Neste post estão os fichamentos de KEYNES, CHICK e DILLARD, além de anotações de aula sobre o tema homônimo ao título acima.
2. Desemprego involuntário:
Keynes e a Crítica aos clássicos
Keynes e a Crítica aos clássicos
KEYNES, John
Maynard. Teoria Geral do Emprego, do
Juro e da Moeda. Tradução de Manuel Resende. Lisboa, Portugal: Relógio
D’Água Editores, 2010.
Maynard. Teoria Geral do Emprego, do
Juro e da Moeda. Tradução de Manuel Resende. Lisboa, Portugal: Relógio
D’Água Editores, 2010.
Capítulo 2: Os
Postulados da Economia Clássica
Postulados da Economia Clássica
Geralmente os
tratados sobre a teoria do valor e da produção focam em dados volumes de
recursos e como eles são remunerados e seus valores relativos.
tratados sobre a teoria do valor e da produção focam em dados volumes de
recursos e como eles são remunerados e seus valores relativos.
A teoria clássica do emprego baseia-se em dois
postulados (clássicos) fundamentais:
postulados (clássicos) fundamentais:
I.
O
salário é igual ao produto marginal do trabalho: “o salário de uma pessoa
empregada é igual ao valor que se perderia se o emprego fosse reduzido de uma
unidade” (p.35)
O
salário é igual ao produto marginal do trabalho: “o salário de uma pessoa
empregada é igual ao valor que se perderia se o emprego fosse reduzido de uma
unidade” (p.35)
II.
A
utilidade do salário, quando está empregada uma dada quantidade de mão-de-obra,
é igual à desutilidade marginal desse mesmo volume de emprego “isto é, o salário real de uma
pessoa empregada é o exatamente suficiente (na estimativa das próprias pessoas
empregadas) para induzir a trabalhar o volume de mão-de-obra efetivamente
ocupado” (p. 35). Ou seja, o salário para o trabalhador é suficientemente bom
para estimular todas as pessoas empregadas?
A
utilidade do salário, quando está empregada uma dada quantidade de mão-de-obra,
é igual à desutilidade marginal desse mesmo volume de emprego “isto é, o salário real de uma
pessoa empregada é o exatamente suficiente (na estimativa das próprias pessoas
empregadas) para induzir a trabalhar o volume de mão-de-obra efetivamente
ocupado” (p. 35). Ou seja, o salário para o trabalhador é suficientemente bom
para estimular todas as pessoas empregadas?
Desutilidade qualquer tipo de razão que induz
o homem a recusar trabalho e o faz não aceitar um salário menor que “representa
uma utilidade inferior a certo limite mínimo” (p. 36), em outras palavras, o
que o leva a poder recusar um emprego que ele considere mal remunerado de
acordo com seu conceito da utilidade de seu trabalho.
o homem a recusar trabalho e o faz não aceitar um salário menor que “representa
uma utilidade inferior a certo limite mínimo” (p. 36), em outras palavras, o
que o leva a poder recusar um emprego que ele considere mal remunerado de
acordo com seu conceito da utilidade de seu trabalho.
Desemprego
friccional:
imperfeições que são obstáculo para o pleno emprego, como exemplifica Keynes
essas barreiras podem ser: desproporção dos recursos especializados, atrasos
decorrentes de mudanças imprevistas;
friccional:
imperfeições que são obstáculo para o pleno emprego, como exemplifica Keynes
essas barreiras podem ser: desproporção dos recursos especializados, atrasos
decorrentes de mudanças imprevistas;
Desemprego
voluntário: “devido
à recusa ou incapacidade de determinada unidade de mão-de-obra em aceitar uma
remuneração equivalente à sua produtividade marginal, em virtude da legislação,
dos costumes sociais, de uma coligação para efeitos de contrato coletivo de
trabalho, ou ainda, da lentidão a adaptar-se às mudanças ou, simplesmente, em
consequência da obstinação humana.” (p. 36)
voluntário: “devido
à recusa ou incapacidade de determinada unidade de mão-de-obra em aceitar uma
remuneração equivalente à sua produtividade marginal, em virtude da legislação,
dos costumes sociais, de uma coligação para efeitos de contrato coletivo de
trabalho, ou ainda, da lentidão a adaptar-se às mudanças ou, simplesmente, em
consequência da obstinação humana.” (p. 36)
O primeiro
postulado, de acordo com a teoria clássica, é a curva da demanda de trabalho e
o segundo a oferta. O volume de emprego é o ponto de equilíbrio entra a
utilidade do produto marginal (ou quanto se paga por essa produtividade
marginal) e a desutilidade do emprego marginal (em aula foi explicado que é a
quantidade que o trabalhador se sujeita a receber para ter o ‘desprazer’ de
trabalhar). Nas palavras do Keynes, o trabalhador estipula o mínimo que se
sujeitará ao trabalho e recusa valores menores.
postulado, de acordo com a teoria clássica, é a curva da demanda de trabalho e
o segundo a oferta. O volume de emprego é o ponto de equilíbrio entra a
utilidade do produto marginal (ou quanto se paga por essa produtividade
marginal) e a desutilidade do emprego marginal (em aula foi explicado que é a
quantidade que o trabalhador se sujeita a receber para ter o ‘desprazer’ de
trabalhar). Nas palavras do Keynes, o trabalhador estipula o mínimo que se
sujeitará ao trabalho e recusa valores menores.
Formas de aumentar
o emprego:
o emprego:
a)
Melhorias
na organização para reduzir o desemprego friccional;
Melhorias
na organização para reduzir o desemprego friccional;
b)
“Uma
redução da desutilidade marginal do trabalho, expressa pelo salário real, para
a qual ainda existe mão-de-obra disponível, por forma a reduzir o desemprego
voluntário” (p. 36). Ou seja? Diminuir as razões que faz com que o homem possa
recusar o trabalho. Como o principal fator que o faz recusar é a
incompatibilidade do salário com o “limite mínimo”, então a solução seria
alterar o salário real para que ele fique ‘irrecusável’? Não, seria oferecer
benefícios para que o trabalhador aceite esse desprazer como creches, melhoria
nos transportes públicos e etc. pois não pode mexer no salário;
“Uma
redução da desutilidade marginal do trabalho, expressa pelo salário real, para
a qual ainda existe mão-de-obra disponível, por forma a reduzir o desemprego
voluntário” (p. 36). Ou seja? Diminuir as razões que faz com que o homem possa
recusar o trabalho. Como o principal fator que o faz recusar é a
incompatibilidade do salário com o “limite mínimo”, então a solução seria
alterar o salário real para que ele fique ‘irrecusável’? Não, seria oferecer
benefícios para que o trabalhador aceite esse desprazer como creches, melhoria
nos transportes públicos e etc. pois não pode mexer no salário;
c)
Aumento
da produtividade marginal física do trabalho;
Aumento
da produtividade marginal física do trabalho;
d)
“Uma
subida dos preços dos bens não salariais em relação aos preços dos bens
salariais, conjugada com o deslocamento das despesas dos indivíduos não
assalariados dos bens salariais para os de outras categorias” (p. 37)
“Uma
subida dos preços dos bens não salariais em relação aos preços dos bens
salariais, conjugada com o deslocamento das despesas dos indivíduos não
assalariados dos bens salariais para os de outras categorias” (p. 37)
“Esta escola
parece não ter percebido que, a não ser que a oferta de mão-de-obra seja função
apenas do salário real, a sua curva de oferta se deslocará como um todo a cada
movimento dos preços” (p. 38). Os trabalhadores não costumam abandonar o
emprego sempre que há aumento no preço dos bens salariais e nem os salários
variam tanto quanto os preços como pressupõem os clássicos.
parece não ter percebido que, a não ser que a oferta de mão-de-obra seja função
apenas do salário real, a sua curva de oferta se deslocará como um todo a cada
movimento dos preços” (p. 38). Os trabalhadores não costumam abandonar o
emprego sempre que há aumento no preço dos bens salariais e nem os salários
variam tanto quanto os preços como pressupõem os clássicos.
O fato de que o
desemprego que caracteriza um período de depressão é por conta da recusa dos
trabalhadores de receberem menos não se sustenta frente aos fatos e para
ilustrar isso Keynes usa o desemprego nos Estados Unidos em 1932. Nessa época
houve amplas variações do volume de emprego sem ter mudanças nos salários reais
mínimos exigidos pelos trabalhadores; muito menos sua produção física é menor.
desemprego que caracteriza um período de depressão é por conta da recusa dos
trabalhadores de receberem menos não se sustenta frente aos fatos e para
ilustrar isso Keynes usa o desemprego nos Estados Unidos em 1932. Nessa época
houve amplas variações do volume de emprego sem ter mudanças nos salários reais
mínimos exigidos pelos trabalhadores; muito menos sua produção física é menor.
Em casos de
variação do nível geral de salários, “quando os salários nominais sobem,
constata-se que os salários reais descem, e quando os salários nominais descem,
os salários reais sobem. Isto deve-se a que, no curto prazo, a descida dos
salários nominais e a elevação dos salários reais constituem, por motivos
diferentes, fenômenos ligados à diminuição do emprego, pois, embora o
trabalhador se mostre mais disposto a aceitar reduções de salário quando o
emprego declina, os salários reais tendem, inevitavelmente, a crescer nas
mesmas circunstâncias, em virtude do maior retorno marginal de um dado
equipamento de capital quando a produção diminui” (p. 39)
variação do nível geral de salários, “quando os salários nominais sobem,
constata-se que os salários reais descem, e quando os salários nominais descem,
os salários reais sobem. Isto deve-se a que, no curto prazo, a descida dos
salários nominais e a elevação dos salários reais constituem, por motivos
diferentes, fenômenos ligados à diminuição do emprego, pois, embora o
trabalhador se mostre mais disposto a aceitar reduções de salário quando o
emprego declina, os salários reais tendem, inevitavelmente, a crescer nas
mesmas circunstâncias, em virtude do maior retorno marginal de um dado
equipamento de capital quando a produção diminui” (p. 39)
“…habitualmente
há uma quantidade de mão-de-obra superior à atualmente empregada disponível ao
salário nominal vigente, mesmo quando se verifica uma subida do preço dos bens
salariais, e consequentemente, o salario real diminui. Se isto for verdade, os
bens salariais equivalentes ao salário nominal vigente não representam a
verdadeira medida da desutilidade marginal do trabalho e o segundo postulado
deixa de ter validade” ou seja, a afirmação de que os trabalhadores não aceitam
emprego pelo mínimo estipulado por eles é falso porque sempre haverá mão-de-obra
disponível para trabalhar por menor que seja o salário. Certo? Sim.
há uma quantidade de mão-de-obra superior à atualmente empregada disponível ao
salário nominal vigente, mesmo quando se verifica uma subida do preço dos bens
salariais, e consequentemente, o salario real diminui. Se isto for verdade, os
bens salariais equivalentes ao salário nominal vigente não representam a
verdadeira medida da desutilidade marginal do trabalho e o segundo postulado
deixa de ter validade” ou seja, a afirmação de que os trabalhadores não aceitam
emprego pelo mínimo estipulado por eles é falso porque sempre haverá mão-de-obra
disponível para trabalhar por menor que seja o salário. Certo? Sim.
Não é válido o pressuposto clássico
que diz que o nível geral de salários depende das negociações entre trabalhadores
e empregadores.
Contra esse segundo postulado, Keynes faz duas objeções: 1ª) quanto ao
comportamento dos trabalhadores – ele considera que é impossível que um
trabalhador desempregado se recuse a um emprego só porque houve redução de
salários reais; 2ª) é contestada a hipótese de que o nível geral dos salários
reais é determinado pelas negociações salariais já citadas – Keynes diz que são
“outras forças que primordialmente determinam o nível geral dos salários reais”
(p. 42).
que diz que o nível geral de salários depende das negociações entre trabalhadores
e empregadores.
Contra esse segundo postulado, Keynes faz duas objeções: 1ª) quanto ao
comportamento dos trabalhadores – ele considera que é impossível que um
trabalhador desempregado se recuse a um emprego só porque houve redução de
salários reais; 2ª) é contestada a hipótese de que o nível geral dos salários
reais é determinado pelas negociações salariais já citadas – Keynes diz que são
“outras forças que primordialmente determinam o nível geral dos salários reais”
(p. 42).
“a competição em
torno dos salários nominais afecta, primordialmente, a distribuição do salário
agregado entre os diferentes grupos de trabalhadores e não o seu montante médio
por unidade de emprego. O qual depende de um conjunto diferente de factores
variáveis” (p. 43).
torno dos salários nominais afecta, primordialmente, a distribuição do salário
agregado entre os diferentes grupos de trabalhadores e não o seu montante médio
por unidade de emprego. O qual depende de um conjunto diferente de factores
variáveis” (p. 43).
“Há desempregados
involuntários quando,
na eventualidade de uma ligeira elevação dos preços dos bens salariais
relativamente aos salários nominais, tanto a oferta agregada de mão-de-obra
disposta a trabalhar pelo salário nominal corrente como a procura agregada da
mesma ao dito salário sejam superiores ao volume de emprego existente.” (p. 44)
A ausência desse emprego involuntário denomina-se pleno emprego.
involuntários quando,
na eventualidade de uma ligeira elevação dos preços dos bens salariais
relativamente aos salários nominais, tanto a oferta agregada de mão-de-obra
disposta a trabalhar pelo salário nominal corrente como a procura agregada da
mesma ao dito salário sejam superiores ao volume de emprego existente.” (p. 44)
A ausência desse emprego involuntário denomina-se pleno emprego.
“O desemprego
aparente terá, pois, de ser o resultado de uma perda temporária de trabalho
entre dois empregos, do caráter intermitente da procura de recursos altamente
especializados, ou de uma política dos sindicatos no sentido de impedir a
contratação de mão-de-obra não sindicalizada” (p. 44)
aparente terá, pois, de ser o resultado de uma perda temporária de trabalho
entre dois empregos, do caráter intermitente da procura de recursos altamente
especializados, ou de uma política dos sindicatos no sentido de impedir a
contratação de mão-de-obra não sindicalizada” (p. 44)
“Os teóricos da
escola clássica lembram geómetras euclidianos num mundo não euclidiano que, tendo
descoberto que, na realidade, as linhas aparentemente paralelar se encontram
com muita frequência, as repreendem por não se conservarem retas como único
remédio para infelizes intersecções que se produzem” (p. 44)
escola clássica lembram geómetras euclidianos num mundo não euclidiano que, tendo
descoberto que, na realidade, as linhas aparentemente paralelar se encontram
com muita frequência, as repreendem por não se conservarem retas como único
remédio para infelizes intersecções que se produzem” (p. 44)
“Num dado estado da
organização, do equipamento e da técnica, a cada nível de salário real ganho
por uma unidade de trabalho há uma correlação unívoca (inversa) com o volume de
emprego. Portanto,
se o emprego aumentar, isso quer dizer que no curto prazo a remuneração por
unidade de trabalho, expressa em bens de consumo dos assalariados, deve, em geral,
diminuir e os lucros devem aumentar. Este é, simplesmente, o reverso da
proposição já bastante conhecida, segundo a qual a indústria trabalha
normalmente sujeita a rendimentos decrescentes a curto prazo, durante o qual se
supõe que permanecem constantes o equipamento, etc., pelo que o produto
marginal das indústrias de bens salariais (o qual determina os salários reais)
se reduz necessariamente á media que o emprego aumenta” (p. 45)
organização, do equipamento e da técnica, a cada nível de salário real ganho
por uma unidade de trabalho há uma correlação unívoca (inversa) com o volume de
emprego. Portanto,
se o emprego aumentar, isso quer dizer que no curto prazo a remuneração por
unidade de trabalho, expressa em bens de consumo dos assalariados, deve, em geral,
diminuir e os lucros devem aumentar. Este é, simplesmente, o reverso da
proposição já bastante conhecida, segundo a qual a indústria trabalha
normalmente sujeita a rendimentos decrescentes a curto prazo, durante o qual se
supõe que permanecem constantes o equipamento, etc., pelo que o produto
marginal das indústrias de bens salariais (o qual determina os salários reais)
se reduz necessariamente á media que o emprego aumenta” (p. 45)
O pensamento
contemporâneo está ainda fortemente impregnado da noção de que, se o dinheiro
não for gasto de uma forma, o será de outra – Keynes cita os primeiros
trabalhos de Marshall.
contemporâneo está ainda fortemente impregnado da noção de que, se o dinheiro
não for gasto de uma forma, o será de outra – Keynes cita os primeiros
trabalhos de Marshall.
CHICK, V. (1983)
Macroeconomia após Keynes. São Paulo: Forense, 1993
Macroeconomia após Keynes. São Paulo: Forense, 1993
“a teoria
(clássica) é que o salário real observado e o nível de emprego se ajustam tanto
ao volume demandado quanto ao volume máximo voluntariamente oferecido; na
prática, ambos os postulados são satisfatório. Se não houver mais mão-de-obra
espontaneamente oferecida por um dado salário do que o volume indicado pela
curva de oferta, a conclusão será que a teoria clássica afirma que todos os que
querem um emprego o terão – haverá pleno emprego” (p. 148)
(clássica) é que o salário real observado e o nível de emprego se ajustam tanto
ao volume demandado quanto ao volume máximo voluntariamente oferecido; na
prática, ambos os postulados são satisfatório. Se não houver mais mão-de-obra
espontaneamente oferecida por um dado salário do que o volume indicado pela
curva de oferta, a conclusão será que a teoria clássica afirma que todos os que
querem um emprego o terão – haverá pleno emprego” (p. 148)
O conceito do
emprego fictício ou friccional como estava no livro de Keynes é originado das
imperfeições do mercado de trabalho, principalmente pela imperfeição de as
vezes um trabalhador demorar para encontrar um emprego.
emprego fictício ou friccional como estava no livro de Keynes é originado das
imperfeições do mercado de trabalho, principalmente pela imperfeição de as
vezes um trabalhador demorar para encontrar um emprego.
Demanda de
mão-de-obra: “os pontos sobre a curva de demanda de mão-de-obra representam a
estratégia de maximização de lucros das empresas em cada nível possível de
salários, dada a demanda (e, por conseguinte, o preço) que esperam. (p. 149)
mão-de-obra: “os pontos sobre a curva de demanda de mão-de-obra representam a
estratégia de maximização de lucros das empresas em cada nível possível de
salários, dada a demanda (e, por conseguinte, o preço) que esperam. (p. 149)
Oferta de
mão-de-obra: indica o total máximo de horas espontaneamente dedicadas ao
trabalho em cada salário (dado o preço esperado).(p. 150)
mão-de-obra: indica o total máximo de horas espontaneamente dedicadas ao
trabalho em cada salário (dado o preço esperado).(p. 150)
A ideia de pleno
emprego é um volume singular de emprego, pode-se pensar nele a partir da curva
da oferta e demanda de mão-de-obra com conceitos clássicos. Nessa comparação, a
curva de demanda de mão de obra resulta da demanda (esperada) de produção.
“Dessa forma, ‘pleno emprego’ se associa a um nível sem par de produção assim
como a um número sem igual de horas de trabalho” (p. 150)
emprego é um volume singular de emprego, pode-se pensar nele a partir da curva
da oferta e demanda de mão-de-obra com conceitos clássicos. Nessa comparação, a
curva de demanda de mão de obra resulta da demanda (esperada) de produção.
“Dessa forma, ‘pleno emprego’ se associa a um nível sem par de produção assim
como a um número sem igual de horas de trabalho” (p. 150)
“O ponto de
inflexão da curva, se tivesse que ser determinado, seria uma medida da força
máxima de trabalho obtenível, e este valor poderia ser considerado “pleno
emprego”; ele é, de fato, o nível de satisfação pleno de emprego: nada, pelo
menos nada pecuniário, convencerá ninguém a trabalhar horas extras.” (p. 152)
inflexão da curva, se tivesse que ser determinado, seria uma medida da força
máxima de trabalho obtenível, e este valor poderia ser considerado “pleno
emprego”; ele é, de fato, o nível de satisfação pleno de emprego: nada, pelo
menos nada pecuniário, convencerá ninguém a trabalhar horas extras.” (p. 152)
Objeções de Keynes
ao segundo postulado clássico: comportamento do trabalhador e a presunção de
que a mdo está em posição de decidir o salário real.
ao segundo postulado clássico: comportamento do trabalhador e a presunção de
que a mdo está em posição de decidir o salário real.
Definição clara de
salário real: “Os preços, isto é, o
valor real do salário de alguém, só se formam depois que o contrato para trabalhar
e a ser pago, em alguma mercadoria ou dinheiro, seja feito. Além disso, o valor
real do salário para o empregador pode depender de um conjunto inteiramente
distinto de mercadorias” (p. 154)
salário real: “Os preços, isto é, o
valor real do salário de alguém, só se formam depois que o contrato para trabalhar
e a ser pago, em alguma mercadoria ou dinheiro, seja feito. Além disso, o valor
real do salário para o empregador pode depender de um conjunto inteiramente
distinto de mercadorias” (p. 154)
Previsão perfeita
para os empresários: “O procedimento é de compor estimativas no início do
período, considerando custos e compromissos de produção, e descobrindo o seu
lucro no fim. A demanda de mão-de-obra por determinado salário normal para uma
empresa que compete para maximizar seus lucros, é fornecida pelo produto
marginal do trabalho avaliado ao preço a que se espera seja vendido o produto
desse trabalho – “o produto de valor marginal” (p. 155)
para os empresários: “O procedimento é de compor estimativas no início do
período, considerando custos e compromissos de produção, e descobrindo o seu
lucro no fim. A demanda de mão-de-obra por determinado salário normal para uma
empresa que compete para maximizar seus lucros, é fornecida pelo produto
marginal do trabalho avaliado ao preço a que se espera seja vendido o produto
desse trabalho – “o produto de valor marginal” (p. 155)
O # efetivo de
empregos oferecidos se dá pela demanda efetiva, mas depende do salário. Por
isso as empresas precisam fazer uma previsão do salário. Enquanto o agregado de
empregos oferecidos não ultrapassar a oferta máxima de mão-de-obra, os salários
reais e os empregos são compatíveis com a demanda.
empregos oferecidos se dá pela demanda efetiva, mas depende do salário. Por
isso as empresas precisam fazer uma previsão do salário. Enquanto o agregado de
empregos oferecidos não ultrapassar a oferta máxima de mão-de-obra, os salários
reais e os empregos são compatíveis com a demanda.
Um mundo sem
compromissos com a força de trabalho atual e sem nenhuma relação até mesmo com
a recente história do mercado, e onde faltam os custos da pesquisa e do
treinamento e da contratação e demissão, é um mundo em que a razão do lucro
sempre garantiria que as empresas empregassem mão-de-obra pelo preço mais baixo
possível. (p. 161)
compromissos com a força de trabalho atual e sem nenhuma relação até mesmo com
a recente história do mercado, e onde faltam os custos da pesquisa e do
treinamento e da contratação e demissão, é um mundo em que a razão do lucro
sempre garantiria que as empresas empregassem mão-de-obra pelo preço mais baixo
possível. (p. 161)
ANOTAÇÕES DE AULA
Salário
real (Wr) é determinado pelo produto marginal do trabalho (PMgT), então Wr=PMgT
real (Wr) é determinado pelo produto marginal do trabalho (PMgT), então Wr=PMgT
Salário
nominal (Wn) é determinado pela Desutilidade Marginal do Trabalho (DMgT), então
Wn=DMgT
nominal (Wn) é determinado pela Desutilidade Marginal do Trabalho (DMgT), então
Wn=DMgT
Como
o salário real é uma relação entre salários nominais e preços, ou seja, Wr =
Wn/P e os preços não são influenciados pelos trabalhadores dessa economia,
então a determinação do nível de emprego não pode ser dada pelos trabalhadores,
uma vez que eles só tem capacidade de negociar os salários nominais (Wn).
o salário real é uma relação entre salários nominais e preços, ou seja, Wr =
Wn/P e os preços não são influenciados pelos trabalhadores dessa economia,
então a determinação do nível de emprego não pode ser dada pelos trabalhadores,
uma vez que eles só tem capacidade de negociar os salários nominais (Wn).
Quem
determina a função Oferta Agregada são as empresas que decidem o quanto
produzir; tendo em vista o curto prazo, devem decidir usar ou não as máquinas
levando em conta a sua capacidade
produtiva – onde está inserida a tecnologia.
determina a função Oferta Agregada são as empresas que decidem o quanto
produzir; tendo em vista o curto prazo, devem decidir usar ou não as máquinas
levando em conta a sua capacidade
produtiva – onde está inserida a tecnologia.
Capítulo 3: O Princípio da Demanda Efetiva: a visão de Keynes
CHICK – Capítulo 4
p. 69 – 72
p. 69 – 72
Produto e emprego
são determinados pelo Princípio da Demanda Efetiva. Está na operação deste
princípio que as características de uma economia de produção, organizada em
linhas capitalistas, desempenham seus papéis mais claramente; os produtores
determinam o nível do produto; portanto, o Princípio da Demanda Efetiva repousa
sobre um modelo de comportamento das empresas. (p. 69)
são determinados pelo Princípio da Demanda Efetiva. Está na operação deste
princípio que as características de uma economia de produção, organizada em
linhas capitalistas, desempenham seus papéis mais claramente; os produtores
determinam o nível do produto; portanto, o Princípio da Demanda Efetiva repousa
sobre um modelo de comportamento das empresas. (p. 69)
A determinação do
produto e do emprego se configura num problema no período de produção. O
investimento é visto, nesse contexto, como algo que foi decidido segundo
expectativas de longo prazo que são supostas como dadas para os objetivos ora
almejados.
produto e do emprego se configura num problema no período de produção. O
investimento é visto, nesse contexto, como algo que foi decidido segundo
expectativas de longo prazo que são supostas como dadas para os objetivos ora
almejados.
Está na natureza
do negócio de produção para a venda que a escolha do que e do quanto produzir,
e de quanto cobrar, deve ser feita segundo estimativas dos custos e uma
previsão da demanda.
do negócio de produção para a venda que a escolha do que e do quanto produzir,
e de quanto cobrar, deve ser feita segundo estimativas dos custos e uma
previsão da demanda.
A mera existência
de desemprego não constitui por si mesma uma razão para as empresas expandirem
ainda mais o volume do seu produto. (p. 70)
de desemprego não constitui por si mesma uma razão para as empresas expandirem
ainda mais o volume do seu produto. (p. 70)
Demanda
agregada é uma
relação que representa o volume de despesa de acordo com o nível e a atividade
econômica associada a cada nível de emprego. Ela pode se referir tanto aos
planos de gasto dos consumidores agregados quanto aos das empresas inversoras,
ou pode se referir ao agregado de estimativas de gastos que as empresas fazem
ao determinar o volume apropriado de produção. (p. 71)
agregada é uma
relação que representa o volume de despesa de acordo com o nível e a atividade
econômica associada a cada nível de emprego. Ela pode se referir tanto aos
planos de gasto dos consumidores agregados quanto aos das empresas inversoras,
ou pode se referir ao agregado de estimativas de gastos que as empresas fazem
ao determinar o volume apropriado de produção. (p. 71)
A demanda efetiva
não é uma relação – é o ponto na relação de antecipação da demanda agregada das
empresas que se “torna efetivo” pelas condições de produção da empresa. …é o
valor das vendas antecipadas Demanda efetiva é um termo infeliz, pois realmente
se refere à produção que será oferecida; em geral não há certeza de que ela
seja também demandada. (p. 72)
não é uma relação – é o ponto na relação de antecipação da demanda agregada das
empresas que se “torna efetivo” pelas condições de produção da empresa. …é o
valor das vendas antecipadas Demanda efetiva é um termo infeliz, pois realmente
se refere à produção que será oferecida; em geral não há certeza de que ela
seja também demandada. (p. 72)
Capítulo 3: O
princípio da demanda efetiva
princípio da demanda efetiva
Custo de
fatores:
montantes
pagos pelos empresários aos fatores de produção por seus serviços habituais; É
também considerado a renda dos fatores de produção;
fatores:
montantes
pagos pelos empresários aos fatores de produção por seus serviços habituais; É
também considerado a renda dos fatores de produção;
Custo de
uso: montantes que o empresário paga
a outros empresários pelo o que ele compra, “juntamente com o sacrifício que
faz utilizando o seu equipamento em vez de o deixar ocioso” Keynes diz em na
terceira nota de rodapé que esse custo depende do grau de integração da
indústria e da importância das compras que os empresários realizam entre si.
uso: montantes que o empresário paga
a outros empresários pelo o que ele compra, “juntamente com o sacrifício que
faz utilizando o seu equipamento em vez de o deixar ocioso” Keynes diz em na
terceira nota de rodapé que esse custo depende do grau de integração da
indústria e da importância das compras que os empresários realizam entre si.
Lucro ou renda do empresário é “a
diferença entre o valor da produção resultante e a soma do custo de fatores e
do custo de uso.
diferença entre o valor da produção resultante e a soma do custo de fatores e
do custo de uso.
Renda total ou renda agregada do emprego
oferecido pelo empresário é custo de fatores + lucro, é também
chamada de produto do determinado nível de emprego considerado.
oferecido pelo empresário é custo de fatores + lucro, é também
chamada de produto do determinado nível de emprego considerado.
“o preço da oferta
agregada do produção resultante de determinado volume
de emprego é o
produto esperado, que é exatamente suficiente para que os empresários
considerem vantajoso oferecer o emprego em questão” (p)
agregada do produção resultante de determinado volume
de emprego é o
produto esperado, que é exatamente suficiente para que os empresários
considerem vantajoso oferecer o emprego em questão” (p)
O volume de emprego depende do nível de receita que
os empresário esperam receber da correspondente produção. “O volume de emprego é determinado pelo ponto de interseção da função
demanda agregada e da função da oferta agregada, pois é nesse ponto que as
expectativas de lucro dos empresários serão maximizadas.” (p.)
os empresário esperam receber da correspondente produção. “O volume de emprego é determinado pelo ponto de interseção da função
demanda agregada e da função da oferta agregada, pois é nesse ponto que as
expectativas de lucro dos empresários serão maximizadas.” (p.)
“Quando o emprego
aumenta, aumenta, também, a renda real agregada. A psicologia da comunidade é tal que, quando a renda real
agregada aumenta, o consumo agregado também aumenta, porém não tanto quanto a
renda. Em consequência, os empresários sofreriam uma perda se o aumento total
do emprego se destinasse a satisfazer a maior demanda para consumo imediato.
Dessa maneira, para justificar qualquer volume de emprego, deve existir um volume de investimento suficiente para
absorver o excesso da produção total sobre o que a comunidade deseja consumir
quando o emprego se acha em determinado nível. A não ser que haja esse volume
de investimento, as receitas dos empresários serão menores que as necessidades
para induzi-los a oferecer tal volume de emprego. Dado o que chamamos de propensão a consumir da
comunidade, o nível de equilíbrio do
emprego, isto é, o nível em que nada incita os empresários em conjunto a
aumentar ou reduzir o emprego, dependerá do montante do investimento corrente.
O montante
de investimento corrente
dependerá, por sua vez, do que chamaremos de incentivo
para investir,
o qual como se verificará, depende da relação entre a escala da eficiência
marginal do capital e o complexo das taxas de juros que incidem sobre os
empréstimos de prazos e riscos diversos.” (p. )
aumenta, aumenta, também, a renda real agregada. A psicologia da comunidade é tal que, quando a renda real
agregada aumenta, o consumo agregado também aumenta, porém não tanto quanto a
renda. Em consequência, os empresários sofreriam uma perda se o aumento total
do emprego se destinasse a satisfazer a maior demanda para consumo imediato.
Dessa maneira, para justificar qualquer volume de emprego, deve existir um volume de investimento suficiente para
absorver o excesso da produção total sobre o que a comunidade deseja consumir
quando o emprego se acha em determinado nível. A não ser que haja esse volume
de investimento, as receitas dos empresários serão menores que as necessidades
para induzi-los a oferecer tal volume de emprego. Dado o que chamamos de propensão a consumir da
comunidade, o nível de equilíbrio do
emprego, isto é, o nível em que nada incita os empresários em conjunto a
aumentar ou reduzir o emprego, dependerá do montante do investimento corrente.
O montante
de investimento corrente
dependerá, por sua vez, do que chamaremos de incentivo
para investir,
o qual como se verificará, depende da relação entre a escala da eficiência
marginal do capital e o complexo das taxas de juros que incidem sobre os
empréstimos de prazos e riscos diversos.” (p. )
Proposições de
Keynes sobre a demanda efetiva:
Keynes sobre a demanda efetiva:
1)
Sob
certas condições de técnica, de recursos e de custos, a renda depende do
volume de emprego;
Sob
certas condições de técnica, de recursos e de custos, a renda depende do
volume de emprego;
2)
A
relação renda e consumo numa comunidade depende de características
psicológicas, que ele chama de propensão
a consumir. Consumo depende do montante de renda agregada.
A
relação renda e consumo numa comunidade depende de características
psicológicas, que ele chama de propensão
a consumir. Consumo depende do montante de renda agregada.
3)
Quantidade
de mão de obra empregada depende da soma do consumo que se espera da comunidade
e o montante a ser aplicado em novos investimentos. Resultado é a demanda
efetiva;
Quantidade
de mão de obra empregada depende da soma do consumo que se espera da comunidade
e o montante a ser aplicado em novos investimentos. Resultado é a demanda
efetiva;
4)
???
???
5)
“o nível de emprego de
equilíbrio depende (i) da função da oferta agregada, (ii) da propensão a consumir
e (iii) do montante de investimento. Esta é a essência da Teoria Geral do
Emprego” (p. )
“o nível de emprego de
equilíbrio depende (i) da função da oferta agregada, (ii) da propensão a consumir
e (iii) do montante de investimento. Esta é a essência da Teoria Geral do
Emprego” (p. )
6)
Cada
volume de emprego corresponde a certa produtividade marginal e isso é o que
determina o salário real.
Cada
volume de emprego corresponde a certa produtividade marginal e isso é o que
determina o salário real.
7)
Quanto
maior for o nível de emprego, maior será a diferença entre o preço da oferta
agregada da produção correspondente e a soma que os empresários esperam
recuperar com os gastos dos consumidores. Quando a propensão a consumir não
varia, o emprego não pode aumentar.
Quanto
maior for o nível de emprego, maior será a diferença entre o preço da oferta
agregada da produção correspondente e a soma que os empresários esperam
recuperar com os gastos dos consumidores. Quando a propensão a consumir não
varia, o emprego não pode aumentar.
“A propensão a
consumir e o nível do novo investimento é que determinam, conjuntamente, o
nível de emprego, e é este que, certamente, determina o nível de salários reais
– não o inverso.”
consumir e o nível do novo investimento é que determinam, conjuntamente, o
nível de emprego, e é este que, certamente, determina o nível de salários reais
– não o inverso.”
“Quanto mais rica
for a comunidade, mais tenderá a ampliar a lacuna entre a sua produção efetiva
e a potencial. (…) Não apenas a propensão marginal a consumir é mais fraca em
uma comunidade rica, como também, em virtude
de o capital acumulado já ser grande, as oportunidades para novos
investimentos são menos atrativas, a não ser que a taxa de juros desça a um
ritmo bastante rápido.”
for a comunidade, mais tenderá a ampliar a lacuna entre a sua produção efetiva
e a potencial. (…) Não apenas a propensão marginal a consumir é mais fraca em
uma comunidade rica, como também, em virtude
de o capital acumulado já ser grande, as oportunidades para novos
investimentos são menos atrativas, a não ser que a taxa de juros desça a um
ritmo bastante rápido.”
Lacunas a serem
preenchidas pela teoria: análise da propensão a consumir, definição da
eficiência marginal do capital e teoria da taxa de jutos.
preenchidas pela teoria: análise da propensão a consumir, definição da
eficiência marginal do capital e teoria da taxa de jutos.
Livro 2 – Definições
e Ideias
e Ideias
Capítulo 5: A
expectativa como elemento determinante do produto e do emprego
expectativa como elemento determinante do produto e do emprego
As
expectativas, das quais dependem as decisões da atividade econômica, dividem-se
em dois grupos:
expectativas, das quais dependem as decisões da atividade econômica, dividem-se
em dois grupos:
– expectativas de curto
prazo: relaciona-se
com o preço que um fabricante pode esperar obter pela sua produção “acabada”,
no momento em que se compromete a iniciar o processo que o produzirá,
considerando que os produtos estão acabados quando prontos para serem usados ou
vendidos a outrem; expectativas relativas ao custo da produção em diversas
escalas e expectativas relativas ao produto da venda desta produção;
prazo: relaciona-se
com o preço que um fabricante pode esperar obter pela sua produção “acabada”,
no momento em que se compromete a iniciar o processo que o produzirá,
considerando que os produtos estão acabados quando prontos para serem usados ou
vendidos a outrem; expectativas relativas ao custo da produção em diversas
escalas e expectativas relativas ao produto da venda desta produção;
– expectativas de longo
prazo: refere-se ao que o empresário
pode esperar ganhar sob a forma de rendimentos futuros, no caso de comprar
produtos acabados para os adicionar a seu equipamento de capital.
prazo: refere-se ao que o empresário
pode esperar ganhar sob a forma de rendimentos futuros, no caso de comprar
produtos acabados para os adicionar a seu equipamento de capital.
“Os resultados efetivamente realizados da fabricação e
da venda da produção só terão influência sobre o emprego à medida que
contribuam para modificar as expectativas subsequentes”
da venda da produção só terão influência sobre o emprego à medida que
contribuam para modificar as expectativas subsequentes”
“O volume de
emprego em um momento qualquer depende, em certo sentido, não apenas do estado
atual das expectativas, mas também de todos os estados de expectativa que
existiram no curso de certo período anterior”
emprego em um momento qualquer depende, em certo sentido, não apenas do estado
atual das expectativas, mas também de todos os estados de expectativa que
existiram no curso de certo período anterior”
Quando os
produtores modificam gradualmente as suas previsões, fazem-no com mais
frequência à luz dos resultados obtidos do que tendo em vista as mudanças
prováveis.
produtores modificam gradualmente as suas previsões, fazem-no com mais
frequência à luz dos resultados obtidos do que tendo em vista as mudanças
prováveis.
ANOTAÇÃO DE AULA 28/03/12
Decisões de gasto determinam a renda da economia.
Oferta agregada ligada
às condições de produção com a lógica da maximização de lucros é o que
determina a renda mínima que induz o empresário a contratar trabalhadores e
produzir.
às condições de produção com a lógica da maximização de lucros é o que
determina a renda mínima que induz o empresário a contratar trabalhadores e
produzir.
Demanda = C +
I + Gp + X – M Keynes considera só as variáveis C e I
para entender o que está por detrás das decisões de consumo e investimento.
I + Gp + X – M Keynes considera só as variáveis C e I
para entender o que está por detrás das decisões de consumo e investimento.
Para Keynes os preços são rígidos, ele desconsideram o
fundamento de que os preços precisam ser flexíveis para que o pleno emprego se
sustente como diziam os clássicos.
fundamento de que os preços precisam ser flexíveis para que o pleno emprego se
sustente como diziam os clássicos.
Expectativas de curto prazo são as expectativas em torno das
decisões de produção dos agentes que estão a decidir sobre como usar sua capacidade produtiva em vista
a realização no mercado.
decisões de produção dos agentes que estão a decidir sobre como usar sua capacidade produtiva em vista
a realização no mercado.
As expectativas de longo prazo consideram, por exemplo, a
produção de máquinas que leva em conta as prospecções e expectativas de outros
empresários.
produção de máquinas que leva em conta as prospecções e expectativas de outros
empresários.
Como a renda se relaciona com o consumo? Keynes associa
consumo estritamente à renda, portanto o consumo é dependente da renda e essa
relação ele chama de propensão a consumir. A propensão depende de fatores
objetivos e subjetivos. No curto prazo a propensão a consumir é estável porque
todos os fatores apontados por Keynes não exercem influência nesse prazo
pequeno.
consumo estritamente à renda, portanto o consumo é dependente da renda e essa
relação ele chama de propensão a consumir. A propensão depende de fatores
objetivos e subjetivos. No curto prazo a propensão a consumir é estável porque
todos os fatores apontados por Keynes não exercem influência nesse prazo
pequeno.
Capítulo 8: A Propensão a Consumir: I. Os Fatores Objetivos
“A função de
procura agregada relaciona cada nível de emprego com os proveitos que se espera
realizar com esse volume de emprego. Os proveitos são constituídos pela soma de
duas quantidades – a soma que será despendida em consumo quando o emprego se
encontra a esse nível dado e a soma que será consagrada ao investime0nto. Os
factores que determinam estas duas quantidades são bastante diferentes.” p. 107
procura agregada relaciona cada nível de emprego com os proveitos que se espera
realizar com esse volume de emprego. Os proveitos são constituídos pela soma de
duas quantidades – a soma que será despendida em consumo quando o emprego se
encontra a esse nível dado e a soma que será consagrada ao investime0nto. Os
factores que determinam estas duas quantidades são bastante diferentes.” p. 107
Keynes define a propensão a consumir como o consumo
medido em unidades de salário (Cw) em função da renda medida em unidades de
salário (Yw):
medido em unidades de salário (Cw) em função da renda medida em unidades de
salário (Yw):
Cw = X(Yw) ou
C=W.X(Yw)
C=W.X(Yw)
“O montante que a
comunidade despende com o consumo depende, evidentemente: i) em parte, do montante do seu rendimento; ii) em parte, das outras circunstâncias objectivas atinentes; e, iii) em parte, das necessidades subjectivas, propensões
psicológicas e hábitos dos
indivíduos que a compõem, bem como dos princípios que governam a repartição do
rendimento entre eles (que podem sofrer alterações com o aumento da produção).”
p. 108
comunidade despende com o consumo depende, evidentemente: i) em parte, do montante do seu rendimento; ii) em parte, das outras circunstâncias objectivas atinentes; e, iii) em parte, das necessidades subjectivas, propensões
psicológicas e hábitos dos
indivíduos que a compõem, bem como dos princípios que governam a repartição do
rendimento entre eles (que podem sofrer alterações com o aumento da produção).”
p. 108
Apesar de admitir
que esses fatores relacionam-se entre si, o autor propõe a divisão entre
fatores objetivos e subjetivos. O segundo engloba as
“características psicológicas da natureza humana e os costumes e instituições
sociais” (109) e podem até serem consideradas constantes no curto período de
tempo (“salvo em circunstâncias anormais ou revolucionárias” 109).
que esses fatores relacionam-se entre si, o autor propõe a divisão entre
fatores objetivos e subjetivos. O segundo engloba as
“características psicológicas da natureza humana e os costumes e instituições
sociais” (109) e podem até serem consideradas constantes no curto período de
tempo (“salvo em circunstâncias anormais ou revolucionárias” 109).
Já os fatores
objetivos podem ser divididos em seis:
objetivos podem ser divididos em seis:
1)
Uma variação na
unidade de salário:
“se a unidade de salário variar, os dispêndios com consumo correspondentes a
certo nível de emprego variarão na mesma proporção, assim como os preços; ainda
que, em certas circunstâncias, tenhamos de levar em conta as possíveis
consequências sobre o consumo agregado de uma mudança da repartição do
rendimento real entre os empresários e os rentiers resultante de uma variação
da unidade de salário” (109);
Uma variação na
unidade de salário:
“se a unidade de salário variar, os dispêndios com consumo correspondentes a
certo nível de emprego variarão na mesma proporção, assim como os preços; ainda
que, em certas circunstâncias, tenhamos de levar em conta as possíveis
consequências sobre o consumo agregado de uma mudança da repartição do
rendimento real entre os empresários e os rentiers resultante de uma variação
da unidade de salário” (109);
2)
Uma variação da diferença entre
rendimento e rendimento líquido: consideração feita por que o
indivíduo tem o rendimento líquido a sua disposição na hora de tomar suas
decisões;
Uma variação da diferença entre
rendimento e rendimento líquido: consideração feita por que o
indivíduo tem o rendimento líquido a sua disposição na hora de tomar suas
decisões;
3)
Variações excepcionais
imprevistas dos valores do capital não consideradas no cálculo do rendimento
líquido:
representa uma possível valorização de ativos que
faz a pessoa se ‘sentir mais rica’: “O consumo da classe proprietária de
riqueza pode ser extremamente susceptível às variações excepcionais imprevistas
do valor nominal do seu patrimônio. Este deve ser classificado entre os principais
fatores susceptíveis de originar variações de curto prazo da propensão a
consumir” (p. 110);
Variações excepcionais
imprevistas dos valores do capital não consideradas no cálculo do rendimento
líquido:
representa uma possível valorização de ativos que
faz a pessoa se ‘sentir mais rica’: “O consumo da classe proprietária de
riqueza pode ser extremamente susceptível às variações excepcionais imprevistas
do valor nominal do seu patrimônio. Este deve ser classificado entre os principais
fatores susceptíveis de originar variações de curto prazo da propensão a
consumir” (p. 110);
4)
Variações da taxa de descontos
intertemporal, isto é, da relação de troca entre os bens presentes e os bens
futuros: há
certas diferenças entre essa taxa de descontos e a taxa de juros, a principal
delas, é o fato de Keynes considerar que a primeira considera variações futuras
do poder aquisitivo da moeda; porém, ele admite que é possível aproximar um conceito do outro. Ele
ainda discute a complexidade de se admitir o reflexo das variações da taxa de
juros no consumo e diz que seria possível que houvesse uma mudança de
comportamento a longo prazo a partir de uma variação da taxa, mas ele ressalta
mais uma vez que no curto prazo essas variações não causem grandes efeitos, com
exceções. “ De todas as influências que operam através de variações na taxa de
juros sobre a disponibilidade para gastar uma parte de determinado rendimento,
talvez a mais importante seja o efeito dessas variações sobre a subida ou
descida do preço de valores mobiliários
e de outros ativos. Se um indivíduo beneficiado por um aumento excepcional
do valor do seu capital, é natural que se fortaleçam as suas motivações para
gastar no período corrente (ainda que em termos de rendimento o valor do seu
capital não tenha aumentado), ao passo que, se estiver a sofrer perdas de
capital, as suas motivações para gastar enfraquecerão” (p. 111);
Variações da taxa de descontos
intertemporal, isto é, da relação de troca entre os bens presentes e os bens
futuros: há
certas diferenças entre essa taxa de descontos e a taxa de juros, a principal
delas, é o fato de Keynes considerar que a primeira considera variações futuras
do poder aquisitivo da moeda; porém, ele admite que é possível aproximar um conceito do outro. Ele
ainda discute a complexidade de se admitir o reflexo das variações da taxa de
juros no consumo e diz que seria possível que houvesse uma mudança de
comportamento a longo prazo a partir de uma variação da taxa, mas ele ressalta
mais uma vez que no curto prazo essas variações não causem grandes efeitos, com
exceções. “ De todas as influências que operam através de variações na taxa de
juros sobre a disponibilidade para gastar uma parte de determinado rendimento,
talvez a mais importante seja o efeito dessas variações sobre a subida ou
descida do preço de valores mobiliários
e de outros ativos. Se um indivíduo beneficiado por um aumento excepcional
do valor do seu capital, é natural que se fortaleçam as suas motivações para
gastar no período corrente (ainda que em termos de rendimento o valor do seu
capital não tenha aumentado), ao passo que, se estiver a sofrer perdas de
capital, as suas motivações para gastar enfraquecerão” (p. 111);
5)
Variações da política
orçamental: a
política orçamentária do governo afeta a propensão a consumir tanto quanto a
taxa de juros. “Se a política fiscal for utilizada como um instrumento
deliberado para promover uma maior igualdade na distribuição dos rendimentos o
seu efeito sobre o aumento da propensão a consumir será, naturalmente, ainda
maior.” (112);
Variações da política
orçamental: a
política orçamentária do governo afeta a propensão a consumir tanto quanto a
taxa de juros. “Se a política fiscal for utilizada como um instrumento
deliberado para promover uma maior igualdade na distribuição dos rendimentos o
seu efeito sobre o aumento da propensão a consumir será, naturalmente, ainda
maior.” (112);
6)
Modificações das expectativas
acerca da relação entre os níveis presentes e futuros do rendimento;
Modificações das expectativas
acerca da relação entre os níveis presentes e futuros do rendimento;
O
que Keynes conclui com todos esses fatores se resume na existência de uma “lei psicológica
fundamental” que
diz que “os
homens estão dispostos a aumentar o seu consumo quando o seu rendimento cresce,
embora não no mesmo grau em que aumenta o seu rendimento” (p. 113), ou seja, as variações
de Cw e Yw terão sempre o mesmo sinal, mas ΔCw é sempre menor que a ΔYw.
Por isso ocorrer, Keynes considera que a poupança deve crescer, uma vez que nem
toda renda acrescida será consumida. Ocorre também variações de iguais valores,
mas proporções diferentes entre a poupança e a renda medida em salários.
que Keynes conclui com todos esses fatores se resume na existência de uma “lei psicológica
fundamental” que
diz que “os
homens estão dispostos a aumentar o seu consumo quando o seu rendimento cresce,
embora não no mesmo grau em que aumenta o seu rendimento” (p. 113), ou seja, as variações
de Cw e Yw terão sempre o mesmo sinal, mas ΔCw é sempre menor que a ΔYw.
Por isso ocorrer, Keynes considera que a poupança deve crescer, uma vez que nem
toda renda acrescida será consumida. Ocorre também variações de iguais valores,
mas proporções diferentes entre a poupança e a renda medida em salários.
Por
outro lado, caso ocorra uma diminuição do rendimento muito acentuada, o consumo
poderá exceder o rendimento. Para esta afirmação Keynes considera o fato de o
trabalhador poder receber ajuda financeira do governo ou então pelo simples
fato de ele passar a gastar suas reservas financeiras em momentos adequados.
outro lado, caso ocorra uma diminuição do rendimento muito acentuada, o consumo
poderá exceder o rendimento. Para esta afirmação Keynes considera o fato de o
trabalhador poder receber ajuda financeira do governo ou então pelo simples
fato de ele passar a gastar suas reservas financeiras em momentos adequados.
Com
toda essa análise dos fatores e suas influências na propensão a consumir,
Keynes mostra que “o emprego só pode aumentar pari
passu com um aumento do investimento” (p. 115), já que ficou comprovado o fato de aumentos de
renda não serem totalmente acompanhados com aumentos excepcionais de consumo,
eles sé se ajustam.
toda essa análise dos fatores e suas influências na propensão a consumir,
Keynes mostra que “o emprego só pode aumentar pari
passu com um aumento do investimento” (p. 115), já que ficou comprovado o fato de aumentos de
renda não serem totalmente acompanhados com aumentos excepcionais de consumo,
eles sé se ajustam.
Keynes
faz uma ressalta importante sobre o rendimento líquido. Seguindo ele – e
relembrando que o consumo é em função do “rendimento líquido, isto é, do
investimento líquido (pois o rendimento líquido é igual ao consumo mais o
investimento líquido)” (p. 115) – há perigos quando a provisão financeira não é
gasta ou se destine a manutenção e amortização de equipamentos. O autor faz uma
explicação grande sobre os efeitos que o aumento nas amortizações e
depreciações causam na economia quando essa provisão não fica disponível nem
para o consumo muito menos para os investimentos. Sem a contrapartida de um investimento
novo essa precaução pode se refletir na geração de emprego. Ele cita exemplos
dos Estados Unidos até 1929 e na Grã Bretanha até 1935.
faz uma ressalta importante sobre o rendimento líquido. Seguindo ele – e
relembrando que o consumo é em função do “rendimento líquido, isto é, do
investimento líquido (pois o rendimento líquido é igual ao consumo mais o
investimento líquido)” (p. 115) – há perigos quando a provisão financeira não é
gasta ou se destine a manutenção e amortização de equipamentos. O autor faz uma
explicação grande sobre os efeitos que o aumento nas amortizações e
depreciações causam na economia quando essa provisão não fica disponível nem
para o consumo muito menos para os investimentos. Sem a contrapartida de um investimento
novo essa precaução pode se refletir na geração de emprego. Ele cita exemplos
dos Estados Unidos até 1929 e na Grã Bretanha até 1935.
Outros
exemplos de fatores que contribuem para uma baixa propensão a consumir são
citados por DILLARD: “grandes magnitudes do seguro de vida e do seguro social e
a prudência financeira das sociedades anônimas com relação ao pagamento de
dividendos e descontos de depreciação” (p. 77). O autor prossegue: “O ônus que
pesa sobre o investimento para a manutenção de altos níveis de emprego cresce à
medida que se restringe o consumo” (p. 78).
exemplos de fatores que contribuem para uma baixa propensão a consumir são
citados por DILLARD: “grandes magnitudes do seguro de vida e do seguro social e
a prudência financeira das sociedades anônimas com relação ao pagamento de
dividendos e descontos de depreciação” (p. 77). O autor prossegue: “O ônus que
pesa sobre o investimento para a manutenção de altos níveis de emprego cresce à
medida que se restringe o consumo” (p. 78).
“O
consumo – repetindo o óbvio – é o único fim e objeto da atividade econômica. As
oportunidades de emprego estão necessariamente limitadas pela extensão da
procura agregada. A procura agregada só pode ser derivada do consumo presente
ou das provisões presentes para o consumo futuro. O consumo a que podemos
prover vantajosamente com antecedência não pode ser indefinidamente adiado.
(…) E mais: quanto maior for a provisão antecipada para o consumo, maior será
a dificuldade de encontrar novas necessidades para prover, e maior a nossa
dependência do consumo presente como fonte de procura” (p. 120).
consumo – repetindo o óbvio – é o único fim e objeto da atividade econômica. As
oportunidades de emprego estão necessariamente limitadas pela extensão da
procura agregada. A procura agregada só pode ser derivada do consumo presente
ou das provisões presentes para o consumo futuro. O consumo a que podemos
prover vantajosamente com antecedência não pode ser indefinidamente adiado.
(…) E mais: quanto maior for a provisão antecipada para o consumo, maior será
a dificuldade de encontrar novas necessidades para prover, e maior a nossa
dependência do consumo presente como fonte de procura” (p. 120).
Capítulo 9: A Propensão a Consumir: II. Os fatores subjetivos
Keynes aponta oito
fatores que levam os indivíduos a absterem-se de gastar o rendimento:
fatores que levam os indivíduos a absterem-se de gastar o rendimento:
i)
Precaução: Fazer reserva para
imprevistos;
Precaução: Fazer reserva para
imprevistos;
ii)
Previdência: Precaver necessidades futuras do
indivíduo ou da família;
Previdência: Precaver necessidades futuras do
indivíduo ou da família;
iii)
Cálculo: Pensar no juros e apreciação
para preferir um consumo futuro ao presente;
Cálculo: Pensar no juros e apreciação
para preferir um consumo futuro ao presente;
iv)
Melhoria: Gasto gradualmente crescente;
Melhoria: Gasto gradualmente crescente;
v)
Independência: “Desfrutar de uma sensação de
independência ou do poder de fazer coisas, mesmo sem uma ideia clara ou uma
intenção precisa de ação específica” (p. 123);
Independência: “Desfrutar de uma sensação de
independência ou do poder de fazer coisas, mesmo sem uma ideia clara ou uma
intenção precisa de ação específica” (p. 123);
vi)
Iniciativa: Garantir dinheiro para projetos
especulativos;
Iniciativa: Garantir dinheiro para projetos
especulativos;
vii)
Orgulho: Legar uma fortuna;
Orgulho: Legar uma fortuna;
viii) Avareza;
Ao contrário,
Keynes elege cinco motivos para consumir: “prazer, imprevidência, generosidade,
irreflexão, ostentação e extravagância” (p. 124). Poupanças de governos,
empresas comerciais e instituições também podem animar indivíduos por quatro
motivos:
Keynes elege cinco motivos para consumir: “prazer, imprevidência, generosidade,
irreflexão, ostentação e extravagância” (p. 124). Poupanças de governos,
empresas comerciais e instituições também podem animar indivíduos por quatro
motivos:
i)
A motivação da empresa: recursos para novos
investimentos de capital;
A motivação da empresa: recursos para novos
investimentos de capital;
ii)
A motivação da liquidez: garantir recursos por
precaução;
A motivação da liquidez: garantir recursos por
precaução;
iii)
A
motivação do melhoramento: assegurar aumento de rendimentos;
A
motivação do melhoramento: assegurar aumento de rendimentos;
iv)
A motivação da prudência
financeira:
constituir uma reserva financeira que exceda o custo de uso para amortizar num
ritmo maior que o de desgate dos equipamentos;
A motivação da prudência
financeira:
constituir uma reserva financeira que exceda o custo de uso para amortizar num
ritmo maior que o de desgate dos equipamentos;
“A força de todas
estas motivações varia enormemente em função das instituições e da organização
da sociedade econômica que pressupomos” (p. 125)
estas motivações varia enormemente em função das instituições e da organização
da sociedade econômica que pressupomos” (p. 125)
DILLARD, cap 5, pp 71-78
Capítulo V: A propensão a consumir e o multiplicador do
investimento
investimento
“O objetivo último
da teoria de Keynes é explicar o que determina o volume de emprego. O ponto de
partida é o princípio da procura efetiva, que afirma que o emprego depende da
soma dos gastos com o consumo e dos gastos com o investimento. O consumo
depende do volume do rendimento líquido dos consumidores e da propensão a
consumir, e o investimento depende da eficácia marginal do capital tomada
juntamente com a taxa de juros” (DILLARD, p. 71)
da teoria de Keynes é explicar o que determina o volume de emprego. O ponto de
partida é o princípio da procura efetiva, que afirma que o emprego depende da
soma dos gastos com o consumo e dos gastos com o investimento. O consumo
depende do volume do rendimento líquido dos consumidores e da propensão a
consumir, e o investimento depende da eficácia marginal do capital tomada
juntamente com a taxa de juros” (DILLARD, p. 71)
“O princípio
fundamental de Keynes de que o consumo cresce menos que o rendimento, quando
este cresce, significa que a relação entre o acréscimo de consumo e o acréscimo
de rendimento é sempre menos que um, isto é, ΔY é sempre maior que ΔC. (…) A propensão marginal a consumir não só será menor que a
propensão média a consumir em qualquer ponto dado, mas também provavelmente
descerá à medida que a renda se eleve, porque uma comunidade tenderá a consumir
uma porcentagem menor de cada aditamento à sua renda” (p.
72-73)
fundamental de Keynes de que o consumo cresce menos que o rendimento, quando
este cresce, significa que a relação entre o acréscimo de consumo e o acréscimo
de rendimento é sempre menos que um, isto é, ΔY é sempre maior que ΔC. (…) A propensão marginal a consumir não só será menor que a
propensão média a consumir em qualquer ponto dado, mas também provavelmente
descerá à medida que a renda se eleve, porque uma comunidade tenderá a consumir
uma porcentagem menor de cada aditamento à sua renda” (p.
72-73)
“A grande
importância prática do multiplicador surge em relação com a preconização por
Keynes do investimento público e outras formas de gasto estatal como fonte de
procura efetiva em períodos em que a empresa privada não proporciona suficiente
investimento para promover o emprego total da mão de obra e outros fatores de
produção” (Dillard, p. 72)
importância prática do multiplicador surge em relação com a preconização por
Keynes do investimento público e outras formas de gasto estatal como fonte de
procura efetiva em períodos em que a empresa privada não proporciona suficiente
investimento para promover o emprego total da mão de obra e outros fatores de
produção” (Dillard, p. 72)
CHICK, cap 6, p. 111-28
“Os produtores de bens de capital estão antes
na posição de tentar adivinhar as expectativas de longo prazo de seus clientes,
para formar as suas próprias expectativas de curto prazo; a experiência recente
pode não ser um bom guia” (p. 111) – não são um bom guia principalmente porque
as expectativas dos empresários, clientes dos produtores de bens de K, podem se
frustrar depois do período considerado na primeira decisão de investir. O
volume de emprego pode diminuir ao invés de aumentar junto do incremento da
produção e isso levará a um efeito negativo nos bens de K.
na posição de tentar adivinhar as expectativas de longo prazo de seus clientes,
para formar as suas próprias expectativas de curto prazo; a experiência recente
pode não ser um bom guia” (p. 111) – não são um bom guia principalmente porque
as expectativas dos empresários, clientes dos produtores de bens de K, podem se
frustrar depois do período considerado na primeira decisão de investir. O
volume de emprego pode diminuir ao invés de aumentar junto do incremento da
produção e isso levará a um efeito negativo nos bens de K.
“A estrutura de
Keynes se opõe à perspectiva dos clássicos ao dizer que, na verdade, a renda
fornece os meios, mas o desejo de gastas deve também estar presente: a demanda
é composta de preferências (ou propensões), assim como uma restrição
orçamentária – e a propensão a consumir não cresce pari passu com a capacidade
de consumir. Isto é suficiente para liquidar “os clássicos”” (p. 121)
Keynes se opõe à perspectiva dos clássicos ao dizer que, na verdade, a renda
fornece os meios, mas o desejo de gastas deve também estar presente: a demanda
é composta de preferências (ou propensões), assim como uma restrição
orçamentária – e a propensão a consumir não cresce pari passu com a capacidade
de consumir. Isto é suficiente para liquidar “os clássicos”” (p. 121)
Capítulo 10: A Propensão Marginal a Consumir e o Multiplicador.
Depois de provar
que o nível de emprego só pode aumentar com o investimento, Keynes avança na
teoria e mostra o multiplicador que “estabelece uma relação
precisa entre o emprego e o rendimento agregados e o fluxo de investimento” (p.
128).
que o nível de emprego só pode aumentar com o investimento, Keynes avança na
teoria e mostra o multiplicador que “estabelece uma relação
precisa entre o emprego e o rendimento agregados e o fluxo de investimento” (p.
128).
O conceito de
multiplicador foi proposto em 1931 por R.F. Kahn que disse que “se, em várias
circunstâncias, a propensão a consumir (bem como algumas outras condições) for
dada, e se supusermos que a autoridade monetária ou outra autoridade pública
tomam medidas para estimular ou retardar o investimento, a variação do volume
de emprego será a função da variação líquida do montante do investimento” (p.
128)
multiplicador foi proposto em 1931 por R.F. Kahn que disse que “se, em várias
circunstâncias, a propensão a consumir (bem como algumas outras condições) for
dada, e se supusermos que a autoridade monetária ou outra autoridade pública
tomam medidas para estimular ou retardar o investimento, a variação do volume
de emprego será a função da variação líquida do montante do investimento” (p.
128)
O rendimento real aumenta de acordo com o volume de emprego
utilizado na produção. Sendo assim, Keynes reconsidera a lei psicológica normal
e define como propensão marginal a consumir como
a variação do consumo medido em unidades de salário (Cw) sobre a
renda, na mesma medida (Yw): dCw/dYw. “Esta
quantidade assume considerável importância por nos dizer de que maneira o
próximo incremento da produção se repartirá entre o consumo e o investimento.”
(p. 129)
utilizado na produção. Sendo assim, Keynes reconsidera a lei psicológica normal
e define como propensão marginal a consumir como
a variação do consumo medido em unidades de salário (Cw) sobre a
renda, na mesma medida (Yw): dCw/dYw. “Esta
quantidade assume considerável importância por nos dizer de que maneira o
próximo incremento da produção se repartirá entre o consumo e o investimento.”
(p. 129)
ΔYw = ΔCw + ΔIw =>
ΔYw = kΔIw em que I – (I/k)
ΔYw = kΔIw em que I – (I/k)
k = multiplicador
de investimento: “Ele indica-nos que, quando há
um acréscimo no investimento agregado, o rendimento se eleva num montante igual
a k vezes o acrescimento de
investimento” (p. 130)
de investimento: “Ele indica-nos que, quando há
um acréscimo no investimento agregado, o rendimento se eleva num montante igual
a k vezes o acrescimento de
investimento” (p. 130)
“Um incremento do investimento medido
em unidades de salário só pode ocorrer se o público estiver disposto a aumentar
a sua poupança medida nas mesmas unidades” (p. 131)
em unidades de salário só pode ocorrer se o público estiver disposto a aumentar
a sua poupança medida nas mesmas unidades” (p. 131)
“O multiplicador diz em que proporção
terá de aumentar o emprego para provocar um acréscimo no rendimento real
suficiente para induzir o público a realizar uma poupança
adicional, e é função das suas propensões psicológicas” (p.
132)
terá de aumentar o emprego para provocar um acréscimo no rendimento real
suficiente para induzir o público a realizar uma poupança
adicional, e é função das suas propensões psicológicas” (p.
132)
Fatores que poderão fazer variar a
propensão marginal a consumir:
propensão marginal a consumir:
I) “por efeito dos rendimentos
decrescentes, o aumento do emprego tende, no curto prazo, a aumentar a
proporção do rendimento agregado destinada aos empresários, cuja propensão
marginal a consumir é, provavelmente, inferior à média para o conjunto da
comunidade” (p. 134)
decrescentes, o aumento do emprego tende, no curto prazo, a aumentar a
proporção do rendimento agregado destinada aos empresários, cuja propensão
marginal a consumir é, provavelmente, inferior à média para o conjunto da
comunidade” (p. 134)
II)
“o desemprego tende geralmente a andar associado a uma poupança negativa em
certos sectores privados ou públicos, porque os desempregados podem estar a
vier quer das suas economias pessoais quer das dos amigos, ou ainda do auxílio
público parcialmente financiado por empréstimos” (p. 134)
“o desemprego tende geralmente a andar associado a uma poupança negativa em
certos sectores privados ou públicos, porque os desempregados podem estar a
vier quer das suas economias pessoais quer das dos amigos, ou ainda do auxílio
público parcialmente financiado por empréstimos” (p. 134)
III) Outro ponto que Keynes cita antes
dessas duas considerações é o fato de o que quando o emprego aumenta, quando o
rendimento real cresce a quantidade da renda consumida diminui;
dessas duas considerações é o fato de o que quando o emprego aumenta, quando o
rendimento real cresce a quantidade da renda consumida diminui;
“Quando existe desemprego involuntário,
a desutilidade marginal do trabalho é, necessariamente, inferior à utilidade do
produto marginal” (p. 141)
a desutilidade marginal do trabalho é, necessariamente, inferior à utilidade do
produto marginal” (p. 141)
“Se o Tesouro se pudesse a encher
garrafas usadas com notas de banco, as enterrasse a uma profundidade adequada
em minas de carvão abandonadas que fossem cobertas com lixos urbanos e deixasse
à iniciativa privada, de acordo com os bem experimentados princípios do laissez-faire, a tarefa de desenterrar
novamente as notas (sendo que, claro, o direito de o fazer ficaria sujeito à
obtenção de concessões sobre o terreno onde estão enterradas), o desemprego
poderia desaparecer e, por efeito das repercussões do processo, é provável que
o rendimento real da comunidade, bem como sua riqueza em capital, fossem
sensivelmente mais altas do que, na realidade, o são. Claro está que seria mais
ajuizado construir casas ou algo semelhante; mas se a isto se opõem
dificuldades políticas e práticas, o recurso citado não deixa de ser preferível
a nada.” (p. 142) – essa citação mostra a máxima da ideologia de Keynes que o
Estado deve abrir buracos e depois tapá-los para movimentar a economia?
garrafas usadas com notas de banco, as enterrasse a uma profundidade adequada
em minas de carvão abandonadas que fossem cobertas com lixos urbanos e deixasse
à iniciativa privada, de acordo com os bem experimentados princípios do laissez-faire, a tarefa de desenterrar
novamente as notas (sendo que, claro, o direito de o fazer ficaria sujeito à
obtenção de concessões sobre o terreno onde estão enterradas), o desemprego
poderia desaparecer e, por efeito das repercussões do processo, é provável que
o rendimento real da comunidade, bem como sua riqueza em capital, fossem
sensivelmente mais altas do que, na realidade, o são. Claro está que seria mais
ajuizado construir casas ou algo semelhante; mas se a isto se opõem
dificuldades políticas e práticas, o recurso citado não deixa de ser preferível
a nada.” (p. 142) – essa citação mostra a máxima da ideologia de Keynes que o
Estado deve abrir buracos e depois tapá-los para movimentar a economia?
O efeito do multiplicador vai perdendo
força porque o aumento do consumo não tem a mesma proporção do aumento da
renda.
força porque o aumento do consumo não tem a mesma proporção do aumento da
renda.
Livro IV: O incentivo para investir
Capítulo 11: A Eficiência Marginal do Capital
Quando
alguém adquire um bem, adquire o direito sobre a série de rendimentos
prospectivos (expectativa) que espera obter
com a venda da produção. Esses rendimentos consideram o preço
de oferta do bem de capital (preço corrente) que
é o preço suficiente para induzir um empresário a produzir uma nova unidade
suplementar desse capital, o que chama-se de custo de reposição; A relação entre esses dois fatores (rendimentos
prospectivos e preço de oferta) resulta na EMgK.
“Mais precisamente, defino a eficiência marginal do capital como sendo a taxa
de desconto que faria com que o valor presente da série de anuidades dadas
pelos rendimentos esperados desse capital durante toda sua existência fosse
exatamente igual ao seu preço de oferta” (p. 147) A mais elevada das
eficiências é considerada a “EMgK geral”.
alguém adquire um bem, adquire o direito sobre a série de rendimentos
prospectivos (expectativa) que espera obter
com a venda da produção. Esses rendimentos consideram o preço
de oferta do bem de capital (preço corrente) que
é o preço suficiente para induzir um empresário a produzir uma nova unidade
suplementar desse capital, o que chama-se de custo de reposição; A relação entre esses dois fatores (rendimentos
prospectivos e preço de oferta) resulta na EMgK.
“Mais precisamente, defino a eficiência marginal do capital como sendo a taxa
de desconto que faria com que o valor presente da série de anuidades dadas
pelos rendimentos esperados desse capital durante toda sua existência fosse
exatamente igual ao seu preço de oferta” (p. 147) A mais elevada das
eficiências é considerada a “EMgK geral”.
¿Os setores de bem de K
consideram os rendimentos prospectivos dos empresários usuários de suas
máquinas para estipular o preço do bem? Sim.
consideram os rendimentos prospectivos dos empresários usuários de suas
máquinas para estipular o preço do bem? Sim.
Quando há muitos investimentos num
mesmo setor, EMgK tende a diminuir porque a oferta nesse setor aumenta muito
diminuindo a expectativa de rendimento e também porque a pressão da demanda
pelos bens de K desse setor faz com que aumente o seu preço.
mesmo setor, EMgK tende a diminuir porque a oferta nesse setor aumenta muito
diminuindo a expectativa de rendimento e também porque a pressão da demanda
pelos bens de K desse setor faz com que aumente o seu preço.
Como cada tipo de capital tem sua EMgK,
o agregado de todas essas curvas de modo que se relacione a taxa de
investimento agregado com a correspondente EMgK resulta na curva
da EMgK. A tendência é que o fluxo de
investimento aumente até que EMgK=i. “Por outras palavras, o investimento vai
variar até àquele ponto da curva de procura de investimento em que a eficiência
marginal do capital em geral é igual à taxa de juro do mercado” (p. 148). Sendo assim, só há investimento quando EMgK
> i !
o agregado de todas essas curvas de modo que se relacione a taxa de
investimento agregado com a correspondente EMgK resulta na curva
da EMgK. A tendência é que o fluxo de
investimento aumente até que EMgK=i. “Por outras palavras, o investimento vai
variar até àquele ponto da curva de procura de investimento em que a eficiência
marginal do capital em geral é igual à taxa de juro do mercado” (p. 148). Sendo assim, só há investimento quando EMgK
> i !
“A
expectativa de uma baixa no valor da moeda estimula o investimento e,
consequentemente, o emprego em geral, porque eleva a curva de eficiência
marginal do capital, isto é, a curva da procura de investimentos; em
contrapartida, a expectativa de uma subida do valor da moeda produz um efeito
depressivo, porque faz descer a curva da eficiência marginal do capital” (p.
152-3)
expectativa de uma baixa no valor da moeda estimula o investimento e,
consequentemente, o emprego em geral, porque eleva a curva de eficiência
marginal do capital, isto é, a curva da procura de investimentos; em
contrapartida, a expectativa de uma subida do valor da moeda produz um efeito
depressivo, porque faz descer a curva da eficiência marginal do capital” (p.
152-3)
“A expectativa da elevação dos preços
tem um efeito estimulante não porque faça subir a taxa de juros (…), mas
porque eleva a eficiência marginal de determinado volume de capital.” (p. 153)
tem um efeito estimulante não porque faça subir a taxa de juros (…), mas
porque eleva a eficiência marginal de determinado volume de capital.” (p. 153)
“Convém notar que a expectativa de uma
queda futura na taxa de juro terá por efeito fazer baixar a curva da eficiência marginal do capital, pois significa
que a produção resultante do equipamento produzido hoje terá de competir,
durante parte da sua vida, com a produção proveniente de equipamentos a que
bastará uma retribuição menor” (p. 154)
queda futura na taxa de juro terá por efeito fazer baixar a curva da eficiência marginal do capital, pois significa
que a produção resultante do equipamento produzido hoje terá de competir,
durante parte da sua vida, com a produção proveniente de equipamentos a que
bastará uma retribuição menor” (p. 154)
Riscos que afetam o volume do
investimento:
investimento:
i)
“Risco
do empresário ou mutuário e surge das dúvidas
que o mesmo tem quanto à probabilidade de obter efetivamente a retribuição
prospectiva que espera. Quando alguém arrisca o próprio dinheiro, esse é o
único risco que é pertinente.” (p. 154);
“Risco
do empresário ou mutuário e surge das dúvidas
que o mesmo tem quanto à probabilidade de obter efetivamente a retribuição
prospectiva que espera. Quando alguém arrisca o próprio dinheiro, esse é o
único risco que é pertinente.” (p. 154);
ii)
Risco do mutuante:
“Este pode dever-se ou a um risco moral, isto é, um inadimplemento voluntário
ou qualquer outro meio, eventualmente lícito, de fugir do cumprimento da
obrigação, ou à possível insuficiência da margem de segurança, isto é, um não
cumprimento involuntário causado por uma expectativa malograda.” (p. 155)
Risco do mutuante:
“Este pode dever-se ou a um risco moral, isto é, um inadimplemento voluntário
ou qualquer outro meio, eventualmente lícito, de fugir do cumprimento da
obrigação, ou à possível insuficiência da margem de segurança, isto é, um não
cumprimento involuntário causado por uma expectativa malograda.” (p. 155)
iii)
Variação desfavorável do valor do padrão
monetário que, dado o grau de depreciação, torne o empréstimo em
dinheiro menos seguro do que um ativo real – mas esse risco deve ser previsto e
absorvido antes;
Variação desfavorável do valor do padrão
monetário que, dado o grau de depreciação, torne o empréstimo em
dinheiro menos seguro do que um ativo real – mas esse risco deve ser previsto e
absorvido antes;
ANOTAÇÃO DE AULA – 4/4/12
A decisão de investimento passa por
um custo de investimento, que é o que Keynes chama de preço de oferta de bens
de capital. O capitalista precisa avaliar, a valores reais, se o investimento
compensará comparando a taxa de rentabilidade esperada desse investimento, que
é a Eficiência Marginal do Capital (EMgK), com a taxa de juros (i) que é a
rentabilidade esperada de uma outra aplicação não produtiva.
um custo de investimento, que é o que Keynes chama de preço de oferta de bens
de capital. O capitalista precisa avaliar, a valores reais, se o investimento
compensará comparando a taxa de rentabilidade esperada desse investimento, que
é a Eficiência Marginal do Capital (EMgK), com a taxa de juros (i) que é a
rentabilidade esperada de uma outra aplicação não produtiva.
(Relação de Causalidade:) Aumentos do investimento fazem a
EMgK cair, por conta da concorrência. Quando se pensa no fluxo de renda
esperado é preciso considerar a concorrência existente que irá afertar o fluxo
de renda esperado, portanto tem um efeito a longo prazo que é a queda da EMgK.
No curto prazo o aumento do investimento gera aumento no preço de oferta do bem
de K.
EMgK cair, por conta da concorrência. Quando se pensa no fluxo de renda
esperado é preciso considerar a concorrência existente que irá afertar o fluxo
de renda esperado, portanto tem um efeito a longo prazo que é a queda da EMgK.
No curto prazo o aumento do investimento gera aumento no preço de oferta do bem
de K.
(RC) Caso a taxa de juros caia, o investimento será adiado porque
os próximos investidores terão uma rentabilidade mais baixa e consequentemente
oferecerão produtos a preços menores.
os próximos investidores terão uma rentabilidade mais baixa e consequentemente
oferecerão produtos a preços menores.
Capítulo 12: O Estado da
Expectativa a Longo Prazo
Expectativa a Longo Prazo
O capítulo examina quais são os fatores que determinam os
rendimentos prospectivos de um ativo. As expectativas de rendimentos se baseiam
em fatos existente (estoque acumulado e procura atual, p.e.) e fatos futuros
que podem ser previstos com um certo grau de confiança (futuras variações dos
estoques e das preferências dos consumidores, intensidade produtiva do
investimento e as variações do salário, p.e.). O estado da perspectiva
psicológica do segundo fator é o que Keynes chama de estado
da expectativa a longo prazo.
rendimentos prospectivos de um ativo. As expectativas de rendimentos se baseiam
em fatos existente (estoque acumulado e procura atual, p.e.) e fatos futuros
que podem ser previstos com um certo grau de confiança (futuras variações dos
estoques e das preferências dos consumidores, intensidade produtiva do
investimento e as variações do salário, p.e.). O estado da perspectiva
psicológica do segundo fator é o que Keynes chama de estado
da expectativa a longo prazo.
“o nosso método habitual consiste em tomar a situação actual
e projectá-la para no futuro, modificando-a apenas na medida em que tenhamos
razões mais ou menos precisas para esperarmos uma alteração” (p. 158)
e projectá-la para no futuro, modificando-a apenas na medida em que tenhamos
razões mais ou menos precisas para esperarmos uma alteração” (p. 158)
O estado da expectativa a longo prazo depende também da confiança com que
é feita o prognóstico, ou seja, “da maior ou menor convicção com que encaramos
a eventualidade de o nosso melhor prognóstico se revelar rendondamente falso”
(p. 158) – também chamado de estado de confiança. Sua
importância está no fato de que ele afeta a curva da EMgK.
é feita o prognóstico, ou seja, “da maior ou menor convicção com que encaramos
a eventualidade de o nosso melhor prognóstico se revelar rendondamente falso”
(p. 158) – também chamado de estado de confiança. Sua
importância está no fato de que ele afeta a curva da EMgK.
Convenção: “A essência desta
convenção (…) reside em pressupor que o estado de coisas existentes
continuará por tempo indefinido, a não ser que tenhamos razões específicas para
esperar uma mudança” (p. 161)
convenção (…) reside em pressupor que o estado de coisas existentes
continuará por tempo indefinido, a não ser que tenhamos razões específicas para
esperar uma mudança” (p. 161)
Fatores que agravam a precariedade da convenção:
i)
O controle do investimento nas mãos de quem não
têm conhecimento especial pode contribuir para uma queda da confiança na
convenção;
O controle do investimento nas mãos de quem não
têm conhecimento especial pode contribuir para uma queda da confiança na
convenção;
ii)
Flutuações cotidianas dos lucros dos
investimentos existentes por conta de sazonalidades ou eventos especiais;
Flutuações cotidianas dos lucros dos
investimentos existentes por conta de sazonalidades ou eventos especiais;
iii)
É preciso estabilidade para as convenções, sendo
assim uma convenção baseada numa massa de ignorantes pode ser prejudicial;
É preciso estabilidade para as convenções, sendo
assim uma convenção baseada numa massa de ignorantes pode ser prejudicial;
iv)
Investimentos feitos por profissionais que
antecipam “o que a opinião geral espera que seja a opinião geral” (p. 165).
Investimentos feitos por profissionais que
antecipam “o que a opinião geral espera que seja a opinião geral” (p. 165).
v)
Grau de de confiança que as instituições de
crédito concedem às pessoas que lhes pedem empréstimos, também chamado de grau de crédito.
Grau de de confiança que as instituições de
crédito concedem às pessoas que lhes pedem empréstimos, também chamado de grau de crédito.
Especulação é a “atividade que
consiste em prever a psicologia do mercado” e a medida que progride a
organização dos mercados de investimento, aumenta o risco de um predomínio da
especulação.
consiste em prever a psicologia do mercado” e a medida que progride a
organização dos mercados de investimento, aumenta o risco de um predomínio da
especulação.
“Na maior parte dos casos, provavelmente, quando decidimos
fazer algo positivo cujas consequências finais só produzem os seus efeitos
passado muito tempo, só o fazemos impelidos pelos espíritos animais
– por um impulso espontâneo para agir, em vez de não fazer nada –, e não em
consequência de uma média ponderada de benefícios quantitativos multiplicados
pelas respectivas probabilidades quantitativas” (p. 169)
fazer algo positivo cujas consequências finais só produzem os seus efeitos
passado muito tempo, só o fazemos impelidos pelos espíritos animais
– por um impulso espontâneo para agir, em vez de não fazer nada –, e não em
consequência de uma média ponderada de benefícios quantitativos multiplicados
pelas respectivas probabilidades quantitativas” (p. 169)
“Só estamos a lembrar que as decisões humanas que afetam o
futuro, sejam elas pessoais, políticas ou econômicas, não podem depender da
estrita esperança matemática, uma vez que as bases para realizar semelhantes
cálculos não existem e que o nosso impulso inato para a atividade [e que faz
girar a máquina; quanto à nossa faceta racional, envida os melhores esforços
para escolher entre as diversas alternativas, calculando sempre que pode, mas
cedendo muitas vezes aos impulsos do capricho, do sentimento e da sorte” (p.
170)
futuro, sejam elas pessoais, políticas ou econômicas, não podem depender da
estrita esperança matemática, uma vez que as bases para realizar semelhantes
cálculos não existem e que o nosso impulso inato para a atividade [e que faz
girar a máquina; quanto à nossa faceta racional, envida os melhores esforços
para escolher entre as diversas alternativas, calculando sempre que pode, mas
cedendo muitas vezes aos impulsos do capricho, do sentimento e da sorte” (p.
170)
ANOTAÇÃO DE AULA – 11/4/12
O agente capitalista deve fazer previsões e montar
prognósticos sobre o que ele acha que vai acontecer. O presente tem um grande
peso nas expectativas de longo prazo. Mesmo com os conhecimentos e com a
previsão melhor para o longo prazo é preciso ainda considerar o grau de
confiança dos prognósticos feitos – o que Keynes chama de estado de confiança.
prognósticos sobre o que ele acha que vai acontecer. O presente tem um grande
peso nas expectativas de longo prazo. Mesmo com os conhecimentos e com a
previsão melhor para o longo prazo é preciso ainda considerar o grau de
confiança dos prognósticos feitos – o que Keynes chama de estado de confiança.
Por conta dessa dificuldade de decisões e previsões
concretas, os agentes acabam desenvolvendo técnicas que procuram minorizar a
precariedade das decisões. Keynes diz em um texto de 1937 que os agentes adoram
convenções (comportamentos convencionais) que representam uma continuidade do
presente no futuro a não ser que surja algum elemento que preveja mudanças.
Outro ponto desse comportamento é a consideração das ações dos outros agentes
desse mercado.
concretas, os agentes acabam desenvolvendo técnicas que procuram minorizar a
precariedade das decisões. Keynes diz em um texto de 1937 que os agentes adoram
convenções (comportamentos convencionais) que representam uma continuidade do
presente no futuro a não ser que surja algum elemento que preveja mudanças.
Outro ponto desse comportamento é a consideração das ações dos outros agentes
desse mercado.
Uma preocupação de Keynes é sobre o comércio de ações/títulos
e a forma como isso afeta os novos investimentos. A negociação de investimentos
velhos acabam agravando as precariedades das decisões. Um ponto considerado é
que podem haver agentes investidores mal informados com variáveis erradas e
fazem “investimentos errados” e aumentam ainda mais as incertezas desse
mercado. Do outro lado, os investidores profissionais – que estão muito presos
aos resultados de curto prazo porque não conseguem se financiar a longo prazo –
estão de olho na valorização dos ativos para vender mais caro as ações se
antecipando aos movimentos de compra e venda. Isso gera especulações (Keynes usa a metáfora do concurso de beleza que fala
que todos os indivíduos irão votar na candidata que acham que a maioria achará
a mais bonita e não naquela que o indivíduo acha a mais bonita).
e a forma como isso afeta os novos investimentos. A negociação de investimentos
velhos acabam agravando as precariedades das decisões. Um ponto considerado é
que podem haver agentes investidores mal informados com variáveis erradas e
fazem “investimentos errados” e aumentam ainda mais as incertezas desse
mercado. Do outro lado, os investidores profissionais – que estão muito presos
aos resultados de curto prazo porque não conseguem se financiar a longo prazo –
estão de olho na valorização dos ativos para vender mais caro as ações se
antecipando aos movimentos de compra e venda. Isso gera especulações (Keynes usa a metáfora do concurso de beleza que fala
que todos os indivíduos irão votar na candidata que acham que a maioria achará
a mais bonita e não naquela que o indivíduo acha a mais bonita).
Diferença de especulação e arbitragem é que o segundo se
trabalha com preços e resultados já conhecidos.
trabalha com preços e resultados já conhecidos.
Movimento de negociação gera liquidez e traz agentes ao
mercado, mas gera instabilidade e especulação.
mercado, mas gera instabilidade e especulação.
“O mundo ideal para Keynes seria um mar de investimentos com
poucas gotas de especulação” Ana Rosa
poucas gotas de especulação” Ana Rosa
Capítulo 13: A Teoria Geral da
Taxa de Juro
Taxa de Juro
“Pode-se dizer que a curva da EMgK rege as condições em que
se procuram fundos disponíveis para novos investimentos, enquanto a taxa de
juro governa os termos em que esses fundos são correntemente disponibilizados”
(p. 173)
se procuram fundos disponíveis para novos investimentos, enquanto a taxa de
juro governa os termos em que esses fundos são correntemente disponibilizados”
(p. 173)
As preferências psicológicas requerem a propensão marginal a
consumir e a forma que o agente conservará o direito sobre o consumo futuro que
reservou. A discussão sobre a forma de conservação desse direito considera a preferência
pela liquidez: “é dada por uma curva que representa o montante dos
seus recursos, medidos em termos monetários ou em unidades de salário, que
deseja conservar sob a forma de moeda em diferentes circunstâncias?” (p. 174)
consumir e a forma que o agente conservará o direito sobre o consumo futuro que
reservou. A discussão sobre a forma de conservação desse direito considera a preferência
pela liquidez: “é dada por uma curva que representa o montante dos
seus recursos, medidos em termos monetários ou em unidades de salário, que
deseja conservar sob a forma de moeda em diferentes circunstâncias?” (p. 174)
“Com efeito, em si, a taxa de juro
mais não é do que o inverso da relação existente entre uma soma de dinheiro e o
que se pode obter desistindo do controlo sobre esse dinheiro em troca de uma
dívida, por um prazo determinado (…) (é) a recompensa da renúncia à liquidez
(…) É o preço que estabelece o equilíbrio entre o desejo de manter a riqueza
em forma líquida e a quantidade de moeda disponível” (p. 174-5)
mais não é do que o inverso da relação existente entre uma soma de dinheiro e o
que se pode obter desistindo do controlo sobre esse dinheiro em troca de uma
dívida, por um prazo determinado (…) (é) a recompensa da renúncia à liquidez
(…) É o preço que estabelece o equilíbrio entre o desejo de manter a riqueza
em forma líquida e a quantidade de moeda disponível” (p. 174-5)
“A preferência pela liquidez é uma potencialidade ou
tendência funcional que fixa a quantidade de moeda que o público
deterá quando a taxa de juro é dada” (p. 175)
tendência funcional que fixa a quantidade de moeda que o público
deterá quando a taxa de juro é dada” (p. 175)
A incerteza quanto ao futuro da taxa
de juro é a condição necessário para que haja preferência pela liquidez.
de juro é a condição necessário para que haja preferência pela liquidez.
Motivações: transação, precaução
e especulação. Depois das críticas feitas à sua obra,
Keynes acrescenta um quarto motivo, que é o finnance que
abrange a demanda de dinheiro para os primeiros investimentos produtivos.
e especulação. Depois das críticas feitas à sua obra,
Keynes acrescenta um quarto motivo, que é o finnance que
abrange a demanda de dinheiro para os primeiros investimentos produtivos.
“Regra geral, podemos supor que a curva da preferência pela
liquidez que relaciona a quantidade de moeda com a taxa de juro é uma curva
contínua ao longo da qual a taxa decresce à medida que a quantidade de moeda
aumenta.” (p. 178) Causas que contribuem para esse quadro: (i) a queda da taxa
de juros pode significar um aumento da absorção de moeda pelo motivo transação,
uma vez que não ocorre tantas perdas com juros; (ii) queda da taxa de juros
pode fazer aumentar a quantidade de moeda conservada por conta das suas
expectativas de futuro aumento dessa taxa. Um grande acréscimo de dinheiro pode
aumentar a incerteza e isso aumenta a força do motivo precaução;
liquidez que relaciona a quantidade de moeda com a taxa de juro é uma curva
contínua ao longo da qual a taxa decresce à medida que a quantidade de moeda
aumenta.” (p. 178) Causas que contribuem para esse quadro: (i) a queda da taxa
de juros pode significar um aumento da absorção de moeda pelo motivo transação,
uma vez que não ocorre tantas perdas com juros; (ii) queda da taxa de juros
pode fazer aumentar a quantidade de moeda conservada por conta das suas
expectativas de futuro aumento dessa taxa. Um grande acréscimo de dinheiro pode
aumentar a incerteza e isso aumenta a força do motivo precaução;
“É interessante observar como a estabilidade do sistema e a
sua sensibilidade às variações da quantidade de moeda dependem a tal pondo da
existência de uma diversidade de
opiniões sobre o que é incerto” (p. 179)
sua sensibilidade às variações da quantidade de moeda dependem a tal pondo da
existência de uma diversidade de
opiniões sobre o que é incerto” (p. 179)
“Contudo, se estivermos tentados a afirmar que a moeda é a bebida que estimula a atividade
do sistema, não nos esqueçamos de que, enquanto se bebe e não bebe, podem
surgir muitos percalços no caminho. Embora seja de esperar que, coeteris paribus, um aumento da quantidade
de moeda reduza a taxa de juro, tal não ocorrerá se a preferência do público pela
liquidez subir mais do que a quantidade de moeda; e, embora se possa esperar
que, coeteris paribus, uma baixa da taxa de juro estimule o fluxo de
investimento, tal não acontecerá se a escala da eficiência marginal do capital
descer mais rapidamente que a taxa de juros; e, embora se possa esperar que,
coeteris paribus, um aumento do fluxo de investimento faça aumentar o emprego,
tal não ocorrerá se a propensão a consumir estiver a cair.” (p. 179 – 180)
do sistema, não nos esqueçamos de que, enquanto se bebe e não bebe, podem
surgir muitos percalços no caminho. Embora seja de esperar que, coeteris paribus, um aumento da quantidade
de moeda reduza a taxa de juro, tal não ocorrerá se a preferência do público pela
liquidez subir mais do que a quantidade de moeda; e, embora se possa esperar
que, coeteris paribus, uma baixa da taxa de juro estimule o fluxo de
investimento, tal não acontecerá se a escala da eficiência marginal do capital
descer mais rapidamente que a taxa de juros; e, embora se possa esperar que,
coeteris paribus, um aumento do fluxo de investimento faça aumentar o emprego,
tal não ocorrerá se a propensão a consumir estiver a cair.” (p. 179 – 180)
Capítulo 14: A Teoria Clássica
da Taxa de Juro
da Taxa de Juro
A tradição clássica considera a taxa de juro o “fator que
leva ao equilíbrio entre a procura de investimentos e a disponibilidade para
poupar” (p. 182) A poupança é a oferta de recursos e o investimento é a demanda
por recursos, sendo assim a taxa de juro é o fator que torna os dois fatores
iguais. Essa taxa é ficada no ponto em que ocorre essa igualdade.
leva ao equilíbrio entre a procura de investimentos e a disponibilidade para
poupar” (p. 182) A poupança é a oferta de recursos e o investimento é a demanda
por recursos, sendo assim a taxa de juro é o fator que torna os dois fatores
iguais. Essa taxa é ficada no ponto em que ocorre essa igualdade.
Capítulo 15: Os Factores
Psicológicos e Empresariais que incentivam a liquidez
Psicológicos e Empresariais que incentivam a liquidez
“A velocidade-rendimento da moeda mede
simplesmente a proporção de rendimento que o público deseja conservar sob forma
líquida, de tal modo que um seu aumento pode ser sintoma de uma redução da
preferência pela liquidez.” (p. 199)
simplesmente a proporção de rendimento que o público deseja conservar sob forma
líquida, de tal modo que um seu aumento pode ser sintoma de uma redução da
preferência pela liquidez.” (p. 199)
A procura pela moeda não é proporcional ao rendimento.
Motivo de transação para preferência pela liquidez pode se
dividir em motivação do rendimento e motivação dos negócios.
A força dos motivos transação e precaução depende, em parte, do custo e da
segurança para se obter dinheiro emprestado, ou seja, é também depende do
sistema bancário. Sistemas financeiros organizados e acessíveis diminuem a
força da motivação pela preferencia por liquidez. Além disso, bens lucrativos
também diminuem as motivações para a liquidez.
dividir em motivação do rendimento e motivação dos negócios.
A força dos motivos transação e precaução depende, em parte, do custo e da
segurança para se obter dinheiro emprestado, ou seja, é também depende do
sistema bancário. Sistemas financeiros organizados e acessíveis diminuem a
força da motivação pela preferencia por liquidez. Além disso, bens lucrativos
também diminuem as motivações para a liquidez.
Já a motivação da especulação é especialmente importante
porque transmite os efeitos da variação na quantidade de moeda. “É pela sua
influência sobre a motivação especulativa que a gestão da moeda faz sentir os
seus efeitos sobre o sistema econômico” (p. 201). Essa variação da moeda varia
de modo contínuo sob o efeito da alteração da taxa de juro – Keynes se refere à
curva que relaciona a oferta de moeda e a taxa de juro.
porque transmite os efeitos da variação na quantidade de moeda. “É pela sua
influência sobre a motivação especulativa que a gestão da moeda faz sentir os
seus efeitos sobre o sistema econômico” (p. 201). Essa variação da moeda varia
de modo contínuo sob o efeito da alteração da taxa de juro – Keynes se refere à
curva que relaciona a oferta de moeda e a taxa de juro.
– quanto maior for a quantidade de recursos líquidos que os
bancos desejam criar (ou cancelar) pela compra (ou venda) de obrigações e
divisas, maior deverá ser a subida (ou decida) da taxa de juro – tudo isso
operando no mercado aberto (open Market). As operações nesse
mercado podem influir sobre a taxa de juros por meio da oferta
de moeda ou devido às mudanças de expectativas.
bancos desejam criar (ou cancelar) pela compra (ou venda) de obrigações e
divisas, maior deverá ser a subida (ou decida) da taxa de juro – tudo isso
operando no mercado aberto (open Market). As operações nesse
mercado podem influir sobre a taxa de juros por meio da oferta
de moeda ou devido às mudanças de expectativas.
Se M é ouro ou papel moeda emitido para cobrir despesas, ΔM
representa ΔY com mesmo sinal. ΔM provoca Δi porque M1 não absorve todo o
dinheiro e há uma migração para M2 o que gera aumento do preço dos títulos.
Quando há, no final do processo a Δi, o sistema se equilibra.
representa ΔY com mesmo sinal. ΔM provoca Δi porque M1 não absorve todo o
dinheiro e há uma migração para M2 o que gera aumento do preço dos títulos.
Quando há, no final do processo a Δi, o sistema se equilibra.
“É pois evidente que a taxa de juro é
um fenômeno altamente psicológico” (p. 206) Ela é, acima disso, convencional:
“seu valor efetivo é em grande medida governado pela opinião prevalecente
quanto ao que se espera que seja o seu valor” (p. 207).
um fenômeno altamente psicológico” (p. 206) Ela é, acima disso, convencional:
“seu valor efetivo é em grande medida governado pela opinião prevalecente
quanto ao que se espera que seja o seu valor” (p. 207).
Para cada quantidade de moeda lançada
pela autoridade monetária haverá uma determinada taxa de juros.
pela autoridade monetária haverá uma determinada taxa de juros.
ANOTAÇÃO DE AULA – 13/4/12 (Capítulos 13 e
15)
15)
Para Keynes a taxa de juros (i) é determinada no mercado monetário,
é um preço monetário e isso quebra com a dicotomia clássica que diz que mercado
monetário não influencia os preços dos bens.
é um preço monetário e isso quebra com a dicotomia clássica que diz que mercado
monetário não influencia os preços dos bens.
A preferência pela liquidez está diretamente associada à
demanda da moeda. O custo central na determinação da taxa de juro são os
capitalistas, detentores da riqueza que têm em mente a valorização da sua
riqueza. Por quê? Por que serão esses detentores de riqueza que farão os
investimentos produtivos e aplicações, o que influenciará a EMgK por meio dos
preços dos bens de K e a taxa de juro por meio dos preços dos títulos
comercializados no mercado aberto.
demanda da moeda. O custo central na determinação da taxa de juro são os
capitalistas, detentores da riqueza que têm em mente a valorização da sua
riqueza. Por quê? Por que serão esses detentores de riqueza que farão os
investimentos produtivos e aplicações, o que influenciará a EMgK por meio dos
preços dos bens de K e a taxa de juro por meio dos preços dos títulos
comercializados no mercado aberto.
Os capitalistas têm duas possibilidades: títulos ou moedas. O
que os atrais para os títulos é a rentabilidade, suas taxas de juros; já a
moeda reserva de valor o que serve de atrativo é a liquidez (dicotomia entre
juros e liquidez); O que justifica a preferência pela liquidez é a incerteza
dos rendimentos dos investimentos. A taxa de juros é o que concilia a oferta de
moeda (compra de títulos e outros ativos) e a demanda de moeda (preferência
pela liquidez).
que os atrais para os títulos é a rentabilidade, suas taxas de juros; já a
moeda reserva de valor o que serve de atrativo é a liquidez (dicotomia entre
juros e liquidez); O que justifica a preferência pela liquidez é a incerteza
dos rendimentos dos investimentos. A taxa de juros é o que concilia a oferta de
moeda (compra de títulos e outros ativos) e a demanda de moeda (preferência
pela liquidez).
Um dos motivos que levam os agentes a demandarem moeda é a
especulação, movida pelas expectativas dos agentes quanto aos movimentos da
taxa de juros:
especulação, movida pelas expectativas dos agentes quanto aos movimentos da
taxa de juros:
(RC) Se os especuladores acham que a
taxa de juros do mercado (im) está menor que o valor que eles
consideram “normal” (in), o agente acredita que ela irá subir, por
isso preferem a liquidez para comprar títulos no futuro; in>im então im sobe
taxa de juros do mercado (im) está menor que o valor que eles
consideram “normal” (in), o agente acredita que ela irá subir, por
isso preferem a liquidez para comprar títulos no futuro; in>im então im sobe
(RC) Se os
especuladores acham que a taxa do mercado está maior que aquela que eles
consideram normal, portanto haverá queda da taxa de juros , por isso eles
preferem os títulos para não perder rentabilidade e porque os preços irão
subir; in<im então
im desce
especuladores acham que a taxa do mercado está maior que aquela que eles
consideram normal, portanto haverá queda da taxa de juros , por isso eles
preferem os títulos para não perder rentabilidade e porque os preços irão
subir; in<im então
im desce
(RC) Quando o
preço dos títulos (p) caem, a taxa de juros aumenta. P- = i+ (baixistas, bears)
preço dos títulos (p) caem, a taxa de juros aumenta. P- = i+ (baixistas, bears)
(RC) Quando o
preço dos títulos (p) sobem, a taxa de juros caem. P+ = i- (altistas, bulls)
preço dos títulos (p) sobem, a taxa de juros caem. P+ = i- (altistas, bulls)
Se a taxa de
juros sobe (i+), significa que o preço do título cai (P-) porque um aumento na
taxa de juros implica em uma queda no preço presente do título (pp) e um
consequente maior rendimento quando comparado com o preço futuro (pf).
juros sobe (i+), significa que o preço do título cai (P-) porque um aumento na
taxa de juros implica em uma queda no preço presente do título (pp) e um
consequente maior rendimento quando comparado com o preço futuro (pf).
As
motivações para preferência pela liquidez transação e precaução (M1) são
sensíveis à renda L1(Y) e a especulação (M2) é sensível à taxa de juro L2(i).
Portanto M1 + M2 = L1(Y) + L2(i).
motivações para preferência pela liquidez transação e precaução (M1) são
sensíveis à renda L1(Y) e a especulação (M2) é sensível à taxa de juro L2(i).
Portanto M1 + M2 = L1(Y) + L2(i).
ANOTAÇÃO DE AULA – 20/4/12 (Capítulo 15)
M = M1 + M2 =
L1(Y) + L2(i).
L1(Y) + L2(i).
A variação
da moeda depende ou do aumento da renda ou do mercado aberto. Por exemplo:
da moeda depende ou do aumento da renda ou do mercado aberto. Por exemplo:
(RC) Um aumento da moeda para salário
públicos aumenta a renda e a liquidez por motivos de transação (L1). Como o
sistema não consegue abraçar todo o aumento de moeda apenas em M1, então há uma
migração para o mercado financeiro que gera aumento de preço dos títulos, queda
da taxa de juros, aumento no investimento, aumento na renda a aumento em L1.
públicos aumenta a renda e a liquidez por motivos de transação (L1). Como o
sistema não consegue abraçar todo o aumento de moeda apenas em M1, então há uma
migração para o mercado financeiro que gera aumento de preço dos títulos, queda
da taxa de juros, aumento no investimento, aumento na renda a aumento em L1.
+M = +M2 =
+P = –i = +I = +Y = +L1
+P = –i = +I = +Y = +L1
ANOTAÇÃO DE AULA – 25/4/12 (Capítulo 15)
A taxa de
juros é um fenômeno psicológico porque depende da interpretação que os agentes
têm da realidade. Ponto importante na discussão dos comportamentos
convencionais. Keynes admite que a EMgK é flutuante e a taxa de juros
convencional e resistente à quedas.
juros é um fenômeno psicológico porque depende da interpretação que os agentes
têm da realidade. Ponto importante na discussão dos comportamentos
convencionais. Keynes admite que a EMgK é flutuante e a taxa de juros
convencional e resistente à quedas.
Capítulo 17: As propriedades essenciais
do juro e da moeda
do juro e da moeda
“Há três atributos que os diversos
tipos de activos possuem em graus diferentes, nomeadamente:
tipos de activos possuem em graus diferentes, nomeadamente:
i)
(…) Alguns ativos
originam um rendimento ou produção q,
medido em termos dos próprios activos, ao contribuírem para um processo de
produção ou ao prestarem serviços a um consumidor.
(…) Alguns ativos
originam um rendimento ou produção q,
medido em termos dos próprios activos, ao contribuírem para um processo de
produção ou ao prestarem serviços a um consumidor.
ii)
(…) [Há] custo
de manutenção c medido em
termos dos próprios ativos.
(…) [Há] custo
de manutenção c medido em
termos dos próprios ativos.
iii)
(…) Chamaremos
prêmio de liquidez l
de certo ativo montante (medido em termos do próprio ativo) que as pessoas
estão dispostas a pagar pela comodidade ou segurança potenciais proporcionadas
pelo poder de dispor dele.” (p. 225)
(…) Chamaremos
prêmio de liquidez l
de certo ativo montante (medido em termos do próprio ativo) que as pessoas
estão dispostas a pagar pela comodidade ou segurança potenciais proporcionadas
pelo poder de dispor dele.” (p. 225)
iv)
Outro atributo que
Keynes apresente é o da capacidade de valorização
(ou depreciação)
Outro atributo que
Keynes apresente é o da capacidade de valorização
(ou depreciação)
“Daqui se segue que a retribuição total
que se espera da propriedade de um activo, durante certo período, é igual ao
seu rendimento menos o seu custo de
manutenção mais o seu prêmio de
liquidez, ou seja, a q – c + l. Por outras palavras, q – c + l, em que q, c e l são medidos em unidades do próprio ativo, é a taxa de juro específica de qualquer
ativo” (p. 225-6)
que se espera da propriedade de um activo, durante certo período, é igual ao
seu rendimento menos o seu custo de
manutenção mais o seu prêmio de
liquidez, ou seja, a q – c + l. Por outras palavras, q – c + l, em que q, c e l são medidos em unidades do próprio ativo, é a taxa de juro específica de qualquer
ativo” (p. 225-6)
“A característica da moeda é ter um
rendimento nulo, um custo de manutenção insignificante, mas um prêmio de
liquidez substancial. Na verdade, as diferentes mercadorias podem ter graus
diferentes de premio de liquidez e a moeda pode incorrer em certos custos de
manutenção, por exemplo, os de guarda.” (p. 226)
rendimento nulo, um custo de manutenção insignificante, mas um prêmio de
liquidez substancial. Na verdade, as diferentes mercadorias podem ter graus
diferentes de premio de liquidez e a moeda pode incorrer em certos custos de
manutenção, por exemplo, os de guarda.” (p. 226)
“Os ativos cujo preço normal de oferta
for inferior ao preço de procura serão objeto de nova produção, e esses serão
os ativos que (com base no seu preço normal de oferta) têm uma eficiência
marginal superior à taxa de juro (sendo ambas as quantidades medidas pelo mesmo
padrão de valor, qualquer que seja). À medida que se expande o estoque de
ativos cuja eficiência marginal, ao princípio, era pelo menos igual à taxa de
juro, essa eficiência marginal tende a baixar (…). Chegará então um momento
em que deixará de ser vantajoso continuar a produzi-los, a menos que a taxa de juro
desça pari passu. Quando não houver nenhum ativo cuja eficiência marginal
alcance a taxa de juro, a produção de novos bens de capital deter-se-á” (p.
227)
for inferior ao preço de procura serão objeto de nova produção, e esses serão
os ativos que (com base no seu preço normal de oferta) têm uma eficiência
marginal superior à taxa de juro (sendo ambas as quantidades medidas pelo mesmo
padrão de valor, qualquer que seja). À medida que se expande o estoque de
ativos cuja eficiência marginal, ao princípio, era pelo menos igual à taxa de
juro, essa eficiência marginal tende a baixar (…). Chegará então um momento
em que deixará de ser vantajoso continuar a produzi-los, a menos que a taxa de juro
desça pari passu. Quando não houver nenhum ativo cuja eficiência marginal
alcance a taxa de juro, a produção de novos bens de capital deter-se-á” (p.
227)
Características apresentadas por Keynes
para que a moeda e a taxa monetária serem referência no sistema:
para que a moeda e a taxa monetária serem referência no sistema:
i)
Elasticidade de produção:
“tanto a longo como a curto prazo, a moeda (tem) uma elasticidade de produção
igual a zero, ou pelo menos muito reduzida, na medida em que se atenda apenas
ao potencial da empresa privada enquanto coisa distinta da autoridade monetária
– entendendo-se por elasticidade de produção neste sentido a resposta do volume
de mão-de-obra mobilizada para a produção da moeda em face de um aumento da
quantidade de trabalho que uma unidade da mesma dá direito a comprar” (p. 229)
Elasticidade de produção:
“tanto a longo como a curto prazo, a moeda (tem) uma elasticidade de produção
igual a zero, ou pelo menos muito reduzida, na medida em que se atenda apenas
ao potencial da empresa privada enquanto coisa distinta da autoridade monetária
– entendendo-se por elasticidade de produção neste sentido a resposta do volume
de mão-de-obra mobilizada para a produção da moeda em face de um aumento da
quantidade de trabalho que uma unidade da mesma dá direito a comprar” (p. 229)
ii)
Elasticidade de substituição:
“A segunda differentia da moeda é que ela tem uma elasticidade de substituição
igual, ou quase igual, a zero, o que significa que, quando o seu valor de troca
sobe, não surge nenhuma tendência para a substituir por outro fator, a não ser
talvez numa proporção ínfima, nos casos em que a moeda-mercadoria é também
usada na indústria ou nas artes.” (p. 230)
Elasticidade de substituição:
“A segunda differentia da moeda é que ela tem uma elasticidade de substituição
igual, ou quase igual, a zero, o que significa que, quando o seu valor de troca
sobe, não surge nenhuma tendência para a substituir por outro fator, a não ser
talvez numa proporção ínfima, nos casos em que a moeda-mercadoria é também
usada na indústria ou nas artes.” (p. 230)
“o desemprego se
desenvolve porque as pessoas querem a lua – os homens não conseguem emprego
quando o objetivo dos seus desejos (isto é, o dinheiro) é uma coisa que não se
produz e cuja procura não pode ser facilmente restringida. Não há outro remédio
senão persuadir o público de que a lua e o requeijão são praticamente a mesma
coisa, e pôr a trabalhar uma fábrica de requeijão (isto é, um banco central)
sob o controle do poder público” (p. 233) –
esta é a passagem em que Keynes o porquê do desemprego quando há insuficiência
de demanda agregada!
desenvolve porque as pessoas querem a lua – os homens não conseguem emprego
quando o objetivo dos seus desejos (isto é, o dinheiro) é uma coisa que não se
produz e cuja procura não pode ser facilmente restringida. Não há outro remédio
senão persuadir o público de que a lua e o requeijão são praticamente a mesma
coisa, e pôr a trabalhar uma fábrica de requeijão (isto é, um banco central)
sob o controle do poder público” (p. 233) –
esta é a passagem em que Keynes o porquê do desemprego quando há insuficiência
de demanda agregada!
“A nossa conclusão pode ser enunciada
na forma mais geral (tomando a propensão a consumir como dada) da seguinte
maneira. O fluxo de investimento não pode continuar a expandir-se quando a mais
alta das taxas de juros específicas de todos os bens disponíveis, medidas por
certo padrão, é igual à mais alta das eficiências marginais de todos os bens,
medidas pelo mesmo padrão” (p. 234) – Ou seja, se i > EMgK então não há
investimento!
na forma mais geral (tomando a propensão a consumir como dada) da seguinte
maneira. O fluxo de investimento não pode continuar a expandir-se quando a mais
alta das taxas de juros específicas de todos os bens disponíveis, medidas por
certo padrão, é igual à mais alta das eficiências marginais de todos os bens,
medidas pelo mesmo padrão” (p. 234) – Ou seja, se i > EMgK então não há
investimento!
Capítulo 18:
Reformulação da Teoria Geral do Emprego
Reformulação da Teoria Geral do Emprego
São dados: qualificação
e quantidade de mão-de-obra disponível, qualidade e quantidade do equipamento
disponível, a técnica existente, o grau de concorrência, as preferências dos
consumidores, a desutilidade das diferentes intensidades de trabalho e das
atividades de supervisão e organização, bem como a estrutura social.
e quantidade de mão-de-obra disponível, qualidade e quantidade do equipamento
disponível, a técnica existente, o grau de concorrência, as preferências dos
consumidores, a desutilidade das diferentes intensidades de trabalho e das
atividades de supervisão e organização, bem como a estrutura social.
Variáveis independentes:
propensão a consumir, a curva de eficiência marginal do capital e a taxa de
juro (p. 241);
propensão a consumir, a curva de eficiência marginal do capital e a taxa de
juro (p. 241);
Variáveis dependentes:
“volume do emprego e o rendimento nacional (ou dividendo nacional) medidos em
unidades de salário” (p. 241).
“volume do emprego e o rendimento nacional (ou dividendo nacional) medidos em
unidades de salário” (p. 241).
“os fatores dados permitem-nos
inferir qual o montante do rendimento nacional, medido em unidades de salário,
que corresponderá a qualquer volume de emprego, de maneira que, dentro da
estrutura econômica que tomamos como dada, o rendimento nacional depende do
volume de emprego, isto é, da quantidade de esforço atualmente consagrado à
produção, no sentido de que há uma correlação unívoca entre os dois” (p. 242)
inferir qual o montante do rendimento nacional, medido em unidades de salário,
que corresponderá a qualquer volume de emprego, de maneira que, dentro da
estrutura econômica que tomamos como dada, o rendimento nacional depende do
volume de emprego, isto é, da quantidade de esforço atualmente consagrado à
produção, no sentido de que há uma correlação unívoca entre os dois” (p. 242)
Determinantes do fluxo de investimento
EMgK –
Rendimento prospectivo dos bens de K e condições físicas da indústria
i – estado de
preferência pela liquidez e quantidade de moeda |
depende, (…) em parte, dos fatores dados e, em parte, do rendimento
prospectivo dos bens de capital de diferentes espécies, ao passo que a taxa de
juro é parcialmente regida pelo estado da preferência pela liquidez e também
pela quantidade de moeda medida em unidades de salário” (p. 242)
“as condições
físicas da oferta nas indústrias de bens de capital, o estado da confiança quanto ao rendimento prospectivo, a
atitude psicológica para com a liquidez e a quantidade de moeda (calculada de
preferência em termos de unidades de salário) determinam, em conjunto, o fluxo
de novos investimentos.” (p. 243)
físicas da oferta nas indústrias de bens de capital, o estado da confiança quanto ao rendimento prospectivo, a
atitude psicológica para com a liquidez e a quantidade de moeda (calculada de
preferência em termos de unidades de salário) determinam, em conjunto, o fluxo
de novos investimentos.” (p. 243)
“as variações do fluxo de
consumo são, em geral, na mesma
direção (embora de grandeza menor)
que as variações do fluxo de rendimento. A relação entre um incremento do
consumo que deve acompanhar um incremento da poupança é determinada pela
propensão marginal a consumir. A relação, assim determinada, entre um incremento
do investimento e o incremento correspondente do rendimento agregado, ambos
medidos em unidades de salário, é dada pelo multiplicador
de investimentos.” (p. 244)
consumo são, em geral, na mesma
direção (embora de grandeza menor)
que as variações do fluxo de rendimento. A relação entre um incremento do
consumo que deve acompanhar um incremento da poupança é determinada pela
propensão marginal a consumir. A relação, assim determinada, entre um incremento
do investimento e o incremento correspondente do rendimento agregado, ambos
medidos em unidades de salário, é dada pelo multiplicador
de investimentos.” (p. 244)
“há três maneiras pelas quais pode
aumentar a procura da moeda, a saber: pelo fato de o valor da produção subir
quando o emprego aumenta, mesmo que a unidade de salário e os preços (em
unidades de salário) não mudem; pelo fato de a própria unidade de salário
tender a subir à medida que o emprego melhora; e pelo fato de o aumento da
produção ser acompanhado por uma subida de preços (em termos da unidade de
salário), devida ao aumento dos custos no curto prazo.” (p. 244)
aumentar a procura da moeda, a saber: pelo fato de o valor da produção subir
quando o emprego aumenta, mesmo que a unidade de salário e os preços (em
unidades de salário) não mudem; pelo fato de a própria unidade de salário
tender a subir à medida que o emprego melhora; e pelo fato de o aumento da
produção ser acompanhado por uma subida de preços (em termos da unidade de
salário), devida ao aumento dos custos no curto prazo.” (p. 244)
ANOTAÇÃO DE AULA – 5/5/12 (Capítulo 15)
Segundo
Keynes, variáveis nominais podem afetar as reais diferente da dicotomia
clássica de que a moeda não afeta o mercado de trabalho e a renda. No capítulo
17, Keynes pretende entender a teoria da preferência pela liquidez a partir de
uma teoria da precificação dos títulos.
Keynes, variáveis nominais podem afetar as reais diferente da dicotomia
clássica de que a moeda não afeta o mercado de trabalho e a renda. No capítulo
17, Keynes pretende entender a teoria da preferência pela liquidez a partir de
uma teoria da precificação dos títulos.
Como entender PL por precificação de títulos? A partir
da análise dos atributos dos ativos (liquidez, custo de manutenção,
rentabilidade e valorização), Keynes argumenta que a taxa de juros monetária é
melhor referência por ser a mais líquida de todas e a menos sensível à
variações do cenário econômico. Essa baixa sensibilidade da moeda está ligada à
suas baixas elasticidades de produção e de substituição. O que liga esses
pontos é a forma como os agentes avaliam os títulos para fazer seus
investimentos e comparam a eficiência marginal do capital com a taxa de juros –
é por esse motivo que Keynes menciona que os determinantes para o fluxo de
investimento são características tanto da EMgK – como as capacidade física das
indústrias e suas tecnologias e também a confiança nas prospecções dos
rendimentos do investimento produtivo, ou seja, confiança nas previsões do
quanto o empresário esperar faturar com sua decisão de investimento presente – como
da taxa de juros – principalmente pelo estado de preferência pela liquidez e a
quantidade de moeda.
da análise dos atributos dos ativos (liquidez, custo de manutenção,
rentabilidade e valorização), Keynes argumenta que a taxa de juros monetária é
melhor referência por ser a mais líquida de todas e a menos sensível à
variações do cenário econômico. Essa baixa sensibilidade da moeda está ligada à
suas baixas elasticidades de produção e de substituição. O que liga esses
pontos é a forma como os agentes avaliam os títulos para fazer seus
investimentos e comparam a eficiência marginal do capital com a taxa de juros –
é por esse motivo que Keynes menciona que os determinantes para o fluxo de
investimento são características tanto da EMgK – como as capacidade física das
indústrias e suas tecnologias e também a confiança nas prospecções dos
rendimentos do investimento produtivo, ou seja, confiança nas previsões do
quanto o empresário esperar faturar com sua decisão de investimento presente – como
da taxa de juros – principalmente pelo estado de preferência pela liquidez e a
quantidade de moeda.
As decisões
são todas permeadas pela liquidez porque ela é a segurança no futuro incerto.
são todas permeadas pela liquidez porque ela é a segurança no futuro incerto.
+M = -i
se a preferência pela liquidez se mantiver: essa
é uma relação importante contida na passagem em que Keynes diz que a moeda é o
líquido e pode haver uma distância entre a taça e os lábios, a mudança da
preferência pela liquidez quando ocorre um aumento de moeda é justamente essa
distância comentada por ele, uma vez que pode ocorrer variação da moeda com a
finalidade de regular o sistema, mas não surtir efeito nenhum se os agentes
preferirem ainda mais a liquidez uma vez que agindo dessa forma a taxa de juros
não irá variar e não causará variação o fluxo de investimento. Uma variação no
dinheiro por meio de compra ou venda de títulos incentiva ou reprime a compra
de títulos a partir das variações nos preços dos ativos. Além disso, pode
ocorrer uma queda na EMgK, queda da propensão marginal a consumir…
se a preferência pela liquidez se mantiver: essa
é uma relação importante contida na passagem em que Keynes diz que a moeda é o
líquido e pode haver uma distância entre a taça e os lábios, a mudança da
preferência pela liquidez quando ocorre um aumento de moeda é justamente essa
distância comentada por ele, uma vez que pode ocorrer variação da moeda com a
finalidade de regular o sistema, mas não surtir efeito nenhum se os agentes
preferirem ainda mais a liquidez uma vez que agindo dessa forma a taxa de juros
não irá variar e não causará variação o fluxo de investimento. Uma variação no
dinheiro por meio de compra ou venda de títulos incentiva ou reprime a compra
de títulos a partir das variações nos preços dos ativos. Além disso, pode
ocorrer uma queda na EMgK, queda da propensão marginal a consumir…
Como a taxa de juros
monetária é a referência, ela pode ser também um entrave, uma vez que as
rentabilidades de outros ativos fiquem abaixo da taxa de juros monetária não
haverá produção porque os agentes preferirão a liquidez. Então pode-se explicar a existência de desemprego involuntário
simplesmente pelo fato de que nem todos as EMgKs são iguais ou superiores à
taxa de juros, isso faz com que o empresário que deveria ser investir
produtivamente prefira outros ativos não produtivos. Essa é a principal diferença
entre Keynes e os clássicos uma vez que eles propunham que todo o dinheiro na
economia era usado em investimentos que geravam renda e emprego, além do que
eles adotavam o dinheiro como mero meio de troca. Já Keynes prova que a moeda
tem mais um atributo: reserva de valor. Os clássicos apenas consideravam as
funções meio de troca e equivalente geral.
monetária é a referência, ela pode ser também um entrave, uma vez que as
rentabilidades de outros ativos fiquem abaixo da taxa de juros monetária não
haverá produção porque os agentes preferirão a liquidez. Então pode-se explicar a existência de desemprego involuntário
simplesmente pelo fato de que nem todos as EMgKs são iguais ou superiores à
taxa de juros, isso faz com que o empresário que deveria ser investir
produtivamente prefira outros ativos não produtivos. Essa é a principal diferença
entre Keynes e os clássicos uma vez que eles propunham que todo o dinheiro na
economia era usado em investimentos que geravam renda e emprego, além do que
eles adotavam o dinheiro como mero meio de troca. Já Keynes prova que a moeda
tem mais um atributo: reserva de valor. Os clássicos apenas consideravam as
funções meio de troca e equivalente geral.
Para Keynes, as
economias capitalistas são muito suscetíveis à flutuações, mas não são
instáveis porque a PMgK tem um multiplicador maior que um, mas não tão grande a
ponto de variações dos gastos autônomos terem grandes efeitos na renda e no
emprego e os investimentos são sensíveis à taxa de juro de forma proporcional.
Além disso um aumento de emprego não registra um aumento exorbitante dos
salários.
economias capitalistas são muito suscetíveis à flutuações, mas não são
instáveis porque a PMgK tem um multiplicador maior que um, mas não tão grande a
ponto de variações dos gastos autônomos terem grandes efeitos na renda e no
emprego e os investimentos são sensíveis à taxa de juro de forma proporcional.
Além disso um aumento de emprego não registra um aumento exorbitante dos
salários.
Capítulo 24: Notas finais sobre a
filosofia social a que poderia levar a teoria geral
filosofia social a que poderia levar a teoria geral
“Os defeitos flagrantes da sociedade
econômica em que vivemos são sua incapacidade para proporcionar o pleno emprego
e a sua arbitrária e não equitativa repartição da riqueza e dos rendimentos”
(p. 355)
econômica em que vivemos são sua incapacidade para proporcionar o pleno emprego
e a sua arbitrária e não equitativa repartição da riqueza e dos rendimentos”
(p. 355)
“a magnitude da poupança efetiva é
necessariamente determinada pela escala do investimento, e que esta escala é
promovida por uma taxa de juro baixa, desde que não tentemos estimulá-la por
essa via para além do nível que corresponde ao pleno emprego.” (p. 357)
necessariamente determinada pela escala do investimento, e que esta escala é
promovida por uma taxa de juro baixa, desde que não tentemos estimulá-la por
essa via para além do nível que corresponde ao pleno emprego.” (p. 357)
¿Quando ocorre a insuficiência da
demanda agregada por conta de aplicações que não geram emprego e renda por
parte do empresário, pode-se dizer que esse empresário está adotando posturas
de um rentier, um investidor sem
função, como Keynes criticou no capítulo 24?
demanda agregada por conta de aplicações que não geram emprego e renda por
parte do empresário, pode-se dizer que esse empresário está adotando posturas
de um rentier, um investidor sem
função, como Keynes criticou no capítulo 24?
“O Estado
deverá exercer uma influência orientadora sobre a propensão a consumir, em
parte através do sistema de tributação, em parte por meio da fixação da taxa de
juro e, em parte, eventualmente, por outros meios.” (p. 360)
deverá exercer uma influência orientadora sobre a propensão a consumir, em
parte através do sistema de tributação, em parte por meio da fixação da taxa de
juro e, em parte, eventualmente, por outros meios.” (p. 360)
“Até hoje, o crescimento da riqueza
mundial tem sido menor do que o volume agregado das poupanças individuais, e a
diferença corresponde às perdas sofridas por aqueles cuja coragem e iniciativa
não foram acompanhadas por uma habilidade excepcional ou por uma sorte fora do
comum” (p. 362)
mundial tem sido menor do que o volume agregado das poupanças individuais, e a
diferença corresponde às perdas sofridas por aqueles cuja coragem e iniciativa
não foram acompanhadas por uma habilidade excepcional ou por uma sorte fora do
comum” (p. 362)
“Os homens práticos que se julgam
livres de qualquer influência intelectual são habitualmente escravos de algum
economista morto. Os desvairados que ocupam posições de autoridade, que ouvem
vozes a pairar no ar, destilam os seus frenesis dos escritos deixados por algum
escriba acadêmico uns anos antes.” (p. 364)
livres de qualquer influência intelectual são habitualmente escravos de algum
economista morto. Os desvairados que ocupam posições de autoridade, que ouvem
vozes a pairar no ar, destilam os seus frenesis dos escritos deixados por algum
escriba acadêmico uns anos antes.” (p. 364)
Seminário
Vertelli – 18/05/2012
Vertelli – 18/05/2012
Não se consegue determinar a taxa de
juros simplesmente olhando o lado da oferta, tem que ser analisado o lado da
demanda – que é o ponto de inovação de Keynes.
juros simplesmente olhando o lado da oferta, tem que ser analisado o lado da
demanda – que é o ponto de inovação de Keynes.
A preferência pela liquidez passa a ser
acomodada a um taxa de juros mais baixo.
acomodada a um taxa de juros mais baixo.
Os agentes preferem a liquidez por
causa da incerteza.
causa da incerteza.
Um investidor pode ser um especulador
ao investir na capacidade produtiva
ao investir na capacidade produtiva
Um investidor inovador é um
especulador?
especulador?
Consumo para Keynes é um gasto
subordinado e investimento é o central. O central em investimento é a decisão
de investimento porque é dai que gera a renda e o emprego. Investimento é
autônomo, independente da renda. É preciso considerar o cenário onde o
investimento é tomado e os desdobramentos desse investimento. É na hora da
decisão que as coisas acontecem.
subordinado e investimento é o central. O central em investimento é a decisão
de investimento porque é dai que gera a renda e o emprego. Investimento é
autônomo, independente da renda. É preciso considerar o cenário onde o
investimento é tomado e os desdobramentos desse investimento. É na hora da
decisão que as coisas acontecem.
Taxa de juros é referência de aplicação
e não custo de investimento.
e não custo de investimento.
¿É
possível explicar a determinação do emprego pela oferta de moeda?
possível explicar a determinação do emprego pela oferta de moeda?
O
mercado mais importante é o monetário que é onde se dá a determinação da taxa
de juros que serve de referência para os investimentos que gerarão renda e
emprego.
mercado mais importante é o monetário que é onde se dá a determinação da taxa
de juros que serve de referência para os investimentos que gerarão renda e
emprego.
!Fazer
um levantamento das principais relações de causalidade passadas durante a aula!
um levantamento das principais relações de causalidade passadas durante a aula!
REVISÃO
DE PROVA – 23/05/12
DE PROVA – 23/05/12
Item 5 do capítulo 13
Propensão a entesourar não
significa entesouramento, se assemelha com a preferência pela liquidez. A
precificação da propensão a entesourar se refere à preferência pela moeda.
significa entesouramento, se assemelha com a preferência pela liquidez. A
precificação da propensão a entesourar se refere à preferência pela moeda.
Estado
de expectativa de longo prazo.
de expectativa de longo prazo.
O
fato de existir moeda explica a insuficiência de demanda efetiva, porque a
preferência pela liquidez não gera emprego e renda.
fato de existir moeda explica a insuficiência de demanda efetiva, porque a
preferência pela liquidez não gera emprego e renda.
ΔY
= ΔI + ΔC sendo ΔC = ΔY.c em que c é a propensão a consumir.
= ΔI + ΔC sendo ΔC = ΔY.c em que c é a propensão a consumir.
Substituindo,
temos ΔY = ΔI + ΔY.c > ΔY – ΔY.c =
ΔI >
ΔY (1 – c) = ΔI
temos ΔY = ΔI + ΔY.c > ΔY – ΔY.c =
ΔI >
ΔY (1 – c) = ΔI
Portanto
ΔY = ΔI . [1 / (1 – c)]
ΔY = ΔI . [1 / (1 – c)]
k
= [1 / (1 – c)] é o multiplicador.
= [1 / (1 – c)] é o multiplicador.
Relações de causalidade
·
Aumentos do investimento fazem a EMgK cair, por conta
da concorrência. Quando se pensa no fluxo de renda esperado é preciso
considerar a concorrência existente que irá afertar o fluxo de renda esperado,
portanto tem um efeito a longo prazo que é a queda da EMgK. No curto prazo o
aumento do investimento gera aumento no preço de oferta do bem de K.
Aumentos do investimento fazem a EMgK cair, por conta
da concorrência. Quando se pensa no fluxo de renda esperado é preciso
considerar a concorrência existente que irá afertar o fluxo de renda esperado,
portanto tem um efeito a longo prazo que é a queda da EMgK. No curto prazo o
aumento do investimento gera aumento no preço de oferta do bem de K.
·
Caso a taxa de juros caia, o investimento será adiado
porque os próximos investidores terão uma rentabilidade mais baixa e
consequentemente oferecerão produtos a preços menores.
Caso a taxa de juros caia, o investimento será adiado
porque os próximos investidores terão uma rentabilidade mais baixa e
consequentemente oferecerão produtos a preços menores.
·
Se os especuladores acham que a taxa de juros do
mercado (im) está menor que o valor que eles consideram “normal” (in),
o agente acredita que ela irá subir, por isso preferem a liquidez para comprar
títulos no futuro; in>im
então im sobe
Se os especuladores acham que a taxa de juros do
mercado (im) está menor que o valor que eles consideram “normal” (in),
o agente acredita que ela irá subir, por isso preferem a liquidez para comprar
títulos no futuro; in>im
então im sobe
·
Se os especuladores acham que a taxa do mercado está
maior que aquela que eles consideram normal, portanto haverá queda da taxa de
juros , por isso eles preferem os títulos para não perder rentabilidade e
porque os preços irão subir; in<im
então im desce
Se os especuladores acham que a taxa do mercado está
maior que aquela que eles consideram normal, portanto haverá queda da taxa de
juros , por isso eles preferem os títulos para não perder rentabilidade e
porque os preços irão subir; in<im
então im desce
·
Quando o preço dos títulos (p) caem, a taxa de juros
aumenta. P- = i+ (baixistas, bears)
Quando o preço dos títulos (p) caem, a taxa de juros
aumenta. P- = i+ (baixistas, bears)
·
Quando o preço dos títulos (p) sobem, a taxa de juros
caem. P+ = i- (altistas, bulls)
Quando o preço dos títulos (p) sobem, a taxa de juros
caem. P+ = i- (altistas, bulls)
·
Um aumento da moeda para salário públicos aumenta a
renda e a liquidez por motivos de transação (L1). Como o sistema não consegue
abraçar todo o aumento de moeda apenas em M1, então há uma migração para o
mercado financeiro que gera aumento de preço dos títulos, queda da taxa de
juros, aumento no .investimento, aumento na renda a aumento em L1.
Um aumento da moeda para salário públicos aumenta a
renda e a liquidez por motivos de transação (L1). Como o sistema não consegue
abraçar todo o aumento de moeda apenas em M1, então há uma migração para o
mercado financeiro que gera aumento de preço dos títulos, queda da taxa de
juros, aumento no .investimento, aumento na renda a aumento em L1.
+M = +M2 = +P = –i = +I = +Y =
+L1
+L1
·
+i = -I
+i = -I
·
+M = -i se a preferência pela liquidez se mantiver
+M = -i se a preferência pela liquidez se mantiver