que existe entre a quantidade de uma coisa e o uso que dela se faz.
Quantidade pode depender da sua abundancia na natureza ou da quantidade de
trabalho e esforço empregados na sua produção.
Raridade
é a relação que existe entre a quantidade de uma coisa e o uso que dela se faz.
Quantidade pode depender da sua abundancia na natureza ou da quantidade de
trabalho e esforço empregados na sua produção.
·
O
trabalho é o único a conferir valor às coisas.
O
trabalho é o único a conferir valor às coisas.
·
Para
calcular o trabalho é preciso levar em consideração três coisas: numero de
pessoas, o tempo e as diferentes remunerações.
Para
calcular o trabalho é preciso levar em consideração três coisas: numero de
pessoas, o tempo e as diferentes remunerações.
·
A
raridade, entretanto, deve ser avaliada com base não na proporção em que nascem
os homens de talento, mas conforme chegam à maturidade. E talento é diferente
de emprego.
A
raridade, entretanto, deve ser avaliada com base não na proporção em que nascem
os homens de talento, mas conforme chegam à maturidade. E talento é diferente
de emprego.
·
Há porém
uma dificuldade de cálculo, pois o mesmo seria um cálculo à priori. Problema
indeterminado.
Há porém
uma dificuldade de cálculo, pois o mesmo seria um cálculo à priori. Problema
indeterminado.
·
Os
preços regulam-se pelas variações no consumo.
Os
preços regulam-se pelas variações no consumo.
·
O valor
da moeda segue os princípios gerais do valor de Galiani, e por isso não pode
ser estabelecido e fixado pelas leis ou costumes.
O valor
da moeda segue os princípios gerais do valor de Galiani, e por isso não pode
ser estabelecido e fixado pelas leis ou costumes.
·
A moeda
é a relação de valor que se mantém fixa entre as várias mercadorias. Logo o
valor da moeda não é fixo, apenas a sua relação de valor com as outras
mercadorias.
A moeda
é a relação de valor que se mantém fixa entre as várias mercadorias. Logo o
valor da moeda não é fixo, apenas a sua relação de valor com as outras
mercadorias.
·
Mal
inerente à moeda: relação de valor estabelecida pela autoridade da lei sei que
possa mudar de acordo com os movimentos naturais.
Mal
inerente à moeda: relação de valor estabelecida pela autoridade da lei sei que
possa mudar de acordo com os movimentos naturais.
Say
Ricardo
|
Cantillon
|
Galiani
|
Say
|
Modelo agrícola à
oposição entre lucros e salários é determinante da distribuição da renda.
Diferença
é que ele não acha que a economia era essencialmente agrária como Cantillon.
Renda da terra é renda diferencial (rendimentos declinantes a partir de adição
de terras menos férteis ou distantes).
Para
preservar a taxa de lucro, subtraem do rendimento das parcelas anteriormente cultivadas frações suficientes para equilibrar as taxas de lucro.
Frações
deduzidas do lucro formam a renda da terra.
Objetivo
da renda diferencial é deixa-la como resíduo para centralizar a oposição entre lucros e salários.
Obs:
Sendo importados os grãos, as terras menos produtivas seriam dispensadas, reduzindo a renda da terra paga nas frações infra-marginais. |
Economia
essencialmente agrícola.
Sociedade
rural estratificada em 3 classes.
Objetivo
dos fazendeiros é além de prover a própria subsistência, obter uma renda residual – terceira renda ou lucro.
O
lucro dependera das despesas de cultivo, da renda da terra previamente acordada, e do valor da produção obtido.
Modelo
é reprodutivo, pois o que o fazendeiro antecipa será recomposto no final da safra, de modo a iniciar outro período de produção. |
A
concepção geral de Galiani é marcada por estar incluída numa discussão monetária.
Visão
de Galiani é que as minas são exploradas visando o lucro, e portanto se são descobertas minas mais férteis, as menos férteis serão menos lucrativas. Há uma relação inversa entre a fertilidade das minas e o custo do trabalho. Ou seja, quanto mais fértil a mina, menos esforço será necessário para retirar os metais. (Similar a Cantillon)
Através
da mineração estabelece-se uma conexão entre mineração, trabalho e fertilidade.
Crítica
a Locke: Não há possibilidade que o valor dos metais possa ter sido convencionado. à Existem regras gerais de determinação do valor que se aplicam a moeda.
Faz
comentário à estima dos homens: relação de igualdade entre possuir uma coisa ou outra à elemento aristotélico. |
Definições
preliminares:
–
Riqueza: bens que possuem um valor próprio e que se tornaram propriedade dos possuidores à Criar objetos dotados de utilidade é criar riqueza.
–
Valor: pode ser reconhecido. Tem como primeiro fundamento o uso que se pode fazer das coisas (utilidade).
–
Preço: medida em moeda do valor das coisas.
Say dá
grande destaque à utilidade. Venda de um produto é venda da utilidade nele contida.
Transformação
do que é dado pela natureza é inicialmente feita pela indústria agrícola. Depois tem-se ainda as indústrias manufatureira e comercial.
Obs.:
Condillac vê na troca a origem da criação de utilidades (lucro). Para Say, a indústria comercial desloca os bens acrescendo-lhes utilidades. A troca para Say é respeito à equivalentes. |
Lucro é determinado pela pior aplicação de
capital, uniformizado pela mobilidade do capital, e portanto a renda não interfere no lucro.
Excedente: O que sobra na produção, uma vez pagos os
salários, é lucro.
Quanto
menores os salários, maior o lucro.
Visto
que os salários são fixados em termos físicos (cesta de subsistência), para reduzir os salários precisa reduzir os custos de produção da certa. à Importação.
Rendimentos
marginais declinantes do trabalho à pressão sobre os lucros à declínio na taxa de acumulação. |
Excedente
em Cantillon tem concepção naturalista ou agrícola. Objetivo dos fazendeiros é produzir uma renda residual ou lucro, que é uma remuneração do capital do agricultor. Excedente = 3a e 1a renda.
Lucro é a remuneração do capital do
agricultor/fazendeiro.
Valor
da produção – salários e custos de produção = excedente (lucro + renda da terra) |
|
Lucro do capital: parcela retirada pelas pessoas industriosas
que fizeram adiantamentos.
Renda
é a parte retirada dos valores produzidos. Ou seja, todo o valor produzido será empregado no pagamento de renda. à Formulação da Lei de Say.
Lucros da indústria: trabalho do empresário confere altas rendas
(diferenciação salarial e variedade de atividades) e lucro do operário é baixo (trabalho abundante). |
Distribuição
entre salários e lucros determinada na ultima fração ocupada de terra (a qual não paga renda).
Salários são dados e fixados ao nível de
subsistência e determinados por regras históricas e sociais.
Taxa
de lucro obtida onde há piores condições de produção ou na aplicação marginal do capital.
Elementos
essenciais dos salários são:
–
mecanismo de ajustamento malthusiano da população à disponibilidade de meios
–
fixação ao nível de subsistência
– critério
de subsistência é sócio-histórico
– lei
dos rendimentos declinantes na agricultura aumenta o valor da cesta de subsistência
–
melhoria do padrão de vida contribuiria para a contenção do cresc. populacional |
Salário para Cantillon é essencial. Regra de
subsistência que depende das condições sociais (dados os hábitos de consumo). Os salários são aplainados por um mecanismo “malthusiano”, e flutuam em torno do preço natural.
Imprecisão
em torno da noção de subsistência à depende da categoria social.
Explica
pela diferença do tempo de vida laboral de cada categoria social. Ou riscos e necessidade de confiança mais elevados. |
Trabalho é o único a conferir valor às
coisas. à Porém raridade sempre presente.
Para
calcular o trabalho devemos levar me consideração três fatores: número de trabalhadores, tempo de trabalho e as diferentes remunerações do trabalho.
Cálculo
dos diferentes valores do talento: mesma regra do valor (utilidade e raridade). à Diferente de Smith que acreditava mais em treinamento e exercício profissional.
Salários
dos trabalhadores rurais são baixo pois um numero elevado de pessoas pode exercer essa tarefa à Marx definia trabalho simples. |
Remuneração
dos serviços produtivos dos agentes naturais (trabalho, terra e capital) é um conceito atribuído à Say.
Essa
remuneração só entra no preço se eu puder me apropriar desse agente natural (água, minérios, etc – já o vento não tem custo).
Três
rendas: salários (pagamento da indústria/trabalho), juro (pagamento do capital) e renda (pagamento de um bem fundiário). à Fatores são pagos por prestarem serviços produtivos.
Remuneração
de diferentes indústrias se diferencia pelo estudo (ciência), aplicação útil dos conhecimentos, trabalho manual. Ou seja: teoria, aplicação e execução).
As
atividades que gerarão diferentes remunerações.
Rendas
dos produtores nada mais são os que as retribuições pelos serviços produtivos.
Remunerações
maiores: trabalhos perigosos, trabalhos sem ocupação constante, e trabalhos que exigem habilidade incomum.
Decisão
de produzir à Demanda por serviços produtivos à oferta compete aos proprietários à em todas as etapas trocam-se serviços por rendas (salários, lucros, e renda da terra). |
Ricardo
é evasivo no que se refere ao valor. Em certas passagens se refere à regra de determinação do valor relativo conforme as dificuldades de produção. à custo em trabalho.
O valor é determinado pelas piores condições
de produção.
Tanto
os salários quanto os lucros seriam expressos em volume físico de mercadoria.
A taxa
de lucro seria determinada pela relação entre o volume que resulta como lucro e o que equivale ao capital aplicado.
Valor
é trabalho em cada coisa, e a distribuição é dada entre rendas e terras.
Utilidade
é medida do valor de troca (Smith) à Para Ricardo se a mercadoria não fosse útil não teria valor de troca.
Mercadorias
raras derivam seu valor da escassez.
A regra geral é que as mercadorias se troquem
na proporção do trabalho despendido na sua produção.
Smith
situa duas teorias do valor: uma no dispêndio de trabalho, outra em trabalho comandado. Primeira se restringe a sociedade primitivas e a segunda às sociedades comerciais.
Valor da mercadoria não é influenciado pelos
salários, mas sim pela distribuição de renda. à Se salários subirem, a decorrência será a queda dos lucros.
Obs:
para Ricardo só há valor na relação de troca. Não há valor absoluto ou medida invariável de valor.
Malthus
acusava Ricardo de não medir os lucros no valor das mercadorias. Smith também dizia que o valor pagava salários e lucros. |
Valor intrínseco expresso pelo par
terra-trabalho necessários à provisão de subsistência. |
Valor é uma relação composta por dois
elementos: utilidade e raridade.
Utilidade:
a capacidade que tem uma coisa de nos proporcionar felicidade, satisfaz o estímulo de uma paixão.
Raridade:
a relação que existe entre a quantidade de uma coisa e o uso que dela se faz.
Quantidade
pode depender da sua abundancia na natureza ou da quantidade de trabalho e esforço empregados na sua produção. |
Produção
de riqueza é produção ou aumento da utilidade.
Valor é a medida de utilidade de uma
mercadoria que é expressa em preço. Mas o dinheiro também é uma mercadoria, se o preço de um bem é forçado para cima não significa que a utilidade da mercadoria aumentou, mas que o valor do dinheiro diminuiu.
Valores são produzidos pelo concurso da
indústria, dos capitais e dos agentes naturais (dos quais alguns não são apropriáveis).
Fundamento
do valor é a necessidade. Valor depende da avalição entre duas mercadorias. Porém esta avaliação só será chancelada no mercado.
Surgem
as quantidade procuradas e demandadas.
Ideia
confusa: quantidade demandada é modulada pelo preço (o qual depende do custo de produção). à confuso pois assim o preço estaria dado.
Custo
de produção está relacionado à quantidade e remuneração dos serviços produtivos. Custo de produção está relacionado à oferta à Say mistura estas funções de oferta e demanda.
O
custo fica relacionado à utilidade.
Crítica
a Ricardo: não leva em consideração que a demanda influi sobre o valor dos serviços produtivos, o que aumenta os custos de produção, elevando os preços. |
Ricardo
passa a considerar que o capital fixo produz efeito sobre o valor à conforme o desgaste/período de circulação.
Com
uma subida dos salários, as mercadorias que forem intensivas em trabalho, subirão em valor relativo, comparado aquelas que forem intensivas em capital fixo.
Escala
de trabalhos de diferentes qualidade à varia pouco à escala fixa não terá efeitos à alteração no valor relativo se deve à mudanças no trabalho contido. |
|
|
Capital
produtivo é o valor de utensílios, instrumentos, matérias-primas e etc a serem transformados. Tudo que foi transformado pelo homem e é utilizado na produção e criação de novos produtos.
Capital
é produto já criado pela indústria, e será usado na criação de novos produtos.
Crítica
a Smith: o progresso não se dá apenas da divisão do trabalho. Mas também na capacidade apropriação da natureza e utilização dos serviços produtivos dos agentes naturais. |
|
|
|
Questão
complexa em Say: variações de preços relativas e reais.
Variações
relativas são aquelas na relação de uns bens e outros.
Variações
reais são as que afetam os custos de produção. à Influem sobre as riquezas individuais e não sobre a riqueza nacional. |
De
acordo com esse principio, o excedente é determinado pelas condições técnicas
de produção e um salário usual de “subsistência”. A competição opera
distribuindo o excedente entre os vários tipos de rendas da propriedade. –
Ricardo e Cantillon
acordo com esse principio, o excedente é determinado pelas condições técnicas
de produção e um salário usual de “subsistência”. A competição opera
distribuindo o excedente entre os vários tipos de rendas da propriedade. –
Ricardo e Cantillon
“Lei de
Say”, que postula, mas não explica por que nem como, que “a oferta cria sua
própria procura” e que, portanto, subtraindo o consumo agregado dos dois termos
da frase anterior, “a poupança determina o investimento”.
Say”, que postula, mas não explica por que nem como, que “a oferta cria sua
própria procura” e que, portanto, subtraindo o consumo agregado dos dois termos
da frase anterior, “a poupança determina o investimento”.
Lei de
Say: “Quando um produto é criado, ele, desde aquele instante, por meio de
seu próprio valor, proporciona acesso a outros mercados e a outros
produtos”
Say: “Quando um produto é criado, ele, desde aquele instante, por meio de
seu próprio valor, proporciona acesso a outros mercados e a outros
produtos”
Um
excedente pode ocorrer apenas quando muitos meios de produção forem aplicados a
um determinado produto em detrimento de outro.
excedente pode ocorrer apenas quando muitos meios de produção forem aplicados a
um determinado produto em detrimento de outro.
salvo a
produção para a subsistência que é mínima, nenhum produto é resultado
unicamente de um único tipo de indústria, o produto de cada um deles
acrescenta uma utilidade ao outro, compondo o valor da mercadoria.
produção para a subsistência que é mínima, nenhum produto é resultado
unicamente de um único tipo de indústria, o produto de cada um deles
acrescenta uma utilidade ao outro, compondo o valor da mercadoria.
4. John Stuart Mill e o declínio da economia ricardiana
Temos que começar pela definição dos termos. Adam Smith, em
uma passagem muitas vezes citada, deparou com a mais óbvia ambigüidade em
relação ao termo valor — o qual, em uma de suas acepções, significa utilidade,
e em outra, poder de compra; em sua própria terminologia, seriam o valor de uso
e o valor de troca. Todavia (como observou o sr. De Quincey), ao ilustrar esse
duplo significado, o próprio Adam Smith caiu em outra ambigüidade. Segundo ele,
coisas que têm o máximo valor de uso muitas vezes têm pouco ou nenhum valor de
troca o que é verdade, pois aquilo que pode ser obtido sem trabalho ou
sacrifício não tem preço, por mais útil ou necessário que possa ser. Mas Smith
continua, dizendo que coisas que têm o máximo valor de troca, como um diamante,
por exemplo, podem ter pouco ou nenhum valor de uso. Isso equivale a empregar o
termo uso não no sentido em que o aborda a Economia Política, mas em outra
acepção, em que uso (utilidade) se opõe a prazer. A Economia Política nada tem
a ver com a avaliação comparativa de utilidades diferentes no julgamento de um
filósofo ou de um moralista. A utilidade de uma coisa, em Economia Política,
significa a capacidade que essa coisa tem de satisfazer a um desejo ou de
servir a uma finalidade.
uma passagem muitas vezes citada, deparou com a mais óbvia ambigüidade em
relação ao termo valor — o qual, em uma de suas acepções, significa utilidade,
e em outra, poder de compra; em sua própria terminologia, seriam o valor de uso
e o valor de troca. Todavia (como observou o sr. De Quincey), ao ilustrar esse
duplo significado, o próprio Adam Smith caiu em outra ambigüidade. Segundo ele,
coisas que têm o máximo valor de uso muitas vezes têm pouco ou nenhum valor de
troca o que é verdade, pois aquilo que pode ser obtido sem trabalho ou
sacrifício não tem preço, por mais útil ou necessário que possa ser. Mas Smith
continua, dizendo que coisas que têm o máximo valor de troca, como um diamante,
por exemplo, podem ter pouco ou nenhum valor de uso. Isso equivale a empregar o
termo uso não no sentido em que o aborda a Economia Política, mas em outra
acepção, em que uso (utilidade) se opõe a prazer. A Economia Política nada tem
a ver com a avaliação comparativa de utilidades diferentes no julgamento de um
filósofo ou de um moralista. A utilidade de uma coisa, em Economia Política,
significa a capacidade que essa coisa tem de satisfazer a um desejo ou de
servir a uma finalidade.
O valor de troca de uma coisa pode ser inferior — para
qualquer montante — ao seu valor de uso; mas que jamais possa superar o valor
de uso, implica contradição; isso supõe que as pessoas pagarão, para possuir
uma coisa, mais do que o valor máximo que elas mesmas lhe dão como meio de
gratificar as suas inclinações.
qualquer montante — ao seu valor de uso; mas que jamais possa superar o valor
de uso, implica contradição; isso supõe que as pessoas pagarão, para possuir
uma coisa, mais do que o valor máximo que elas mesmas lhe dão como meio de
gratificar as suas inclinações.
Os autores modernos mais precisos, porém, para evitar o
dispêndio inútil de dois bons termos científicos para um único conceito,
empregaram preço para expressar o valor de uma coisa em relação ao dinheiro, a
quantidade de dinheiro pela qual a coisa será trocada. Por conseguinte, daqui
em diante entenderemos por preço de uma coisa seu valor em dinheiro, por valor,
ou valor de troca, seu poder geral de compra, isto é, o comando ou direito que
a sua posse dá sobre bens ou mercadorias compráveis em geral.
dispêndio inútil de dois bons termos científicos para um único conceito,
empregaram preço para expressar o valor de uma coisa em relação ao dinheiro, a
quantidade de dinheiro pela qual a coisa será trocada. Por conseguinte, daqui
em diante entenderemos por preço de uma coisa seu valor em dinheiro, por valor,
ou valor de troca, seu poder geral de compra, isto é, o comando ou direito que
a sua posse dá sobre bens ou mercadorias compráveis em geral.
Mas há um caso em que ninguém hesitaria dizer que tipo de
mudança se operou no valor do casaco, isto é, se a causa da qual se originou a
mudança dos valores de troca residiu em algo que afetou diretamente o próprio
casaco, e não o pão ou o vidro. Suponhamos, por exemplo, que se fez um
aperfeiçoamento nas máquinas, em virtude do qual se pôde tecer o tecido fino de
lã preta pela metade do custo anterior. O efeito disso seria baixar o valor de
um casaco, e se a baixa for devida a essa causa, ele baixaria não somente em
relação ao pão, nem somente em relação ao vidro, mas em relação a todas as
coisas compráveis, excetuadas aquelas que eventualmente fossem afetadas, neste
mesmo momento, por uma causa similar de redução do valor. Devemos, pois, dizer
que houve uma queda do valor de troca ou do poder de compra geral de um casaco.
A idéia de valor geral de troca origina-se do fato de que há realmente causas
que tendem a alterar o valor de uma coisa trocada por coisas em geral, isto é,
por todas as coisas sobre as quais não agem causas de tendência similar.
mudança se operou no valor do casaco, isto é, se a causa da qual se originou a
mudança dos valores de troca residiu em algo que afetou diretamente o próprio
casaco, e não o pão ou o vidro. Suponhamos, por exemplo, que se fez um
aperfeiçoamento nas máquinas, em virtude do qual se pôde tecer o tecido fino de
lã preta pela metade do custo anterior. O efeito disso seria baixar o valor de
um casaco, e se a baixa for devida a essa causa, ele baixaria não somente em
relação ao pão, nem somente em relação ao vidro, mas em relação a todas as
coisas compráveis, excetuadas aquelas que eventualmente fossem afetadas, neste
mesmo momento, por uma causa similar de redução do valor. Devemos, pois, dizer
que houve uma queda do valor de troca ou do poder de compra geral de um casaco.
A idéia de valor geral de troca origina-se do fato de que há realmente causas
que tendem a alterar o valor de uma coisa trocada por coisas em geral, isto é,
por todas as coisas sobre as quais não agem causas de tendência similar.
As causas que se originam nos produtos com os quais o
comparamos afetam o valor deste em relação a esses produtos, ao passo que as
causas que se originam no próprio produto em consideração afetam seu valor em
relação a todos os produtos.
comparamos afetam o valor deste em relação a esses produtos, ao passo que as
causas que se originam no próprio produto em consideração afetam seu valor em
relação a todos os produtos.
O preço em dinheiro de todas as mercadorias pode subir. Mas
nãopode haver um aumento geral de valores. Seria uma contradição
terminológica. O valor de A só pode
aumentar pelo fato de A ser trocado por uma quantidade maior de B e C, caso em
que B e C devem valer uma quantidade menor de A. Não é possível que todas as
coisas subam, umas em relação às outras. Se sobe o valor de troca de metade das
mercadorias existentes no mercado, os próprios termos implicam uma queda do
valor de troca da outra metade; e, reciprocamente, a queda do valor de troca de
metade das mercadorias implica um aumento do valor de troca de outra metade.
nãopode haver um aumento geral de valores. Seria uma contradição
terminológica. O valor de A só pode
aumentar pelo fato de A ser trocado por uma quantidade maior de B e C, caso em
que B e C devem valer uma quantidade menor de A. Não é possível que todas as
coisas subam, umas em relação às outras. Se sobe o valor de troca de metade das
mercadorias existentes no mercado, os próprios termos implicam uma queda do
valor de troca da outra metade; e, reciprocamente, a queda do valor de troca de
metade das mercadorias implica um aumento do valor de troca de outra metade.
O fato de os preços em dinheiro de todas as coisas subirem
ou descerem, desde que todos subam ou caiam igualmente, não tem em si
importância, prescindindo de contratos vigentes. Isso não afeta nem os
salários, nem os lucros, nem a renda de ninguém. Cada um recebe mais dinheiro
em um caso, e menos no outro, mas nem por isso conseguem comprar, em relação a
antes, quantidade maior ou menor de todas as mercadorias que se compram com
dinheiro. Não faz nenhuma diferença senão a de usar mais ou menos moedas.
ou descerem, desde que todos subam ou caiam igualmente, não tem em si
importância, prescindindo de contratos vigentes. Isso não afeta nem os
salários, nem os lucros, nem a renda de ninguém. Cada um recebe mais dinheiro
em um caso, e menos no outro, mas nem por isso conseguem comprar, em relação a
antes, quantidade maior ou menor de todas as mercadorias que se compram com
dinheiro. Não faz nenhuma diferença senão a de usar mais ou menos moedas.
Recordemos, portanto (e não faltarão ocasiões para chamar a
atenção para isso), que ou uma queda
geral de valores é uma contradição, e que um aumento ou uma diminuição geral de
preços não é outra coisa senão uma alteração no valor do dinheiro, constituindo
isso um fato totalmente sem importância, a não ser enquanto afeta contratos
vigentes de recebimento e pagamento de quantias fixas de dinheiro,2 e enquanto
(é preciso acrescentar) afeta os interesses dos produtores de dinheiro.
atenção para isso), que ou uma queda
geral de valores é uma contradição, e que um aumento ou uma diminuição geral de
preços não é outra coisa senão uma alteração no valor do dinheiro, constituindo
isso um fato totalmente sem importância, a não ser enquanto afeta contratos
vigentes de recebimento e pagamento de quantias fixas de dinheiro,2 e enquanto
(é preciso acrescentar) afeta os interesses dos produtores de dinheiro.
CAP2
Como assinalei no capítulo precedente, a utilidade de uma
coisa segundo a avaliação do comprador é o limite extremo de seu valor de troca:
disso não pode passar o seu valor; para elevar esse valor até esse ponto,
requerem-se circunstâncias peculiares
coisa segundo a avaliação do comprador é o limite extremo de seu valor de troca:
disso não pode passar o seu valor; para elevar esse valor até esse ponto,
requerem-se circunstâncias peculiares
Esse caso, no qual o valor é inteiramente regulado pelas
necessidades ou desejos do comprador , é o caso de monopólio estrito e
absoluto, em que, pelo fato de o artigo desejado só poder ser obtido de uma
pessoa, esta pode cobrar qualquer preço, abaixo daquele ponto em que não
haveria nenhum comprador.
necessidades ou desejos do comprador , é o caso de monopólio estrito e
absoluto, em que, pelo fato de o artigo desejado só poder ser obtido de uma
pessoa, esta pode cobrar qualquer preço, abaixo daquele ponto em que não
haveria nenhum comprador.
1 caso…Trataremos primeiro das coisas absolutamente
limitadas em quantidade, tais como esculturas ou pinturas antigas. O seu valor depende…
limitadas em quantidade, tais como esculturas ou pinturas antigas. O seu valor depende…
A procura e a oferta, a quantidade em procura e a quantidade
em oferta tendem a igualar-se. Se em algum momento forem desiguais, a
concorrência se encarrega de igualá-las, e a maneira como se faz isso é por
meio de um ajuste do valor. Se a procura cresce, aumenta o valor; se a procura
decresce, baixa o valor; por outro lado, se a oferta cai, o valor aumenta, e se
a oferta aumenta, o valor cai. A subida ou a queda continua, até que a procura
e a oferta se igualem novamente entre si: e o valor que um artigo terá em
qualquer mercado não é outro senão o valor que, naquele mercado, é dado por uma
procura exatamente suficiente para atender a oferta existente ou esperada. Essa é, pois, a lei do valor, com respeito a
todos os artigos não suscetíveis de serem publicados à vontade. Sem dúvida,
tais artigos são exceções.
em oferta tendem a igualar-se. Se em algum momento forem desiguais, a
concorrência se encarrega de igualá-las, e a maneira como se faz isso é por
meio de um ajuste do valor. Se a procura cresce, aumenta o valor; se a procura
decresce, baixa o valor; por outro lado, se a oferta cai, o valor aumenta, e se
a oferta aumenta, o valor cai. A subida ou a queda continua, até que a procura
e a oferta se igualem novamente entre si: e o valor que um artigo terá em
qualquer mercado não é outro senão o valor que, naquele mercado, é dado por uma
procura exatamente suficiente para atender a oferta existente ou esperada. Essa é, pois, a lei do valor, com respeito a
todos os artigos não suscetíveis de serem publicados à vontade. Sem dúvida,
tais artigos são exceções.
CAP3
2CASO…
Quando a produção de um artigo resulta do trabalho e dos gastos
feitos, seja o artigo suscetível de multiplicação ilimitada ou não, há um valor
mínimo que representa a condição essencial para que ele seja permanentemente
produzido. O valor, em qualquer momento determinado é resultado da oferta e da procura, sendo isso sempre necessário
para criar um mercado para a oferta existente. Entretanto,
feitos, seja o artigo suscetível de multiplicação ilimitada ou não, há um valor
mínimo que representa a condição essencial para que ele seja permanentemente
produzido. O valor, em qualquer momento determinado é resultado da oferta e da procura, sendo isso sempre necessário
para criar um mercado para a oferta existente. Entretanto,
se tal valor não for suficiente para compensar o custo da
produção, e, além disso, para assegurar o lucro normal que se espera, não se
continuará a produzir a mercadoria. Os donos de capital não continuarão
permanentemente a produzi-la com perda. Nem sequer continuarão a produzir com
lucro inferior àquele do qual tem condições de viver.
produção, e, além disso, para assegurar o lucro normal que se espera, não se
continuará a produzir a mercadoria. Os donos de capital não continuarão
permanentemente a produzi-la com perda. Nem sequer continuarão a produzir com
lucro inferior àquele do qual tem condições de viver.
Por isso, podemos denominar o custo de produção, juntamente
com o lucro normal, preço ou valor necessário de todas as coisas produzidas com
mão-de-obra e capital.
com o lucro normal, preço ou valor necessário de todas as coisas produzidas com
mão-de-obra e capital.
Se o valor da mercadoria é tal que pague o custo da produção
não somente com a taxa de lucro costumeira, mas com uma taxa de lucro mais
elevada, o capital entra na corrida para partilhar desse ganho extra, e,
fazendo aumentar a oferta desse artigo, acaba reduzindo o valor do mesmo. Isso
não é uma simples suposição ou conjectura, mas um fato conhecido daqueles que
estão familiarizados com operações comerciais.
não somente com a taxa de lucro costumeira, mas com uma taxa de lucro mais
elevada, o capital entra na corrida para partilhar desse ganho extra, e,
fazendo aumentar a oferta desse artigo, acaba reduzindo o valor do mesmo. Isso
não é uma simples suposição ou conjectura, mas um fato conhecido daqueles que
estão familiarizados com operações comerciais.
Por conseguinte, como norma geral, há a tendência de as
coisas serem trocadas umas pelas outras a valores tais que possibilitam a cada
produtor repor o custo da produção com o lucro normal; em outras
coisas serem trocadas umas pelas outras a valores tais que possibilitam a cada
produtor repor o custo da produção com o lucro normal; em outras
palavras, a valores que proporcionarão a todos os produtores
a mesma taxa de lucro para o que gastaram. Mas, para que o lucro possa ser igual
quando é igual o gasto, isto é, o custo de produção, em média as coisas devem
poder ser trocáveis umas pelas outras à razão de seu custo de produção: coisas
cujo custo de produção for o mesmo devem ter o mesmo valor, pois somente assim
um gasto igual dará um retorno igual.
a mesma taxa de lucro para o que gastaram. Mas, para que o lucro possa ser igual
quando é igual o gasto, isto é, o custo de produção, em média as coisas devem
poder ser trocáveis umas pelas outras à razão de seu custo de produção: coisas
cujo custo de produção for o mesmo devem ter o mesmo valor, pois somente assim
um gasto igual dará um retorno igual.
Adam Smith e Ricardo denominaram esse valor de uma coisa,
que é proporcional a seu custo de produção, valor natural (ou seu preço
natural). Com isso queriam dizer o ponto em torno do qual o valor oscila, e
para o qual tende sempre a voltar — o valor central, para o qual, como se
expressa Adam Smith, o valor de mercado de uma coisa está constantemente
tendendo, sendo que qualquer desvio em relação a esse valor central é apenas
uma irregularidade temporária, a qual, no momento em que ocorrer, aciona forças
que tendem a corrigi-la. Em uma média de anos suficiente para possibilitar que
as oscilações para um dos lados da linha central sejam compensadas pelas
oscilações para o outro lado, o valor de mercado concorda com o valor natural,
mas é muito raro que coincida exatamente com ele em algum momento específico.
que é proporcional a seu custo de produção, valor natural (ou seu preço
natural). Com isso queriam dizer o ponto em torno do qual o valor oscila, e
para o qual tende sempre a voltar — o valor central, para o qual, como se
expressa Adam Smith, o valor de mercado de uma coisa está constantemente
tendendo, sendo que qualquer desvio em relação a esse valor central é apenas
uma irregularidade temporária, a qual, no momento em que ocorrer, aciona forças
que tendem a corrigi-la. Em uma média de anos suficiente para possibilitar que
as oscilações para um dos lados da linha central sejam compensadas pelas
oscilações para o outro lado, o valor de mercado concorda com o valor natural,
mas é muito raro que coincida exatamente com ele em algum momento específico.
Não há necessidade que ocorra uma alteração efetiva da
oferta,e quando esta existir, a alteração, se permanente, não é a causa, mas a
conseqüência da mudança de valor. Certamente, se a oferta não pudesse aumentar,
nenhuma diminuição do custo de produção haveria de fazer baixar o valor; mas
não há necessidade alguma de que deva ocorrer esse aumento da oferta.
oferta,e quando esta existir, a alteração, se permanente, não é a causa, mas a
conseqüência da mudança de valor. Certamente, se a oferta não pudesse aumentar,
nenhuma diminuição do custo de produção haveria de fazer baixar o valor; mas
não há necessidade alguma de que deva ocorrer esse aumento da oferta.
A procura e a oferta
comandam o valor de todas as coisas cuja quantidade não comporta aumento
indefinido — salvaguardado o princípio de que, mesmo para essas coisas, se
forem produzidas com trabalho, há um valor mínimo, determinado pelo custo de
produção. Ao contrario, em todas as coisas cuja quantidade pode ser aumentada
indefinidamente a procura e a oferta determinam apenas as perturbações de
valor, durante um período de tempo que não pode superar a duração do tempo
necessário para alterar a oferta. Embora
nesse caso, a procura e a oferta regulem dessa forma as oscilações do valor,
elas mesmas obedecem a uma força superior, que faz com que o valor tenda em
direção ao custo de produção – força
esta que manteria esse valor igual ao custo de produção, se continuamente não
surgissem novas influencias perturbadoras para fazer o valor desviar novamente
do custo de produção. Para prosseguirmos na mesma metáfora, a procura e a
oferta sempre buscam avidamente um equilíbrio; mas a condição de equilíbrio
estável ocorre efetivamente quando as
coisas são trocadas umas pelas outras com base em seu custo de produção, ou, na
expressão que temos utilizado, quando o valor das coisas é o seu valor natural.
comandam o valor de todas as coisas cuja quantidade não comporta aumento
indefinido — salvaguardado o princípio de que, mesmo para essas coisas, se
forem produzidas com trabalho, há um valor mínimo, determinado pelo custo de
produção. Ao contrario, em todas as coisas cuja quantidade pode ser aumentada
indefinidamente a procura e a oferta determinam apenas as perturbações de
valor, durante um período de tempo que não pode superar a duração do tempo
necessário para alterar a oferta. Embora
nesse caso, a procura e a oferta regulem dessa forma as oscilações do valor,
elas mesmas obedecem a uma força superior, que faz com que o valor tenda em
direção ao custo de produção – força
esta que manteria esse valor igual ao custo de produção, se continuamente não
surgissem novas influencias perturbadoras para fazer o valor desviar novamente
do custo de produção. Para prosseguirmos na mesma metáfora, a procura e a
oferta sempre buscam avidamente um equilíbrio; mas a condição de equilíbrio
estável ocorre efetivamente quando as
coisas são trocadas umas pelas outras com base em seu custo de produção, ou, na
expressão que temos utilizado, quando o valor das coisas é o seu valor natural.
CAP4
O que a produção de uma coisa custa a seu produtor, ou à sua
série de produtores, é a mão-de-obra despendida em produzi-la. Se considerarmos
como produtor o capitalista que efetua os adiantamentos, a palavra mão-de-obra
está em lugar da palavra salários – o que o produto lhe custa são os salários
que ele tem de pagar.
série de produtores, é a mão-de-obra despendida em produzi-la. Se considerarmos
como produtor o capitalista que efetua os adiantamentos, a palavra mão-de-obra
está em lugar da palavra salários – o que o produto lhe custa são os salários
que ele tem de pagar.
O leitor deve ter observado que Ricardo se exprime como se a
quantidade de mão-de-obra necessária para produzir uma mercadoria e
comercializá-la fosse a única coisa de que depende o valor da mesma. Mas já que
o custo de produção para o capitalista não é a mão-de-obra, mas os salários, e
já que os salários podem ser maiores ou menores, sendo igual o contingente de
mão-de-obra, pareceria que o valor do produto não pode ser determinado
unicamente pela quantidade de mão de obra junto com a remuneração e que os
valores em parte devem depender dos salários.
quantidade de mão-de-obra necessária para produzir uma mercadoria e
comercializá-la fosse a única coisa de que depende o valor da mesma. Mas já que
o custo de produção para o capitalista não é a mão-de-obra, mas os salários, e
já que os salários podem ser maiores ou menores, sendo igual o contingente de
mão-de-obra, pareceria que o valor do produto não pode ser determinado
unicamente pela quantidade de mão de obra junto com a remuneração e que os
valores em parte devem depender dos salários.
A fim de decidir esse ponto, tem-se de considerar que o
valor é um termo relativo – que o valor de uma mercadoria não é uma denominação
para designar uma qualidade inerente e
real da própria coisa, mas significa a quantidade de outras coisas que se pode
obter em troca dessa mercadoria. O valor de uma coisa sempre deve ser entendido
em relação a alguma outra coisa, ou a coisas em geral. Ora, a relação de uma
coisa com outra não pode ser alterada por nenhuma causa que afete a ambas da
mesma forma. Um aumento ou diminuição dos salários gerais é um fato que afeta
da mesma forma todas as mercadorias, e por isso tal fato não constitui razão
para que mude a proporção de valor entre essas mercadorias. Não existe maneira
de os capitalistas se compensarem pelo alto custo de mão de obra agindo sobre
os valores ou preços. Não há possibilidade de impedir que o alto custo da mão
de obra tenha seus efeitos na redução dos lucros. Se os trabalhadores realmente
recebem mais, isto é, recebem a produção de mais trabalho, para o lucro tem de
sobrar uma percentagem menor. Não há como escapar dessa lei da distribuição,
pois ela se baseia em uma lei da aritmética.
valor é um termo relativo – que o valor de uma mercadoria não é uma denominação
para designar uma qualidade inerente e
real da própria coisa, mas significa a quantidade de outras coisas que se pode
obter em troca dessa mercadoria. O valor de uma coisa sempre deve ser entendido
em relação a alguma outra coisa, ou a coisas em geral. Ora, a relação de uma
coisa com outra não pode ser alterada por nenhuma causa que afete a ambas da
mesma forma. Um aumento ou diminuição dos salários gerais é um fato que afeta
da mesma forma todas as mercadorias, e por isso tal fato não constitui razão
para que mude a proporção de valor entre essas mercadorias. Não existe maneira
de os capitalistas se compensarem pelo alto custo de mão de obra agindo sobre
os valores ou preços. Não há possibilidade de impedir que o alto custo da mão
de obra tenha seus efeitos na redução dos lucros. Se os trabalhadores realmente
recebem mais, isto é, recebem a produção de mais trabalho, para o lucro tem de
sobrar uma percentagem menor. Não há como escapar dessa lei da distribuição,
pois ela se baseia em uma lei da aritmética.
Embora, porém, os salários em geral — sejam eles altos ou
baixos – não afetem os valores,
se os salários forem mais altos em uma ocupação do que em outra ou se subirem e
caírem permanentemente em uma ocupação, sem que isso ocorra em outras, essas
desigualdades atuam realmente sobre os valores.
baixos – não afetem os valores,
se os salários forem mais altos em uma ocupação do que em outra ou se subirem e
caírem permanentemente em uma ocupação, sem que isso ocorra em outras, essas
desigualdades atuam realmente sobre os valores.
Os salários realmente entram no valor. Os salários relativos
da mão de obra necessária para produzir mercadorias diferentes afetam o
valor das mesmas, tanto quanto as
quantidades relativas de mão de obra. É verdade que os salários absolutos pagos
não tem efeito sobre os valores, mas nem a quantidade absoluta de mão de obra
tem tal efeito. Ao considerarmos, porém,
as causas das variações de valor, a quantidade de mão-de-obra é a coisa mais
importante, pois quando esta varia, isso ocorre geralmente em uma única
mercadoria ou em algumas delas ao mesmo tempo, enquanto as variações de
salários (excetuadas as flutuações passageiras) costumam ser gerais, não tendo
efeito considerável sobre o valor.
da mão de obra necessária para produzir mercadorias diferentes afetam o
valor das mesmas, tanto quanto as
quantidades relativas de mão de obra. É verdade que os salários absolutos pagos
não tem efeito sobre os valores, mas nem a quantidade absoluta de mão de obra
tem tal efeito. Ao considerarmos, porém,
as causas das variações de valor, a quantidade de mão-de-obra é a coisa mais
importante, pois quando esta varia, isso ocorre geralmente em uma única
mercadoria ou em algumas delas ao mesmo tempo, enquanto as variações de
salários (excetuadas as flutuações passageiras) costumam ser gerais, não tendo
efeito considerável sobre o valor.
Entretanto, na análise que fizemos no Livro Primeiro, dos
requisitos da produção, vimos que há outro elemento que o compõe, além da
mão-de-obra. Existe também o capital; e por ser este o resultado da abstenção,
a produção, ou seja, seu valor, deve ser suficiente para remunerar não somente
toda a mão de obra requerida, mas também a abstenção de todas as pessoas que
adiantaram a remuneração das diversas categorias de trabalhadores. O retorno da
abstenção do capitalista é o lucro. E o lucro, como já vimos, não é
exclusivamente o que sobra ao capitalista depois de lhe serem compensados os
gastos que teve, senão que constitui, na maioria dos casos, uma parte não pouco
importante do próprio gasto.
requisitos da produção, vimos que há outro elemento que o compõe, além da
mão-de-obra. Existe também o capital; e por ser este o resultado da abstenção,
a produção, ou seja, seu valor, deve ser suficiente para remunerar não somente
toda a mão de obra requerida, mas também a abstenção de todas as pessoas que
adiantaram a remuneração das diversas categorias de trabalhadores. O retorno da
abstenção do capitalista é o lucro. E o lucro, como já vimos, não é
exclusivamente o que sobra ao capitalista depois de lhe serem compensados os
gastos que teve, senão que constitui, na maioria dos casos, uma parte não pouco
importante do próprio gasto.
Todavia, o valor, por ser puramente relativo, não pode
depender do lucro absoluto — da mesma forma como não pode depender dos salários
absolutos — mas apenas dos lucros relativos. Lucros gerais altos não podem,
tanto como não o podem salários gerais altos, ser uma causa de valores altos,
pois valores gerais altos são um absurdo e uma contradição. Na medida em que os
lucros entram no custo de produção de todas as coisas indistintamente, não
podem afetar o valor de nenhuma delas. Os lucros só podem exercer alguma
influência sobre o valor se entrarem em grau maior no custo de produção de
algumas coisas do que no de outras.
depender do lucro absoluto — da mesma forma como não pode depender dos salários
absolutos — mas apenas dos lucros relativos. Lucros gerais altos não podem,
tanto como não o podem salários gerais altos, ser uma causa de valores altos,
pois valores gerais altos são um absurdo e uma contradição. Na medida em que os
lucros entram no custo de produção de todas as coisas indistintamente, não
podem afetar o valor de nenhuma delas. Os lucros só podem exercer alguma
influência sobre o valor se entrarem em grau maior no custo de produção de
algumas coisas do que no de outras.
Quanto maior for a percentagem do capital total consistente
em máquinas, ou em construções, ou em materiais, ou em qualquer outra coisa que
se tem de fornecer antes de a mão-de-obra direta começar a operar, tanto maior
a escala em que os lucros entrarão no custo de produção. É igualmente
verdadeiro — embora não tão óbvio à primeira vista — que maior durabilidade da
porção de capital consistente em máquinas ou construções tem exatamente o mesmo
efeito que uma quantia maior de capital.
em máquinas, ou em construções, ou em materiais, ou em qualquer outra coisa que
se tem de fornecer antes de a mão-de-obra direta começar a operar, tanto maior
a escala em que os lucros entrarão no custo de produção. É igualmente
verdadeiro — embora não tão óbvio à primeira vista — que maior durabilidade da
porção de capital consistente em máquinas ou construções tem exatamente o mesmo
efeito que uma quantia maior de capital.
Da desigualdade de percentagem em que, em ocupações
diferentes, os lucros entram nos adiantamentos feitos pelo capitalista, e portanto
nos retornos exigidos por ele, seguem
duas consequências com relação ao valor. Uma delas é que o valor das
mercadorias na troca não esta somente em função da quantidade de Mao de obra
exigida para produzi-las – nem mesmo se deixarmos margem para as taxas
desiguais as quais são permanentemente remunerados
tipos diferentes de mão de obra. A segunda conseqüência é que todo aumento ou
queda dos lucros em geral tem efeito sobre os valores. Não, certamente, por
fazê-los aumentar ou diminuir em geral (o que, como dissemos tantas vezes, é
uma contradição e uma impossibilidade), mas alterando a proporção em que os
valores das coisas são afetados pelas diferenças de períodos de tempo durante
os quais o lucro é devido. Quando das coisas , embora manufaturadas por
quantidade igual de mão de obra, tem valor desigual pelo fato de uma delas
dever dar lucro durante um período mais longo de anos ou meses, essa diferença
de valor será maior quando os lucros são maiores, e será menor quando os lucros
são menores.
diferentes, os lucros entram nos adiantamentos feitos pelo capitalista, e portanto
nos retornos exigidos por ele, seguem
duas consequências com relação ao valor. Uma delas é que o valor das
mercadorias na troca não esta somente em função da quantidade de Mao de obra
exigida para produzi-las – nem mesmo se deixarmos margem para as taxas
desiguais as quais são permanentemente remunerados
tipos diferentes de mão de obra. A segunda conseqüência é que todo aumento ou
queda dos lucros em geral tem efeito sobre os valores. Não, certamente, por
fazê-los aumentar ou diminuir em geral (o que, como dissemos tantas vezes, é
uma contradição e uma impossibilidade), mas alterando a proporção em que os
valores das coisas são afetados pelas diferenças de períodos de tempo durante
os quais o lucro é devido. Quando das coisas , embora manufaturadas por
quantidade igual de mão de obra, tem valor desigual pelo fato de uma delas
dever dar lucro durante um período mais longo de anos ou meses, essa diferença
de valor será maior quando os lucros são maiores, e será menor quando os lucros
são menores.
Infere-se disso que mesmo um aumento geral de salários,
quando envolve um aumento real no custo da mão de obra, influencia em certo
grau os valores. Não os afeta da maneira popularmente suposta, elevando-os
universalmente. Mas um aumento do custo de mão de obra faz os lucros baixarem,
e por isso faz baixar o valor natural das coisas nas quais os lucros entram em
uma proporção superior à média, e eleva o valor natural das coisas nas quais os
lucros entram em uma proporção inferior à média. Todas as mercadorias em cuja
produção as máquinas entram em grande escala, sobretudo se estas forem muito
duráveis, sofrem baixa em seu valor relativo quando os lucros caem — ou, o que
é equivalente, outras coisas passam a ter valor maior em relação a elas.
quando envolve um aumento real no custo da mão de obra, influencia em certo
grau os valores. Não os afeta da maneira popularmente suposta, elevando-os
universalmente. Mas um aumento do custo de mão de obra faz os lucros baixarem,
e por isso faz baixar o valor natural das coisas nas quais os lucros entram em
uma proporção superior à média, e eleva o valor natural das coisas nas quais os
lucros entram em uma proporção inferior à média. Todas as mercadorias em cuja
produção as máquinas entram em grande escala, sobretudo se estas forem muito
duráveis, sofrem baixa em seu valor relativo quando os lucros caem — ou, o que
é equivalente, outras coisas passam a ter valor maior em relação a elas.
CAP 5
3CASO…Investigamos as leis que determinam o valor de duas
categorias de mercadorias: a pequena categoria de artigos que, por existirem em
quantidade limitada, têm seu valor inteiramente determinado pela procura e
oferta, salvaguardado o princípio de que o custo de produção (se o tiverem)
constitui um mínimo, abaixo do qual não pode cair em caráter permanente; e a
categoria numerosa das mercadorias que podem ser multiplicadas à vontade,
empregando mão-de-obra e capital, e cujo custo de produção fixa o máximo e o
mínimo que podem valer, em caráter permanente. Mas resta ainda a considerar uma
terceira classe de mercadorias: as que não têm um, mas vários custos de produção,
e cuja quantidade sempre pode ser aumentada empregando mão de obra e capital,
mas não empregando o mesmo montante de mão de obra e capital; em se tratando
dessa classe de mercadorias, por determinado custo se pode produzir determinada
quantidade, mas uma quantidade maior só pode ser produzida a um custo maior.
Essas mercadorias formam uma classe intermediaria, partilhando da natureza das
duas outras categorias. A principal delas é a produção agrícola.
categorias de mercadorias: a pequena categoria de artigos que, por existirem em
quantidade limitada, têm seu valor inteiramente determinado pela procura e
oferta, salvaguardado o princípio de que o custo de produção (se o tiverem)
constitui um mínimo, abaixo do qual não pode cair em caráter permanente; e a
categoria numerosa das mercadorias que podem ser multiplicadas à vontade,
empregando mão-de-obra e capital, e cujo custo de produção fixa o máximo e o
mínimo que podem valer, em caráter permanente. Mas resta ainda a considerar uma
terceira classe de mercadorias: as que não têm um, mas vários custos de produção,
e cuja quantidade sempre pode ser aumentada empregando mão de obra e capital,
mas não empregando o mesmo montante de mão de obra e capital; em se tratando
dessa classe de mercadorias, por determinado custo se pode produzir determinada
quantidade, mas uma quantidade maior só pode ser produzida a um custo maior.
Essas mercadorias formam uma classe intermediaria, partilhando da natureza das
duas outras categorias. A principal delas é a produção agrícola.
Se a porção da produção cultivada nas circunstâncias mais
desfavoráveis obtém um valor proporcional ao seu custo de produção, todas as
porções cultivadas em circunstâncias mais favoráveis, pelo fato de terem que
ser vendidas ao mesmo valor, obtêm um valor mais do que proporcional a seu
custo de produção.
desfavoráveis obtém um valor proporcional ao seu custo de produção, todas as
porções cultivadas em circunstâncias mais favoráveis, pelo fato de terem que
ser vendidas ao mesmo valor, obtêm um valor mais do que proporcional a seu
custo de produção.
Se essa vantagem lhes advier de alguma isenção especial— tal
como ser isento de um imposto — ou de quaisquer vantagens pessoais, físicas ou
mentais, ou de qualquer processo especial que só eles conhecem, ou da posse de
um capital maior do que o de outras pessoas, ou de vários outros fatores que
poderiam ser enumerados, nesses casos os proprietários retêm para si essa
vantagem como um ganho extra além dos lucros gerais do capital — tratando-se,
no caso, de uma espécie de lucro de monopólio. Mas quando, como no caso
queestamos analisando mais especificamente, a referida vantagem depende da
posse de um agente natural de qualidade especial — como, por exemplo, de terra
mais fértil do que aquela que determina o valor geral da mercadoria —, e quando
esse agente natural não é propriedade dos exploradores, o dono tem direito a
exigir destes, em forma de renda, todo o ganho extra proveniente do uso desse
agente natural. Somos assim conduzidos por outro caminho à lei da renda.
como ser isento de um imposto — ou de quaisquer vantagens pessoais, físicas ou
mentais, ou de qualquer processo especial que só eles conhecem, ou da posse de
um capital maior do que o de outras pessoas, ou de vários outros fatores que
poderiam ser enumerados, nesses casos os proprietários retêm para si essa
vantagem como um ganho extra além dos lucros gerais do capital — tratando-se,
no caso, de uma espécie de lucro de monopólio. Mas quando, como no caso
queestamos analisando mais especificamente, a referida vantagem depende da
posse de um agente natural de qualidade especial — como, por exemplo, de terra
mais fértil do que aquela que determina o valor geral da mercadoria —, e quando
esse agente natural não é propriedade dos exploradores, o dono tem direito a
exigir destes, em forma de renda, todo o ganho extra proveniente do uso desse
agente natural. Somos assim conduzidos por outro caminho à lei da renda.
Vemos agora novamente que a renda é a diferença entre os
retornos desiguais para porções diferentes de capital agrícola produzir, além
daquilo que é produzido pelo mesmo montante de capital no pior solo ou
utilizando o sistema de lavoura mais dispendioso, ao qual as demandas
existentes da sociedade obrigam a recorrer, esse excedente será naturalmente
pago como renda – e tirado desse capital – ao proprietário da terra na qual o
capital é empregado.
retornos desiguais para porções diferentes de capital agrícola produzir, além
daquilo que é produzido pelo mesmo montante de capital no pior solo ou
utilizando o sistema de lavoura mais dispendioso, ao qual as demandas
existentes da sociedade obrigam a recorrer, esse excedente será naturalmente
pago como renda – e tirado desse capital – ao proprietário da terra na qual o
capital é empregado.
A renda não faz parte do custo de produção que determina o
valor dos produtos agrícolas.
valor dos produtos agrícolas.
O monopólio, como vimos, só pode ter efeito sobre o valor
limitando a oferta.
limitando a oferta.
Em suma, a renda simplesmente equaliza os lucros de capitais
agrícolas diferentes, possibilitando ao dono da terra apropriar-se de todos os
ganhos extras ocasionados pela superioridade de vantagens naturais. A renda da
terra, a menos que seja aumentada artificialmente por leis restritivas, não
representa ônus para o consumidor; ele não aumenta o preço do trigo e só
representaria um prejuízo para o público na medida em que, se o Estado o
tivesse retido, ou se impusesse um equivalente em forma de imposto territorial,
a renda tivesse nesse caso constituído um fundo aplicável em benefício do
público, e não em benefício de particulares.
agrícolas diferentes, possibilitando ao dono da terra apropriar-se de todos os
ganhos extras ocasionados pela superioridade de vantagens naturais. A renda da
terra, a menos que seja aumentada artificialmente por leis restritivas, não
representa ônus para o consumidor; ele não aumenta o preço do trigo e só
representaria um prejuízo para o público na medida em que, se o Estado o
tivesse retido, ou se impusesse um equivalente em forma de imposto territorial,
a renda tivesse nesse caso constituído um fundo aplicável em benefício do
público, e não em benefício de particulares.
Princípios de Economia Política
Capítulo VI – Sumário da Teoria do Valor
Os princípios da teoria do valor são:
1. O valor é um termo relativo. O valor de uma coisa
significa a quantidade de alguma outra coisa, pela qual é dada em troca.
significa a quantidade de alguma outra coisa, pela qual é dada em troca.
2. O valor temporário ou de mercado é determinado pela
oferta e demanda, sendo que a demanda, por sua vez, varia conforme o valor; e o
valor sempre se ajusta de tal forma que a procura iguale a oferta.
oferta e demanda, sendo que a demanda, por sua vez, varia conforme o valor; e o
valor sempre se ajusta de tal forma que a procura iguale a oferta.
3. Além do valor temporário, há o valor permanente ou valor
natural, ao qual sempre tende a retornar o valor de mercado.
natural, ao qual sempre tende a retornar o valor de mercado.
4. O valor natural de alguns bens se determina pela escassez;
porém, na maioria dos casos, o que determina o valor são os custos de produção.
porém, na maioria dos casos, o que determina o valor são os custos de produção.
5. As coisas que apresentam valor natural pelo escassez são
aquelas de oferta inelástica ou cuja oferta é limitada para atender a demanda.
aquelas de oferta inelástica ou cuja oferta é limitada para atender a demanda.
6. Valor de monopólio significa valor de escassez. O
monopólio só pode dar valor a alguma coisa limitando sua oferta.
monopólio só pode dar valor a alguma coisa limitando sua oferta.
7. O valor de troca das mercadorias que podem ser
reproduzidas adicionando trabalho e capital se determina pelos custos
necessários às condições mais desfavoráveis de produção.
reproduzidas adicionando trabalho e capital se determina pelos custos
necessários às condições mais desfavoráveis de produção.
8. Os custos de produção são determinados por componentes
universais e constantes e por componentes ocasionais, sendo os primeiros a
remuneração do trabalho (salário) e do capitalista (lucros), e os segundos
impostos ou outras taxas adicionais.
universais e constantes e por componentes ocasionais, sendo os primeiros a
remuneração do trabalho (salário) e do capitalista (lucros), e os segundos
impostos ou outras taxas adicionais.
9. A renda não é um custo de produção da mercadoria, salvo
quando resulta de um valor de escassez (caso das minas).
quando resulta de um valor de escassez (caso das minas).
10. Sem os elementos ocasionais, as coisas cuja quantidade
pode ser aumentada de forma indefinida possuem um valor de troca que comporta
os salários que se tem que pagar para produzi-las e o montante de lucros que
deve auferir o capitalista.
pode ser aumentada de forma indefinida possuem um valor de troca que comporta
os salários que se tem que pagar para produzi-las e o montante de lucros que
deve auferir o capitalista.
11. O montante comparativo de salários não depende dos
salários em si, mas depende em parte das das quantidades comparativas de
mão-de-obra necessárias e em parte das taxas comparativas de sua remuneração.
salários em si, mas depende em parte das das quantidades comparativas de
mão-de-obra necessárias e em parte das taxas comparativas de sua remuneração.
12. Da mesma forma funcionam os lucros, não dependendo do
montante de lucros em si, dependem em parte da duração comparativa do tempo
durante o qual o capital é empregado e em parte das taxas diferenciais de
lucros.
montante de lucros em si, dependem em parte da duração comparativa do tempo
durante o qual o capital é empregado e em parte das taxas diferenciais de
lucros.
13. Se duas coisas forem feitas com a mesma quantidade de
trabalho, sendo este pago a mesma taxa, sendo os salários adiantados pelo mesmo
espaço de tempo, e não havendo diferença permanente nas taxas de lucros, então
essas duas coisas terão valor de troca iguais.
trabalho, sendo este pago a mesma taxa, sendo os salários adiantados pelo mesmo
espaço de tempo, e não havendo diferença permanente nas taxas de lucros, então
essas duas coisas terão valor de troca iguais.
14. Se houver diferença entre o valor de duas coisas, esta
deve ser porque uma coisa requer uma quantidade maior de mão-de-obra em sua
produção, ou requer trabalho mais qualificado, ou então o capital adiantado
deve ser feito por um período maior; ou a produção deve ser feita de forma a
exigir taxa de lucro permanentemente mais alta.
deve ser porque uma coisa requer uma quantidade maior de mão-de-obra em sua
produção, ou requer trabalho mais qualificado, ou então o capital adiantado
deve ser feito por um período maior; ou a produção deve ser feita de forma a
exigir taxa de lucro permanentemente mais alta.
15. Dentro todos esses elementos, a quantidade de
mão-de-obra necessária para a produção é o mais importante, o efeito dos demais
é menor.
mão-de-obra necessária para a produção é o mais importante, o efeito dos demais
é menor.
16. A cada baixa de lucros diminui também o custo de coisas
fabricadas com muita maquinaria ou de longa duração; e faz aumentar o valor de
custo de coisas feitas à mão (relação inversa entre lucros e salários, assim
como Ricardo).
fabricadas com muita maquinaria ou de longa duração; e faz aumentar o valor de
custo de coisas feitas à mão (relação inversa entre lucros e salários, assim
como Ricardo).
5. A revolução marginalista
Wicksell – Estudos de Economia
Política
Política
·
Divulgação
das ideia sobre valor e distribuição
Divulgação
das ideia sobre valor e distribuição
·
Começa a
escrever sobre economia no final do sec. XIX
Começa a
escrever sobre economia no final do sec. XIX
·
Teoria do
valor neoclássica à faz isso citando a economia
politica clássica e principalmente Smith, Ricardo e Mill
Teoria do
valor neoclássica à faz isso citando a economia
politica clássica e principalmente Smith, Ricardo e Mill
·
Faz
referencias à Jevons, Menger e Walras
Faz
referencias à Jevons, Menger e Walras
·
Parte I:
Teoria do valor. Estudos sobre valor e preços
Parte I:
Teoria do valor. Estudos sobre valor e preços
Valor de troca
·
A visão dele
é de que a teoria do valor é valida em todas as situações. Tanto para economia
comunal quanto para uma economia com divisão de trabalho, e também para toda a
unidade individual de produção e consumo. Em todas as situações envolve
avaliação à Em um sentido amplo sempre há
troca.
A visão dele
é de que a teoria do valor é valida em todas as situações. Tanto para economia
comunal quanto para uma economia com divisão de trabalho, e também para toda a
unidade individual de produção e consumo. Em todas as situações envolve
avaliação à Em um sentido amplo sempre há
troca.
·
Troca como
escolha entre os vários usos dos bens finais e meios de produção.
Troca como
escolha entre os vários usos dos bens finais e meios de produção.
·
Principio
marginal à define as escolhas. Trata das
magnitudes como variáveis, dá atenção às taxas de mudanças/variação, as quais
são vistas como utilidade marginal. Se utiliza do instrumental matemático e do
calculo infinitesimal.
Principio
marginal à define as escolhas. Trata das
magnitudes como variáveis, dá atenção às taxas de mudanças/variação, as quais
são vistas como utilidade marginal. Se utiliza do instrumental matemático e do
calculo infinitesimal.
·
Valor de
troca: quanto de uma coisa se troca por outra coisa. Mercadorias, utilidade,
serviços pessoais. Todos os bens são objetos de comércio. Característica dos
bens terem utilidade e valor. Valor de troca = valor da proporção de troca.
Preço é o valor expressado em dinheiro.
Valor de
troca: quanto de uma coisa se troca por outra coisa. Mercadorias, utilidade,
serviços pessoais. Todos os bens são objetos de comércio. Característica dos
bens terem utilidade e valor. Valor de troca = valor da proporção de troca.
Preço é o valor expressado em dinheiro.
·
Teoria do
valor: explicar porque razão cada mercadoria tem um valor. Levando-se em
consideração que os valores de troca e as utilidades nem sempre coincidem à Smith (paradoxo da agua e do
diamante).
Teoria do
valor: explicar porque razão cada mercadoria tem um valor. Levando-se em
consideração que os valores de troca e as utilidades nem sempre coincidem à Smith (paradoxo da agua e do
diamante).
·
A solução
para esse dilema smithiano, foi apelar para a escassez relativa. De tal modo
que a utilidade não é a única circunstancia que faz com que a mercadoria tenha
valor de troca.
A solução
para esse dilema smithiano, foi apelar para a escassez relativa. De tal modo
que a utilidade não é a única circunstancia que faz com que a mercadoria tenha
valor de troca.
·
A mercadoria
tem que ser útil e escassa.
A mercadoria
tem que ser útil e escassa.
·
A utilidade
é transposta para a demanda, e a escassez que ele interpreta com dificuldade de
produção se relaciona com a oferta (depois ele explica a relação entre escassez
relativa e oferta). à Logo também se explica por
oferta e demanda.
A utilidade
é transposta para a demanda, e a escassez que ele interpreta com dificuldade de
produção se relaciona com a oferta (depois ele explica a relação entre escassez
relativa e oferta). à Logo também se explica por
oferta e demanda.
·
Essas noções
genéricas de oferta e demanda explicam pouco (obviedades). Em todo tempo em
dialogo com Smith. A noção smithiana de demanda efetiva à demanda aos preços correntes /
quantidade de bens que pode ser comprada aos preços prevalecentes. Essa demanda
efetiva é quase sempre igual a oferta à tendência ao equilíbrio. No sentido que demanda maior que oferta
o preço sobre, e vice-versa.
Essas noções
genéricas de oferta e demanda explicam pouco (obviedades). Em todo tempo em
dialogo com Smith. A noção smithiana de demanda efetiva à demanda aos preços correntes /
quantidade de bens que pode ser comprada aos preços prevalecentes. Essa demanda
efetiva é quase sempre igual a oferta à tendência ao equilíbrio. No sentido que demanda maior que oferta
o preço sobre, e vice-versa.
·
O que
explica o preço de equilíbrio? Objetivo primeiro da teoria. à De acordo com Wicksell para os
clássicos, em primeiro lugar se trata de mercadorias reprodutíveis (problema
Ricardiano), explicadas por demanda – ideia clássica que a economia é um
sistema de reprodução.
O que
explica o preço de equilíbrio? Objetivo primeiro da teoria. à De acordo com Wicksell para os
clássicos, em primeiro lugar se trata de mercadorias reprodutíveis (problema
Ricardiano), explicadas por demanda – ideia clássica que a economia é um
sistema de reprodução.
·
Se as
mercadorias são reprodutíveis (Ricardo), em regime de concorrência o preço de
uma mercadoria não pode estar acima ou abaixo do seu preço de reprodução. O que
são tais custos de produção? Para que haja uma causalidade, esses custos tem
que depender de fatores diferentes, pois se não há referencia circular. Os
custos de produção não podem depender do valor de troca. Wicksell julga que
essa é a fraqueza da teoria clássica.
Se as
mercadorias são reprodutíveis (Ricardo), em regime de concorrência o preço de
uma mercadoria não pode estar acima ou abaixo do seu preço de reprodução. O que
são tais custos de produção? Para que haja uma causalidade, esses custos tem
que depender de fatores diferentes, pois se não há referencia circular. Os
custos de produção não podem depender do valor de troca. Wicksell julga que
essa é a fraqueza da teoria clássica.
·
Visão de
Wicksell: os custos de produção são a recompensa dos fatores de produção que
fazem parte de certa mercadoria.
Visão de
Wicksell: os custos de produção são a recompensa dos fatores de produção que
fazem parte de certa mercadoria.
·
Remuneração
desses fatores de produção não está dada, pois ela é algo a ser explicada.
Remuneração
desses fatores de produção não está dada, pois ela é algo a ser explicada.
·
Solução de
Ricardo (maior consistência logica ao enfrentar esse problema): efetuou
simplificações em seu sistema à ele simplificou o trabalho para reduzi-lo ao mesmo padrão; o
capital é simplificado como fundo de subsistência + instrumentos materiais;
lucros dos capitais seriam uniformes (tx de lucros uniformes – embora tenha
notado diferentes composições de capital fixo e circulante); e exclui a terra
dos custos de produção (determinação na terra marginal). Excluindo a terra, os
clássicos só consideraram capital e trabalho empregados na margem de produção à o que contribui para os custos.
Raciocínio fecha resumindo os fatores que governam a troca a trabalho
(lembrando que depois ele revê). Wicksell acredita que há excesso de
simplificação e circularidade.
Solução de
Ricardo (maior consistência logica ao enfrentar esse problema): efetuou
simplificações em seu sistema à ele simplificou o trabalho para reduzi-lo ao mesmo padrão; o
capital é simplificado como fundo de subsistência + instrumentos materiais;
lucros dos capitais seriam uniformes (tx de lucros uniformes – embora tenha
notado diferentes composições de capital fixo e circulante); e exclui a terra
dos custos de produção (determinação na terra marginal). Excluindo a terra, os
clássicos só consideraram capital e trabalho empregados na margem de produção à o que contribui para os custos.
Raciocínio fecha resumindo os fatores que governam a troca a trabalho
(lembrando que depois ele revê). Wicksell acredita que há excesso de
simplificação e circularidade.
·
Entrando em
aspectos da teoria monetária de Ricardo: ele assume que o ouro (mercadoria de
unidade de conta) é sempre produzido aos mesmo custo de trabalho. Lucros
obtidos na produção de ouro são produzidos no resto da economia. Só assim posso
medir o preço em ouro. De acordo com essa hipótese o nível de salários não
afeta os preços, pois isso afetaria igualmente o custo de produção do ouro e
dos outros produtos à taxas de lucros iguais. Valores
de troca independem da produção. Na visão do Wicksell são hipóteses
excessivamente simplificadoras.
Entrando em
aspectos da teoria monetária de Ricardo: ele assume que o ouro (mercadoria de
unidade de conta) é sempre produzido aos mesmo custo de trabalho. Lucros
obtidos na produção de ouro são produzidos no resto da economia. Só assim posso
medir o preço em ouro. De acordo com essa hipótese o nível de salários não
afeta os preços, pois isso afetaria igualmente o custo de produção do ouro e
dos outros produtos à taxas de lucros iguais. Valores
de troca independem da produção. Na visão do Wicksell são hipóteses
excessivamente simplificadoras.
·
Wicksell diz
que mesmo assumindo as simplificações, permanece um erro fundamental: a margem
de produção não é dada a priori mas é variável, e depende do valor de troca dos
bens em questão. Ou seja, quanto será produzido de cada insumo não é um dado a
priori, mas é variável. Isso depende do valor de troca dos bens em questão. Por
isso Wicksell quer explicar que nós podemos ter tanto margens de produção
ilimitadas e limitadas. Em ambos os casos, a relação de troca entre os bens
dependem da extensão da demanda relativa por eles – e só aí vai se determinar a
extensão da margem de produção (quanto vai se produzido) e os custos de
produção. Custos de produção variam no decorrer das escalas produtivas, ainda
mais se pensarmos em bens com rendimentos do trabalho declinantes.
Wicksell diz
que mesmo assumindo as simplificações, permanece um erro fundamental: a margem
de produção não é dada a priori mas é variável, e depende do valor de troca dos
bens em questão. Ou seja, quanto será produzido de cada insumo não é um dado a
priori, mas é variável. Isso depende do valor de troca dos bens em questão. Por
isso Wicksell quer explicar que nós podemos ter tanto margens de produção
ilimitadas e limitadas. Em ambos os casos, a relação de troca entre os bens
dependem da extensão da demanda relativa por eles – e só aí vai se determinar a
extensão da margem de produção (quanto vai se produzido) e os custos de
produção. Custos de produção variam no decorrer das escalas produtivas, ainda
mais se pensarmos em bens com rendimentos do trabalho declinantes.
·
No caso da
produção do ouro, é o valor de troca que determina os custos de produção. O
valor de troca é que determina o quanto eu vou explorar, e isso vai dar o custo
de produção, pois o rendimento do trabalho é declinante e existem locais menos
férteis.
No caso da
produção do ouro, é o valor de troca que determina os custos de produção. O
valor de troca é que determina o quanto eu vou explorar, e isso vai dar o custo
de produção, pois o rendimento do trabalho é declinante e existem locais menos
férteis.
·
Wicksell
quer dizer que não se pode dizer que os custos de produção e o valor de troca
estão em causa-efeito. Eles estão mutuamente determinados, tanto um explica o
outro quanto vice-versa. O custo de produção depende de quanto for produzido, e
quanto vai ser produzido depende do valor de troca.
Wicksell
quer dizer que não se pode dizer que os custos de produção e o valor de troca
estão em causa-efeito. Eles estão mutuamente determinados, tanto um explica o
outro quanto vice-versa. O custo de produção depende de quanto for produzido, e
quanto vai ser produzido depende do valor de troca.
·
Ao se
referirem aos meios de subsistência o seu valor é dado pela demanda (tamanho da
população). Mas para Wicksell não é verdade que isso ocorra. Ou seja, que a população
possa ser fixada (preocupação com as variações populacionais) à a demanda por bens de
subsistência é tão elástica quanto para outros bens.
Ao se
referirem aos meios de subsistência o seu valor é dado pela demanda (tamanho da
população). Mas para Wicksell não é verdade que isso ocorra. Ou seja, que a população
possa ser fixada (preocupação com as variações populacionais) à a demanda por bens de
subsistência é tão elástica quanto para outros bens.
·
E
finalmente, como complemento à critica, diz Wicksell que o raciocínio clássico
não está atendo aos produtos de produção conjunta (joint-supply). Ou seja, o que é muito importante em diversas
circunstancias a começar pela agricultura. Caso de produção de vários produtos
agrícolas na mesma área. Não consigo nesses casos, separar custos de produção
de cada um dos produtos. Isso não poderia ser ignorado.
E
finalmente, como complemento à critica, diz Wicksell que o raciocínio clássico
não está atendo aos produtos de produção conjunta (joint-supply). Ou seja, o que é muito importante em diversas
circunstancias a começar pela agricultura. Caso de produção de vários produtos
agrícolas na mesma área. Não consigo nesses casos, separar custos de produção
de cada um dos produtos. Isso não poderia ser ignorado.
·
Wicksell
está muito preocupado com margem de produção e produção conjunta. Ou seja, com
fatores que influenciam a demanda e os fatores que influenciam a oferta. A
economia Ricardiana assume excessivas simplificações, as quais não são
aceitáveis.
Wicksell
está muito preocupado com margem de produção e produção conjunta. Ou seja, com
fatores que influenciam a demanda e os fatores que influenciam a oferta. A
economia Ricardiana assume excessivas simplificações, as quais não são
aceitáveis.
·
Explicação
do Wicksell é muito mais satisfatória que dos outros marginalistas anteriores à é mais lógica.
Explicação
do Wicksell é muito mais satisfatória que dos outros marginalistas anteriores à é mais lógica.
Utilidade marginal
·
Discussão
sobre valor de uso: valor da quantidade total disponível? Não. Necessário
verificar quantidades manejáveis. J. Stuart Mill já tinha notado que existe
alguma complexidade, pois o valor de troca não pode ser maior do que valor de
uso. Valor de uso seria um limite inferior ou inferior? Wicksell diz que é uma
confusão, mas que só pode ser esclarecida de um modo simples. Aceitarmos que o
grau de utilidade de um mesmo objeto variam de pessoa a pessoa. Portanto, se
tivermos uma troca, poderíamos ter valor de uso menor ou maior do valor de
troca comparando os indivíduos. O grau de utilidade também varia para a mesma
pessoa dependendo da circunstância à essa sendo a quantidade do bem. Numa economia monetizada, a
quantidade de meio de troca de que disponho representa essa circunstância
(depende de quanto tenho de dinheiro).
Discussão
sobre valor de uso: valor da quantidade total disponível? Não. Necessário
verificar quantidades manejáveis. J. Stuart Mill já tinha notado que existe
alguma complexidade, pois o valor de troca não pode ser maior do que valor de
uso. Valor de uso seria um limite inferior ou inferior? Wicksell diz que é uma
confusão, mas que só pode ser esclarecida de um modo simples. Aceitarmos que o
grau de utilidade de um mesmo objeto variam de pessoa a pessoa. Portanto, se
tivermos uma troca, poderíamos ter valor de uso menor ou maior do valor de
troca comparando os indivíduos. O grau de utilidade também varia para a mesma
pessoa dependendo da circunstância à essa sendo a quantidade do bem. Numa economia monetizada, a
quantidade de meio de troca de que disponho representa essa circunstância
(depende de quanto tenho de dinheiro).
·
Ou seja, a
ideia dele é que o valor de uso ao que Smith se refere, é variável (utilidade
marginal declinante). Wicksell introduz uma ideia mais realista que Jevons e
Menger: para todos nós que vivemos em uma sociedade mercantil, o valor de troca
é constante no mercado. à Ele parte de uma situação que
para o consumidor, o valor de troca do bem é dado, ele é simplesmente
constatado.
Ou seja, a
ideia dele é que o valor de uso ao que Smith se refere, é variável (utilidade
marginal declinante). Wicksell introduz uma ideia mais realista que Jevons e
Menger: para todos nós que vivemos em uma sociedade mercantil, o valor de troca
é constante no mercado. à Ele parte de uma situação que
para o consumidor, o valor de troca do bem é dado, ele é simplesmente
constatado.
·
Assim, o
dilema muda. A questão fundamental passa a ser qual o valor de uso se relaciona
ao valor de troca dado para tal bem? Wicksell diz que o valor de uso que
interessa pra quem troca, é o valor de uso no momento da troca, ou seja, a
utilidade mínima que a mercadoria possui no momento da troca.
Assim, o
dilema muda. A questão fundamental passa a ser qual o valor de uso se relaciona
ao valor de troca dado para tal bem? Wicksell diz que o valor de uso que
interessa pra quem troca, é o valor de uso no momento da troca, ou seja, a
utilidade mínima que a mercadoria possui no momento da troca.
·
Essa
utilidade mínima no momento da troca é exatamente a utilidade marginal da
mercadoria à corresponde às menos importantes
aquisições satisfeitas, ou as utilidades das não satisfeitas. Comparo a
utilidade marginal da mercadoria não adquirida/ ou da última adquirida à esse seria o valor de troca.
Essa
utilidade mínima no momento da troca é exatamente a utilidade marginal da
mercadoria à corresponde às menos importantes
aquisições satisfeitas, ou as utilidades das não satisfeitas. Comparo a
utilidade marginal da mercadoria não adquirida/ ou da última adquirida à esse seria o valor de troca.
·
Já as
mercadorias dadas em troca, a sua utilidade marginal sempre corresponderá a
menor das necessidades a serem satisfeitas se as mercadorias não fossem
trocadas.
Já as
mercadorias dadas em troca, a sua utilidade marginal sempre corresponderá a
menor das necessidades a serem satisfeitas se as mercadorias não fossem
trocadas.
·
Resultado é
que: as utilidades marginais das mercadorias para cada umas das trocas, estão
exatamente relacionadas ao valor de troca comum (“é $3 para mim, e $3 para
você”). Isso tem que acontecer, pois se não, isso seria sinal de que não
teríamos explorados todas as possibilidade de ganho de comércio, e haveria trocas
subsequentes, pois não cheguei na minha margem de utilidade dado o preço de
troca.
Resultado é
que: as utilidades marginais das mercadorias para cada umas das trocas, estão
exatamente relacionadas ao valor de troca comum (“é $3 para mim, e $3 para
você”). Isso tem que acontecer, pois se não, isso seria sinal de que não
teríamos explorados todas as possibilidade de ganho de comércio, e haveria trocas
subsequentes, pois não cheguei na minha margem de utilidade dado o preço de
troca.
·
Bem de
diversos usos: cada parte do que tenho tem uma utilidade diferente (ex. Sacos
de trigo de uma família que mora numa fazenda). Ele ordena conforme as
necessidades que eles atendem (ideia de Menger). à Principio da utilidade marginal declinante.
Bem de
diversos usos: cada parte do que tenho tem uma utilidade diferente (ex. Sacos
de trigo de uma família que mora numa fazenda). Ele ordena conforme as
necessidades que eles atendem (ideia de Menger). à Principio da utilidade marginal declinante.
·
Dualismo
valor de uso e valor de troca que requer duas paridades (utilidade e escassez)
desaparece à pois para Wicksell a ideia de
utilidade marginal ela representa uma síntese e combina utilidade e escassez. O
Walras dá pra isso a designação de raridade: mesma coisa.
Dualismo
valor de uso e valor de troca que requer duas paridades (utilidade e escassez)
desaparece à pois para Wicksell a ideia de
utilidade marginal ela representa uma síntese e combina utilidade e escassez. O
Walras dá pra isso a designação de raridade: mesma coisa.
·
Essa
utilidade marginal é exatamente o grau de utilidade ao qual o consumo de uma
mercadoria deve cessar exatamente por causa de sua escassez (resolve dificuldade
de explicar o grau final de utilidade de Jevons).
Essa
utilidade marginal é exatamente o grau de utilidade ao qual o consumo de uma
mercadoria deve cessar exatamente por causa de sua escassez (resolve dificuldade
de explicar o grau final de utilidade de Jevons).
·
Portanto, se
pegarmos uma mercadoria com consumo relativamente escasso que tem o valor de
troca alto, é porque o consumo vai cessar em um ponto a mais importante das
necessidades satisfeitas e a mais importantes das insatisfeitas são
significativas. Ex: vinho raro.
Portanto, se
pegarmos uma mercadoria com consumo relativamente escasso que tem o valor de
troca alto, é porque o consumo vai cessar em um ponto a mais importante das
necessidades satisfeitas e a mais importantes das insatisfeitas são
significativas. Ex: vinho raro.
·
Mercadoria
trivial (pão) à utilidade marginal cai muito,
logo essas “necessidades” são insignificantes.
Mercadoria
trivial (pão) à utilidade marginal cai muito,
logo essas “necessidades” são insignificantes.
·
Wicksell, no
caso da água e diamante, diz que o valor de uso que Smith se fixou é a utilidade
máxima sob certas condições (depende do momento da troca).
Wicksell, no
caso da água e diamante, diz que o valor de uso que Smith se fixou é a utilidade
máxima sob certas condições (depende do momento da troca).
·
Tem sentido
compararmos as utilidades marginais da mesma mercadoria para o mesmo indivíduo,
apenas à vai contra o exemplo numérico do
Menger.
Tem sentido
compararmos as utilidades marginais da mesma mercadoria para o mesmo indivíduo,
apenas à vai contra o exemplo numérico do
Menger.
·
Wicksell diz
que na cidade moderna tudo é obtido pela troca, não há situação Mengeriana.
Posso comprar o que quiser desde que tenha dinheiro. Nessas circunstâncias
surge um problema adicional (para o qual cita Jevons): Como o valor de troca é
regulado apenas pelo menos importante dos graus de necessidade atendidos? Mas
todos os produtos custam a mesma coisa (os da mesma categoria).
Wicksell diz
que na cidade moderna tudo é obtido pela troca, não há situação Mengeriana.
Posso comprar o que quiser desde que tenha dinheiro. Nessas circunstâncias
surge um problema adicional (para o qual cita Jevons): Como o valor de troca é
regulado apenas pelo menos importante dos graus de necessidade atendidos? Mas
todos os produtos custam a mesma coisa (os da mesma categoria).
·
Wicksell está num contexto no mercado à concorrência de ambos os lados
(dos que vão comprar e dos que vão vender) à significado da lei da indiferença do Jevons. Só há um preço no
mercado, pois se fosse diferente, o mecanismo concorrencial anularia a
diferença. à Há uma convergência à lei do preço único. Não faz
sentido bens homogêneos terem preços diferentes.
Wicksell está num contexto no mercado à concorrência de ambos os lados
(dos que vão comprar e dos que vão vender) à significado da lei da indiferença do Jevons. Só há um preço no
mercado, pois se fosse diferente, o mecanismo concorrencial anularia a
diferença. à Há uma convergência à lei do preço único. Não faz
sentido bens homogêneos terem preços diferentes.
·
Utilidade
marginal, valor de troca, ou preço estarão em relação reciproca de dependência
assim como a dependência entre valor e custo marginal de produção.
Utilidade
marginal, valor de troca, ou preço estarão em relação reciproca de dependência
assim como a dependência entre valor e custo marginal de produção.
·
Pro
produtor, a relação fundamental é o custo marginal.
Pro
produtor, a relação fundamental é o custo marginal.
·
Se o valor
de troca é dado antes (no mercado), podemos dizer que as utilidades marginais
serão reguladas por esse preço. O nível do consumo será regulado até o ponto
que para todos os consumidores, esse sistema chegar a um equilíbrio – ou seja,
UMg e preço para cada um dos indivíduos.
Se o valor
de troca é dado antes (no mercado), podemos dizer que as utilidades marginais
serão reguladas por esse preço. O nível do consumo será regulado até o ponto
que para todos os consumidores, esse sistema chegar a um equilíbrio – ou seja,
UMg e preço para cada um dos indivíduos.
·
Na produção
tenho um problema, pois o preço é dado mas as quantidade indefinidas. A questão
é quanto será produzido. Problema será equilibrar a utilidade marginal com a
dificuldade de produção/ custos marginais/ desutilidades marginais.
Na produção
tenho um problema, pois o preço é dado mas as quantidade indefinidas. A questão
é quanto será produzido. Problema será equilibrar a utilidade marginal com a
dificuldade de produção/ custos marginais/ desutilidades marginais.
Aula 20/05/14
Wicksell – Continuação
Troca e Valor de Mercado (Segmentos
de A a E)
de A a E)
Apresentação dos seus princípios
sobre a distribuição de um produto para diversos usos. Problema similar ao da
troca, alocação de um bem escasso em diversos usos. Ele dá essa solução:
igualar as utilidades marginais. Aspectos particulares.
sobre a distribuição de um produto para diversos usos. Problema similar ao da
troca, alocação de um bem escasso em diversos usos. Ele dá essa solução:
igualar as utilidades marginais. Aspectos particulares.
a.
Diferentes
usos de uma mercadoria
Diferentes
usos de uma mercadoria
Embora
formem os preços em equações de oferta e demanda, no mercado os preços são
dados. Como compatibilizar essa visão de oferta e demanda com a realidade do
mercado (preços dados)? No mercado se determinam tanto o volume de bens
trocados quanto o preço. Simplificação para chegar a um principio geral.
formem os preços em equações de oferta e demanda, no mercado os preços são
dados. Como compatibilizar essa visão de oferta e demanda com a realidade do
mercado (preços dados)? No mercado se determinam tanto o volume de bens
trocados quanto o preço. Simplificação para chegar a um principio geral.
·
Bem tem dois
usos: valor de troca é abdicar de um uso para atender ao outro uso. Isso é determinado
por circunstancias técnicas. Resolução: utilidade marginal declinante. Se fosse
constante, seria como os clássicos, não haveria trade-off ou combinação de
usos, seria tudo ou nada.
Bem tem dois
usos: valor de troca é abdicar de um uso para atender ao outro uso. Isso é determinado
por circunstancias técnicas. Resolução: utilidade marginal declinante. Se fosse
constante, seria como os clássicos, não haveria trade-off ou combinação de
usos, seria tudo ou nada.
·
Solução de
equilíbrio: igualar utilidades marginais. UMg vai ser proporcional ao meio de troca. Princípio de
maximização de utilidade com restrição que é total de bens disponíveis e por
outro lado a restrição técnica que é a relação de troca entre os bens.
Solução de
equilíbrio: igualar utilidades marginais. UMg vai ser proporcional ao meio de troca. Princípio de
maximização de utilidade com restrição que é total de bens disponíveis e por
outro lado a restrição técnica que é a relação de troca entre os bens.
·
Decisões
envolvendo grandes estoques não necessariamente seguem essa ordem. Ou seja, ele
quer dizer que a tendência ao equilíbrio acontece em certas situações.
Decisões
envolvendo grandes estoques não necessariamente seguem essa ordem. Ou seja, ele
quer dizer que a tendência ao equilíbrio acontece em certas situações.
·
Ver foto.
Ver foto.
·
·
Consumos
independentes. O primeiro é independente. O segundo é um resíduo.
Consumos
independentes. O primeiro é independente. O segundo é um resíduo.
·
Resultado de
equilíbrio depende estritamente dessa relação técnica. Se muda essa relação,
mudam as condições de equilíbrio.
Resultado de
equilíbrio depende estritamente dessa relação técnica. Se muda essa relação,
mudam as condições de equilíbrio.
·
Faz alusão à
Paretto.
Faz alusão à
Paretto.
b.
Preço de
mercado
Preço de
mercado
Preço dado tem a mesma taxa de
substituição do problema anterior.
substituição do problema anterior.
·
Supor
período de tempo, oferta e demanda reguladas pelo qual a sua proporção nesse
período produza uma utilidade marginal que proporcione a relação de troca dada
no mercado.
Supor
período de tempo, oferta e demanda reguladas pelo qual a sua proporção nesse
período produza uma utilidade marginal que proporcione a relação de troca dada
no mercado.
·
Consumo do
estoque de produtos será nesse ou outro período, ou será de outros produtos
desde que eu me desfaça dos produtos do meu estoque.
Consumo do
estoque de produtos será nesse ou outro período, ou será de outros produtos
desde que eu me desfaça dos produtos do meu estoque.
·
Solução:
igualar utilidades marginais (maximização). Abrir mão de alguns bens, me da
possibilidade de consumir outros produtos. Aumento da utilidade total.
Solução:
igualar utilidades marginais (maximização). Abrir mão de alguns bens, me da
possibilidade de consumir outros produtos. Aumento da utilidade total.
·
Condição de
equilíbrio será a igualdade das utilidade marginais.
Condição de
equilíbrio será a igualdade das utilidade marginais.
·
Isso não
impede que existam obstáculos. Questão levantada por Wicksell – preços dados
pelo mercado – o que acontece se mudam os preços relativos? Novamente, ele aqui
considera os bens independentes (não-substitutos). Uma mudança dos preços no
mercado afeta a condição do equilíbrio final? Dependerá sempre igualando-se as
UMg ponderadas pelos preços de mercado. A posição de equilíbrio se altera, mas
não a condição.
Isso não
impede que existam obstáculos. Questão levantada por Wicksell – preços dados
pelo mercado – o que acontece se mudam os preços relativos? Novamente, ele aqui
considera os bens independentes (não-substitutos). Uma mudança dos preços no
mercado afeta a condição do equilíbrio final? Dependerá sempre igualando-se as
UMg ponderadas pelos preços de mercado. A posição de equilíbrio se altera, mas
não a condição.
·
A condição
irrefutável: aumento da oferta aumento dos preços relativos.
A condição
irrefutável: aumento da oferta aumento dos preços relativos.
c.
Trocas
circunstanciais
Trocas
circunstanciais
·
Trocas
circunstanciais não obedecem o preço de mercado.
Trocas
circunstanciais não obedecem o preço de mercado.
·
Caso de
troca isolada.
Caso de
troca isolada.
·
Relação de
troca se da de forma diferente, por tentativa e erro.
Relação de
troca se da de forma diferente, por tentativa e erro.
·
Essa troca
que leva ao preço de mercado é uma troca consequência, ou com possibilidade de
arbitragem.
Essa troca
que leva ao preço de mercado é uma troca consequência, ou com possibilidade de
arbitragem.
·
Essa troca
circunstancial não tem resultado determinado, basta que a troca beneficie a
ambos.
Essa troca
circunstancial não tem resultado determinado, basta que a troca beneficie a
ambos.
d.
Formação de
preços num mercado aberto (2 mercadorias)
Formação de
preços num mercado aberto (2 mercadorias)
·
Processo de
oferta e demanda que chega a uma relação fixa (Jevoniana) que vale para todas
naquele momento, ou lei do preço único.
Processo de
oferta e demanda que chega a uma relação fixa (Jevoniana) que vale para todas
naquele momento, ou lei do preço único.
·
Wicksell diz
que esse é um resultado não se deve aos custos de produção (como diz Ricardo),
e sim pela concorrência. Não há mais de uma relação de troca no mercado, pois
isso é irreal.
Wicksell diz
que esse é um resultado não se deve aos custos de produção (como diz Ricardo),
e sim pela concorrência. Não há mais de uma relação de troca no mercado, pois
isso é irreal.
·
Wicksell vai
além da concorrência perfeita. Ele tem trabalhos dedicados à monopólios.
Wicksell vai
além da concorrência perfeita. Ele tem trabalhos dedicados à monopólios.
·
Já em
concorrência perfeita, os preços logo chegam a um equilíbrio e oscilam em torno
desse equilíbrio. Nessa relação de equilíbrio há uma relativa saciedade. Só há
trocas se há necessidade em faze-lo.
Já em
concorrência perfeita, os preços logo chegam a um equilíbrio e oscilam em torno
desse equilíbrio. Nessa relação de equilíbrio há uma relativa saciedade. Só há
trocas se há necessidade em faze-lo.
·
Condição de
equilíbrio = UMgA/Pa = UMgB/Pb
Condição de
equilíbrio = UMgA/Pa = UMgB/Pb
·
Oferta =
demanda para todas as mercadorias.
Oferta =
demanda para todas as mercadorias.
·
Desse modo,
se o mercado se ajusta com certa rapidez, nós podemos estabelecer um sistema de
equações, e entra numa matemática Walrasiana.
Desse modo,
se o mercado se ajusta com certa rapidez, nós podemos estabelecer um sistema de
equações, e entra numa matemática Walrasiana.
·
Ambos oferta
e demanda foram explicados pelo principio da utilidade marginal.
Ambos oferta
e demanda foram explicados pelo principio da utilidade marginal.
·
Se quisermos
expressamos os preços em unidades monetárias, ou preços de A expressos em B. Ou
seja, A seria o numerário e B variável.
Se quisermos
expressamos os preços em unidades monetárias, ou preços de A expressos em B. Ou
seja, A seria o numerário e B variável.
·
Demanda de A
é feita pela oferta de B.
Demanda de A
é feita pela oferta de B.
·
Grafico: ver
foto.
Grafico: ver
foto.
·
Se os bens
não são substitutos, se Pb=0, B pode ser obtido sem oferecermos nada de A.
Todos consumirão B até o nível de saciedade. Se B =/ 0, o consumo faz com que
caia a utilidade marginal de B relativa a utilidade marginal de A.
Se os bens
não são substitutos, se Pb=0, B pode ser obtido sem oferecermos nada de A.
Todos consumirão B até o nível de saciedade. Se B =/ 0, o consumo faz com que
caia a utilidade marginal de B relativa a utilidade marginal de A.
·
Curvas de
demanda e oferta de A e B são necessariamente independentes, pois pressupõe-se
que são produzidas por pessoas diferentes. Logo oferta de B é determinada pela
disponibilidade de B, e de A mesma coisa.
Curvas de
demanda e oferta de A e B são necessariamente independentes, pois pressupõe-se
que são produzidas por pessoas diferentes. Logo oferta de B é determinada pela
disponibilidade de B, e de A mesma coisa.
·
Inúmeras
condições de equilíbrio. Desequilíbrios seriam ajustados. Tanto à esquerda do
topo da curva de demanda de B quanto à direita do topo da curva de oferta de B,
temos pontos de equilíbrio estável. Entre esses pontos, há desequilíbrios.
Inúmeras
condições de equilíbrio. Desequilíbrios seriam ajustados. Tanto à esquerda do
topo da curva de demanda de B quanto à direita do topo da curva de oferta de B,
temos pontos de equilíbrio estável. Entre esses pontos, há desequilíbrios.
e.
Três ou mais
mercadorias – troca generalizada
Três ou mais
mercadorias – troca generalizada
·
Esse sistema
necessariamente terá que ser monetário – a imprescindibilidade da moeda. Moeda
porque não é possível uma situação de equilíbrio com troca direta, como antes.
Neste caso, todas as transações precisam de um denominador comum que vem a ser
a moeda, uma outra mercadoria que é elencada como tal. “O dinheiro é simples
meio de troca que serve de assistência às trocas”.
Esse sistema
necessariamente terá que ser monetário – a imprescindibilidade da moeda. Moeda
porque não é possível uma situação de equilíbrio com troca direta, como antes.
Neste caso, todas as transações precisam de um denominador comum que vem a ser
a moeda, uma outra mercadoria que é elencada como tal. “O dinheiro é simples
meio de troca que serve de assistência às trocas”.
·
Introduzir
duas considerações: trocas indiretas ou dinheiro/ crédito.
Introduzir
duas considerações: trocas indiretas ou dinheiro/ crédito.
·
As equações
podem ser utilizadas nas condições de equilíbrio.
As equações
podem ser utilizadas nas condições de equilíbrio.
·
Montagem de
um sistema Walrasiano. No final, o equilibrio será igual aos estoques
oferecidos ao consumo em um dado período. Esgotamos todas as mercadorias no
mercado.
Montagem de
um sistema Walrasiano. No final, o equilibrio será igual aos estoques
oferecidos ao consumo em um dado período. Esgotamos todas as mercadorias no
mercado.
·
Preços não
estão supostos como dados no início do problema.
Preços não
estão supostos como dados no início do problema.
·
Todas as
quantidades de equilíbrio são encontradas resolvendo as equações, e todas as
relações de troca são encontradas em relação ao numerário ou ao dinheiro.
Todas as
quantidades de equilíbrio são encontradas resolvendo as equações, e todas as
relações de troca são encontradas em relação ao numerário ou ao dinheiro.
·
Estamos
ignorando o fato que o dinheiro pode manter um desvalor pra todos. Utilidade
marginal do dinheiro também é declinante, e se assim for, isso afeta a relação
de troca.
Estamos
ignorando o fato que o dinheiro pode manter um desvalor pra todos. Utilidade
marginal do dinheiro também é declinante, e se assim for, isso afeta a relação
de troca.
·
Não
conseguimos escrever oferta e demanda do dinheiro. Utilidade marginal do
dinheiro é considerada constante, pois se não fosse ela afeta o equilíbrio.
Para Walras isso não é problema porque alguma mercadoria é escolhida um
numerário.
Não
conseguimos escrever oferta e demanda do dinheiro. Utilidade marginal do
dinheiro é considerada constante, pois se não fosse ela afeta o equilíbrio.
Para Walras isso não é problema porque alguma mercadoria é escolhida um
numerário.
Aula 22/05/14
Wicksell – Continuação…
Objeções à teoria da UMg
Criticas à UMg foram feitas no final do séc XIX.
Nomeia algumas dessas objeções. Acredita que as pessoas não
entenderam direito a teoria da UMg, pois a maior parte das críticas são à
questão de variáveis continuas e descontinuas (UMg tem que ser continua para
achar equilíbrio); à simplicidade ou complexidade do sistema que foi
característica de muitas abordagens – se referem a um tópico metodológico que pressupõe
o sistema como muito simples; que dizem
importância dos obstáculos ao processo de ajustamento.
entenderam direito a teoria da UMg, pois a maior parte das críticas são à
questão de variáveis continuas e descontinuas (UMg tem que ser continua para
achar equilíbrio); à simplicidade ou complexidade do sistema que foi
característica de muitas abordagens – se referem a um tópico metodológico que pressupõe
o sistema como muito simples; que dizem
importância dos obstáculos ao processo de ajustamento.
Função de oferta não é contínua (se o preço cai muito). à Wicksell diz que isso é verdade.
Porém do ponto de vista de muitas variáveis de equilíbrio geral não teríamos
nenhum problemas, pois essas descontinuidades seriam inseridas como constantes.
Porém do ponto de vista de muitas variáveis de equilíbrio geral não teríamos
nenhum problemas, pois essas descontinuidades seriam inseridas como constantes.
Na obra do Marshall entra claramente o problema das grandes
unidades individuais. Compra de coisas caras. Wicksell diz que é como se fossem
trocas fora do mercado. Preço idiossincrático. Ele rejeita a ideia de que o
custo de produção comanda, o que seria mais fácil para explicar esse tipo de
transação (navio).
unidades individuais. Compra de coisas caras. Wicksell diz que é como se fossem
trocas fora do mercado. Preço idiossincrático. Ele rejeita a ideia de que o
custo de produção comanda, o que seria mais fácil para explicar esse tipo de
transação (navio).
Exemplos dele lembram um pouco a teoria da concorrência. Ele se
refere a bens que são diferentes. Como igualar a UMg aos preços pra produtos
diferentes? Pro Wicksell a UMg seria a diferença entre os preços..
refere a bens que são diferentes. Como igualar a UMg aos preços pra produtos
diferentes? Pro Wicksell a UMg seria a diferença entre os preços..
Wicksell reconhece que existe um salario de base. Existe um
padrão. Produtos de baixa elasticidade de demanda tem comportamente diferente.
Os trabalhadores não tem uma UMg continua. Variando os preços, não variaria
tanto o consumo.
padrão. Produtos de baixa elasticidade de demanda tem comportamente diferente.
Os trabalhadores não tem uma UMg continua. Variando os preços, não variaria
tanto o consumo.
Papel dos hábitos na formação das decisões.
Crescimento da população é dado
(ele discute em outras situações e ele vê como importante).
(ele discute em outras situações e ele vê como importante).
Ele levanta duas objeções às quais parecem mais sérias: a que se
refere aos fenômenos complexos (que para ele dificilmente podem ser explicados
por alguma teoria); e a que se refere ?
refere aos fenômenos complexos (que para ele dificilmente podem ser explicados
por alguma teoria); e a que se refere ?
Nas decisões econômicas há um
elemento poderoso de inércia/ hábito. Consumidor é habitual idiossincrático.
elemento poderoso de inércia/ hábito. Consumidor é habitual idiossincrático.
Wicksell não acredita que o principio teórico possa explicar tudo.
Bens de troca
Ideia de que só trocamos pelo
proposito de ganho e de que o agente econômico, procura obter o ganho máximo.
proposito de ganho e de que o agente econômico, procura obter o ganho máximo.
UMg = P não é mais do que uma
derivação do principio econômico. Ou seja, de fato, o principio de maximização
tem embutido o principio de UMg.
derivação do principio econômico. Ou seja, de fato, o principio de maximização
tem embutido o principio de UMg.
Um sistema de troca livre traz o
máximo de satisfação para todos.
máximo de satisfação para todos.
Cita Paretto o tempo todo.
Bens de troca decorre de um
principio maximizador. A ideia de livre concorrência como melhor a todos é bem
anterior à UMg.
principio maximizador. A ideia de livre concorrência como melhor a todos é bem
anterior à UMg.
Wicksell se pergunta: será mesmo que é de beneficio geral ou apenas
para os empresários?
para os empresários?
A posição dele é a seguinte que se nós levarmos ao extremo a defesa da
livre concorrência ela se transforma não apenas numa defesa da distribuição da
melhor atividade para todos mas uma defesa da distribuição de riqueza
existente.
livre concorrência ela se transforma não apenas numa defesa da distribuição da
melhor atividade para todos mas uma defesa da distribuição de riqueza
existente.
Alusão explicita à Walras e
Paretto, os quais faziam defesa da livre concorrência.
Paretto, os quais faziam defesa da livre concorrência.
Wicksell chama a atenção para
equilíbrios múltiplos. Mudamos de posição para outra, e não podemos dizer que
essa situação de é de bem estar.
equilíbrios múltiplos. Mudamos de posição para outra, e não podemos dizer que
essa situação de é de bem estar.
Wicksell aponta tópicos que não
são bem explicados pela livre concorrência, ou pela doutrina que esta produz o
ganho máximo.
são bem explicados pela livre concorrência, ou pela doutrina que esta produz o
ganho máximo.
Por exemplo: como comparar ganhos
e perdas de João e Antonio? Discussões sobre tributação e bem-estar.
e perdas de João e Antonio? Discussões sobre tributação e bem-estar.
Não há razão para dizer que
mudanças de distribuição podem ser melhores ou não, isso é uma discussão ética
e política.
mudanças de distribuição podem ser melhores ou não, isso é uma discussão ética
e política.
Parte II – Teoria da produção e
distribuição
distribuição
Quando ele trata do valor ele
supunha a produção dada. E discutia o preço das mercadorias a partir de um
estoque dado.
supunha a produção dada. E discutia o preço das mercadorias a partir de um
estoque dado.
Essa cisão entre valor de troca e
produção/distribuição é uma cisão analítica para expor os pontos teóricos com
mais facilidade.
produção/distribuição é uma cisão analítica para expor os pontos teóricos com
mais facilidade.
O que foi feito é uma abstração.
Assume-se que o valor de troca
está dado em sua relação com o mercado como um todo.
está dado em sua relação com o mercado como um todo.
Assume-se também que os fatores
de produção estão empregados diretamente no serviço de produção.
de produção estão empregados diretamente no serviço de produção.
Assume-se que a utilidade dos
vários fatores, após parte retirada para o consumo direto (…???) à não temos fatores de produção
ociosos. Isso é complicado, diz Wicksell, pois faz sentido para terra e capital
(a não ser que me de ao luxo de perder dinheiro), mas para o trabalho é
diferente.
vários fatores, após parte retirada para o consumo direto (…???) à não temos fatores de produção
ociosos. Isso é complicado, diz Wicksell, pois faz sentido para terra e capital
(a não ser que me de ao luxo de perder dinheiro), mas para o trabalho é
diferente.
Para o trabalho a jornada pode
ser ou não um dado de escolha. Não pode-se dizer que todo o trabalho é
ofertado, pois há hábitos, costumes e regras sociais.
ser ou não um dado de escolha. Não pode-se dizer que todo o trabalho é
ofertado, pois há hábitos, costumes e regras sociais.
Mas tomando essas regras,
consideramos o trabalho como fixo.
consideramos o trabalho como fixo.
E finalmente, todos os movimentos
que se devem à população são importantes mas são fenômenos independentes.
que se devem à população são importantes mas são fenômenos independentes.
Existe uma taxa natural de
crescimento da população que não tem nada a ver com o ajuste do trabalho no
mercado.
crescimento da população que não tem nada a ver com o ajuste do trabalho no
mercado.
A análise é do tipo estático.
A produção advém de unidades
independentes. Temos muito produtores e pressupomos que o produtor busca a
maximização do lucro. Logo, tem-se que produzir o mais barato possível para
reduzir custos.
independentes. Temos muito produtores e pressupomos que o produtor busca a
maximização do lucro. Logo, tem-se que produzir o mais barato possível para
reduzir custos.
Logo, isso depende da remuneração
dos fatores. Mas ele explica a distribuição pela teoria.
dos fatores. Mas ele explica a distribuição pela teoria.
Isso é um fenômeno explicado pela
distribuição.
distribuição.
Wicksell acredita que dos fatores
convencionalmente admitidos, o capital é muito diferente. Ele tem que explicar
a parte sua ideia de capital, razão pela qual o primeiro modelo distributivo
que ele lança: é a produção não capitalista (sem capital).
convencionalmente admitidos, o capital é muito diferente. Ele tem que explicar
a parte sua ideia de capital, razão pela qual o primeiro modelo distributivo
que ele lança: é a produção não capitalista (sem capital).
Extra: Fisher
Capítulo 1 –
Definições
Definições
Economia: ciência
da riqueza
da riqueza
Riqueza: apropriação
e materialidade – dois atributos essenciais à
valor medido em unidades físicas à
apesar do julgamento ser um fenômeno de avaliação, o resultado é expresso em
unidades físicas
e materialidade – dois atributos essenciais à
valor medido em unidades físicas à
apesar do julgamento ser um fenômeno de avaliação, o resultado é expresso em
unidades físicas
Valor: três
conceitos preliminares: transferência, troca e preço
conceitos preliminares: transferência, troca e preço
·
Transferência: mudança de propriedade
Transferência: mudança de propriedade
·
Trocas: duas transferências mutuas
Trocas: duas transferências mutuas
·
Preço: razão entre quantidades de dois tipos de
riqueza
Preço: razão entre quantidades de dois tipos de
riqueza
Valor de qualquer item é preço x quantidade.
Propriedade de
riqueza: direito de usufruir dos seus serviços ou benefícios
riqueza: direito de usufruir dos seus serviços ou benefícios
·
Não há necessidade pratica de distinguir
propriedade de riqueza.
Não há necessidade pratica de distinguir
propriedade de riqueza.
·
Diferença está que os direitos de propriedade
são medidos em unidades não físicas, mas os abstratos direitos
Diferença está que os direitos de propriedade
são medidos em unidades não físicas, mas os abstratos direitos
Títulos de
propriedade: certificados dos direitos de propriedade, ou seja, meramente a
evidencia escrita desses direitos de usufruir de uma riqueza
propriedade: certificados dos direitos de propriedade, ou seja, meramente a
evidencia escrita desses direitos de usufruir de uma riqueza
Dinheiro: qualquer
direito de propriedade que seja generalizadamente aceitável em troca é chamado
de direito. Três sentidos: riqueza, propriedade, e evidencia de posse.
direito de propriedade que seja generalizadamente aceitável em troca é chamado
de direito. Três sentidos: riqueza, propriedade, e evidencia de posse.
O uso da riqueza difere da utilidade dela: o uso se refere
ao desejo do evento; a utilidade se relaciona à probabilidade de realização
(“desiderabilidade”).
ao desejo do evento; a utilidade se relaciona à probabilidade de realização
(“desiderabilidade”).
Bens: termos
coletivo que inclui riqueza, propriedade e benefícios.
coletivo que inclui riqueza, propriedade e benefícios.
Fluxo x estoque de
bens
bens
Renda x capital: estoque
de bens, seja riqueza ou propriedade, existente num instante de tempo é chamado
de capital. O fluxo dos benefícios desse capital durante um período é chamado
renda.
de bens, seja riqueza ou propriedade, existente num instante de tempo é chamado
de capital. O fluxo dos benefícios desse capital durante um período é chamado
renda.
Fluxos econômicos: mudanças de condição, posição e
propriedade. Comércio são fluxos de transferências.
propriedade. Comércio são fluxos de transferências.
Os fluxos que se dão envolvendo dinheiro ou substitutos do
dinheiro são chamados de circulação do dinheiro. E a equação que a representa é
chamada de Equação de Trocas.
dinheiro são chamados de circulação do dinheiro. E a equação que a representa é
chamada de Equação de Trocas.
Cap. 2 – Poder de
compra e dinheiro na equação de trocas
compra e dinheiro na equação de trocas
Dinheiro: dinheiro
é o é generalizadamente aceito na troca por bens.
é o é generalizadamente aceito na troca por bens.
Podemos perceber que a
“liquidabilidade” (“liquidez” de Keynes) dá maior/menor grau de troca a um bem
→ mais líquido um bem, mais aceito como dinheiro; Continuando na escala da
“liquidabilidade”, a moeda (dinheiro) se encontra no grupo de direitos de
propriedade apelidável de “meio circulante” (currency).
“liquidabilidade” (“liquidez” de Keynes) dá maior/menor grau de troca a um bem
→ mais líquido um bem, mais aceito como dinheiro; Continuando na escala da
“liquidabilidade”, a moeda (dinheiro) se encontra no grupo de direitos de
propriedade apelidável de “meio circulante” (currency).
Meio circulante: dinheiro e depósitos bancários (incluindo cheques)
Depósito bancário: depósito bancário não é dinheiro, mas é
meio circulante, e a nota bancária é dinheiro e
meio circulante, e a nota bancária é dinheiro e
meio circulante → o que distingui algo de ser ou não dinheiro?
Nota bancária: Uma nota bancária é aceita de forma geral,
enquanto um cheque é aceito de forma específica, em casos especiais → isto diferencia, em última análise, o dinheiro do meio
circulante genérico.
enquanto um cheque é aceito de forma específica, em casos especiais → isto diferencia, em última análise, o dinheiro do meio
circulante genérico.
O dinheiro real é aquele realmente aceito por todos, seja por força
de lei, seja por uma convenção muito bem estabelecida → há
dois tipos de dinheiro real: primário e fiduciário; Dinheiro primário: é a
moeda em si, sem precisar de garantias extra;
de lei, seja por uma convenção muito bem estabelecida → há
dois tipos de dinheiro real: primário e fiduciário; Dinheiro primário: é a
moeda em si, sem precisar de garantias extra;
Dinheiro fiduciário: é aquele dinheiro que precisa de alguma
garantia para ser considerado moeda → alguém deve garantir que aquele bem
seja válido como dinheiro (este alguém deve ter influência a nível nacional
para tal → costuma ser o Governo);
garantia para ser considerado moeda → alguém deve garantir que aquele bem
seja válido como dinheiro (este alguém deve ter influência a nível nacional
para tal → costuma ser o Governo);
Tipos de trocas: Excetuando o uso de cheques, podemos classificar
as trocas em 3 grupos: i) bem contra bem (escambo); ii) moeda contra moeda
(câmbio); iii) moeda contra bem (compra/venda);
as trocas em 3 grupos: i) bem contra bem (escambo); ii) moeda contra moeda
(câmbio); iii) moeda contra bem (compra/venda);
A circulação do dinheiro
acontece quando estamos no grupo (iii);
acontece quando estamos no grupo (iii);
Poder de compra do dinheiro: quanto, de um bem, uma moeda pode
comprar;
comprar;
Maior/menor o preço do bem,
menos/mais de um bem podemos comprar com a mesma quantidade de moedas
(alternativamente, precisaremos de mais/menos moedas para que realizemos a
compra do mesmo bem).
menos/mais de um bem podemos comprar com a mesma quantidade de moedas
(alternativamente, precisaremos de mais/menos moedas para que realizemos a
compra do mesmo bem).
Poder de compra do dinheiro inverso ao nível de preços.
Três tipos de causas alteram o
poder de compra do dinheiro: 1) a
quantidade de dinheiro circulante; 2) a velocidade de circulação; 3) o volume
do comércio/de negócios;
poder de compra do dinheiro: 1) a
quantidade de dinheiro circulante; 2) a velocidade de circulação; 3) o volume
do comércio/de negócios;
Por agora, Fisher mantém a
economia fechada e sem dinheiro fiduciário;
economia fechada e sem dinheiro fiduciário;
MV = PT
Em cada compra e venda, o
dinheiro e os bens são equivalentes; à
igualdade entre os dois lados da equação à
isso é um truísmo.
dinheiro e os bens são equivalentes; à
igualdade entre os dois lados da equação à
isso é um truísmo.
A equação se compõe de um lado monetário e de um lado real (de
bens);
bens);
Velocidade de circulação do dinheiro: quociente entre o “total de
pagamentos realizados para comprar os bens” e o “montante médio de dinheiro em
circulação”;
pagamentos realizados para comprar os bens” e o “montante médio de dinheiro em
circulação”;
Como a equação de trocas é uma equação geral, deve-se
lembrar que as variações nas variáveis são na média (pois a equação de
trocas é a soma das equações individuais);
lembrar que as variações nas variáveis são na média (pois a equação de
trocas é a soma das equações individuais);
TQD afirma que o
nível de preços é função da quantidade de meios circulantes.
nível de preços é função da quantidade de meios circulantes.
Podemos figurar a equação de trocas como sendo uma balança (balança de Fisher): do lado
esquerdo, o lado monetário; do lado direito, o lado real;
esquerdo, o lado monetário; do lado direito, o lado real;
A distância do centroide para o prato esquerdo da balança
é a velocidade do dinheiro. A distância do centroide para o prato direito da
balança é o preço médio dos bens; O peso do prato esquerdo mede a quantidade
de dinheiro. O peso do prato direito mede a quantidade de bens;
é a velocidade do dinheiro. A distância do centroide para o prato direito da
balança é o preço médio dos bens; O peso do prato esquerdo mede a quantidade
de dinheiro. O peso do prato direito mede a quantidade de bens;
E = MV
E são os gastos
no ano.
no ano.
Podemos transformar a soma de todo o em (total de quantidade
comprada/vendida);
comprada/vendida);
No caso, temos que tirar a média dos preços, e teremos no
lugar de ;
lugar de ;
As equações de troca são derivações das equações
individuais;
individuais;
MV = ΣpQ
Teoremas:
1)
Mantidos V e Q invariáveis, se M variar, o lado do dinheiro
variará a essa taxa, e por conta da igualdade, o lado dos bens deverá variar
também nessa mesma taxa. Ou os preços individuais dos bens variam todos a esta
taxa, ou alguns mais e outros menos, de forma a compensar e manter a variação
na média.
Mantidos V e Q invariáveis, se M variar, o lado do dinheiro
variará a essa taxa, e por conta da igualdade, o lado dos bens deverá variar
também nessa mesma taxa. Ou os preços individuais dos bens variam todos a esta
taxa, ou alguns mais e outros menos, de forma a compensar e manter a variação
na média.
2)
Mantidos Me Q, se V variar, o lado do dinheiro variará a
essa taxa, e por conta da igualdade, o lado dos bens deverá variar também nessa
mesma taxa. Ou os preços individuais dos bens variam todos a esta taxa, ou
alguns mais e outros menos, de forma a compensar e manter a variação na média.
Mantidos Me Q, se V variar, o lado do dinheiro variará a
essa taxa, e por conta da igualdade, o lado dos bens deverá variar também nessa
mesma taxa. Ou os preços individuais dos bens variam todos a esta taxa, ou
alguns mais e outros menos, de forma a compensar e manter a variação na média.
3)
Mantidos M e V, o lado do dinheiro permanecerá
invariável, consequentemente, se Qs (T) variarem todas a uma dada taxa, os
preços individuais deverão variar todos inversamente a essa taxa, ou alguns
mais e outros menos para compensar.
Mantidos M e V, o lado do dinheiro permanecerá
invariável, consequentemente, se Qs (T) variarem todas a uma dada taxa, os
preços individuais deverão variar todos inversamente a essa taxa, ou alguns
mais e outros menos para compensar.
Núcleo da TQM: variação da quantidade de dinheiro em circulação e
seus impactos na variação dos preços (em relação direta).
seus impactos na variação dos preços (em relação direta).
Aumento
da oferta monetária (sem banco):
da oferta monetária (sem banco):
·
Mudança
na denominação do dinheiro – se meio dólar for chamado de um dólar, M vai
dobrar e, consequentemente, os preços (Q e V permanecerem constantes ou se
compensarem)
Mudança
na denominação do dinheiro – se meio dólar for chamado de um dólar, M vai
dobrar e, consequentemente, os preços (Q e V permanecerem constantes ou se
compensarem)
·
Debasement
– redução do conteúdo metálico e recunhagem, P vão variar na mesma
proporção da variação de M
Debasement
– redução do conteúdo metálico e recunhagem, P vão variar na mesma
proporção da variação de M
·
Duplicação
– duplicação de cada “piece of money” – hipótese heroica de que o governo
vai conseguir trocar cada moeda dos possuidores por uma outra que é o dobro da
anterior. Valor do dinheiro não muda.
Duplicação
– duplicação de cada “piece of money” – hipótese heroica de que o governo
vai conseguir trocar cada moeda dos possuidores por uma outra que é o dobro da
anterior. Valor do dinheiro não muda.
Em suma, a TQM afirma
que se aumentarmos o número de dólares, seja por qualquer um dos meios acima,
os preços aumentarão na mesma proporção.
que se aumentarmos o número de dólares, seja por qualquer um dos meios acima,
os preços aumentarão na mesma proporção.
Qualidade do dinheiro
é fazer com que seu valor varie conforme a sua quantidade. Isso explica que o
valor do dinheiro se dá na relação com os bens que ele pode comprar.
é fazer com que seu valor varie conforme a sua quantidade. Isso explica que o
valor do dinheiro se dá na relação com os bens que ele pode comprar.
Hume: aumento da
quantidade de dinheiro pode aumentar os preços, mas não proporcionalmente, pois
o aumento do M causa um aumento da economia monetizada, ou seja, estimula a
industry e portanto aumentam as transações.
quantidade de dinheiro pode aumentar os preços, mas não proporcionalmente, pois
o aumento do M causa um aumento da economia monetizada, ou seja, estimula a
industry e portanto aumentam as transações.
Barbon rejeita a
teoria quantitativa da moeda, com a prosaica constatação de que, se os preços
dependessem do conteúdo metálico da moeda, o preço das mercadorias só poderia
se alterar quando o do dinheiro variasse. Em sua visão, algumas mercadorias
variam incessantemente de preço (os grãos, por exemplo), enquanto outras têm
preço fixo (a cerveja, as manufaturas de modo geral).
teoria quantitativa da moeda, com a prosaica constatação de que, se os preços
dependessem do conteúdo metálico da moeda, o preço das mercadorias só poderia
se alterar quando o do dinheiro variasse. Em sua visão, algumas mercadorias
variam incessantemente de preço (os grãos, por exemplo), enquanto outras têm
preço fixo (a cerveja, as manufaturas de modo geral).
Efeito Cantillon:
efeito das variações da oferta monetária no preço é via gastos; como é que o
dinheiro se espalha pela economia. As mercadorias só vão ficar mais caras se o
dinheiro circular.
efeito das variações da oferta monetária no preço é via gastos; como é que o
dinheiro se espalha pela economia. As mercadorias só vão ficar mais caras se o
dinheiro circular.
O dinheiro, diferentemente dos outros bens, não pode
satisfazer os desejos humanos, mas somente comprar as coisas que satisfaçam
esses desejos.
satisfazer os desejos humanos, mas somente comprar as coisas que satisfaçam
esses desejos.
Hume, falhando em
reconhecer a teoria quantitativa da moeda de Locke, ignora os efeitos da
velocidade da moeda e da quantidade de trocas, e apenas introduz uma relação
causal entre a relação de quantidade de moeda e preços, dizendo que esta é
proporcional ao longo do tempo.
reconhecer a teoria quantitativa da moeda de Locke, ignora os efeitos da
velocidade da moeda e da quantidade de trocas, e apenas introduz uma relação
causal entre a relação de quantidade de moeda e preços, dizendo que esta é
proporcional ao longo do tempo.
Hume também reconhece que os paper credits aumentam a qtde
de dinheiro acima do natural e portanto aumentam os preços.
de dinheiro acima do natural e portanto aumentam os preços.
Cap 3 – Influencia
dos depósitos na equação de troca e no poder de compra
dos depósitos na equação de troca e no poder de compra
Fisher chama atenção para os bancos.
Os depósitos bancários também são chamados de crédito circulante.
Bancos:
1)
Banco de
reserva integral: onde deposito meu dinheiro e este fica minha disposição. à não há empréstimos
nesse tipo de bancos, são apenas cobradas taxas pelos serviços bancários. Depósitos devidos (passivo) = ativo em
ouro/dinheiro
Banco de
reserva integral: onde deposito meu dinheiro e este fica minha disposição. à não há empréstimos
nesse tipo de bancos, são apenas cobradas taxas pelos serviços bancários. Depósitos devidos (passivo) = ativo em
ouro/dinheiro
2)
Bancos percebem que há uma certa proporção entre
depósitos e saques e começam a emprestar múltiplos das reservas em ouro. A
partir desse momento surge o Banco de
Reserva Fracionária. Transformo metade das reservas no meu ativo em notas
promissórias.
Bancos percebem que há uma certa proporção entre
depósitos e saques e começam a emprestar múltiplos das reservas em ouro. A
partir desse momento surge o Banco de
Reserva Fracionária. Transformo metade das reservas no meu ativo em notas
promissórias.
Suponhamos que o devedor deposite o dinheiro
emprestado neste banco, logo a minha reserva aumenta nesse valor (ativo), e o
meu passivo também aumenta nesse valor. à
banco cria dinheiro
emprestado neste banco, logo a minha reserva aumenta nesse valor (ativo), e o
meu passivo também aumenta nesse valor. à
banco cria dinheiro
Banco pode além de emprestar “direitos” de depósitos, podem
emprestar suas próprias notas bancarias. Neste caso, o banco deve estar sempre
pronto para pagar o possuidor dessa nota. A nota bancaria não carrega nenhum
tipo de juros, mas é pagável a vista.
emprestar suas próprias notas bancarias. Neste caso, o banco deve estar sempre
pronto para pagar o possuidor dessa nota. A nota bancaria não carrega nenhum
tipo de juros, mas é pagável a vista.
Pela emissão de notas bancarias, aumento o valor emitido no
meu passivo e no meu ativo, sem aumentar minhas reservas (sem pressupor que
esse dinheiro é redepositado). à criação de dinheiro
meu passivo e no meu ativo, sem aumentar minhas reservas (sem pressupor que
esse dinheiro é redepositado). à criação de dinheiro
A partir de certo momento, acionistas querem fazer parte do
lucro, e portanto, aceitam tomar riscos representados por estes empréstimos.
Porém, para garantir os depositores contra os riscos, os acionistas passam a
colocar dinheiro próprio, por ex. no caixa e na compra de um prédio.
lucro, e portanto, aceitam tomar riscos representados por estes empréstimos.
Porém, para garantir os depositores contra os riscos, os acionistas passam a
colocar dinheiro próprio, por ex. no caixa e na compra de um prédio.
Nada dito o contrário, um banco pode aumentar
indefinidamente seus empréstimos, e portanto aumentar M’ indefinidamente.
indefinidamente seus empréstimos, e portanto aumentar M’ indefinidamente.
Porém, há limites impostos pela prudência e politica
econômica, de forma a evitar insolvência ou insuficiência de cash.
econômica, de forma a evitar insolvência ou insuficiência de cash.
Classificações
currency: bank note – que faz parte do dinheiro; e deposits que não fazem
parte dessa categoria.
currency: bank note – que faz parte do dinheiro; e deposits que não fazem
parte dessa categoria.
Três categorias de
bens: money; deposits; e todos os outros bens.
bens: money; deposits; e todos os outros bens.
Seis tipos de trocas:
dinheiro com dinheiro, deposito com deposito, bens com bens, dinheiro com
deposito, deposito com bens, e dinheiro com bens.
dinheiro com dinheiro, deposito com deposito, bens com bens, dinheiro com
deposito, deposito com bens, e dinheiro com bens.
Circulação do
dinheiro: troca de dinheiro ou depósito com bens. Dinheiro com bens é a
troca típica.
dinheiro: troca de dinheiro ou depósito com bens. Dinheiro com bens é a
troca típica.
Nova equação de trocas: MV + M’V’ = PT
Introdução do M’
tende a aumentar os preços.
tende a aumentar os preços.
A influencia exercida pela quantidade de moeda M nos preços
gerais, torna-se menos direta. O processo de “traçar” essa influencia torna-se
mais complicada.
gerais, torna-se menos direta. O processo de “traçar” essa influencia torna-se
mais complicada.
Drama de Fisher é
como manter viva equação de trocas, dada a existência de M’?
como manter viva equação de trocas, dada a existência de M’?
M’ tende a ter uma relação definida com M, pois os depósitos
normalmente são mais ou menos definidos por múltiplos de M.
normalmente são mais ou menos definidos por múltiplos de M.
1)
Como já explicado – regra de prudência bancaria:
os bancos tendem a ter uma certa proporção de reservas em relação aos depósitos
bancários.
Como já explicado – regra de prudência bancaria:
os bancos tendem a ter uma certa proporção de reservas em relação aos depósitos
bancários.
2)
Conveniência e hábito: indivíduos, firmas e
corporações mantém uma razão entre moeda (cash) e balanços de depósitos, ou
seja, entre transações em cash e transações em cheque.
Conveniência e hábito: indivíduos, firmas e
corporações mantém uma razão entre moeda (cash) e balanços de depósitos, ou
seja, entre transações em cash e transações em cheque.
a.
Quanto mais desenvolvida uma comunidade, maior o
uso dos cheques.
Quanto mais desenvolvida uma comunidade, maior o
uso dos cheques.
b.
Negócios em larga escala: normalmente conduzidos
em cheques
Negócios em larga escala: normalmente conduzidos
em cheques
c.
Quanto mais concentrada a população: mais uso de
cheques
Quanto mais concentrada a população: mais uso de
cheques
d.
Quanto mais ricos os membros de uma comunidade,
maior o uso de cheques
Quanto mais ricos os membros de uma comunidade,
maior o uso de cheques
Qualquer mudança em M, é seguida de uma mudança proporcional
em M’. Logo, há uma mudança proporcional no nível de preços.
em M’. Logo, há uma mudança proporcional no nível de preços.