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[Crônica] Impressões de leitura: O que você pediria ao ser mais poderoso que o gênio da lâmpada? [Resenha “Fausto”, de Goethe (Editora 34)]

Vamos fazer um exercício de reflexão e abstração. Você, homem heterossexual, está com quase 40 anos e já é doutor e professor de uma universidade pública. Provavelmente favorecido pela vida para não precisar trabalhar nos anos de faculdade, mestrado e doutorado, dedicou todo esse tempo de “intensa pesquisa” para conhecer o que é a vida e o que provavelmente existe além dela. Essa vida além da vida, conhecida por uns como o Paraíso ou até mesmo como o Inferno, é governada por uma entidade superiora que detém um conhecimento infinitamente maior que o seu. Por mais que você tenha estudado… Ler mais »[Crônica] Impressões de leitura: O que você pediria ao ser mais poderoso que o gênio da lâmpada? [Resenha “Fausto”, de Goethe (Editora 34)]

Cinco minutos: espera, contatos frustrados e algumas voltas no parafuso. [Resenha da obra “A outra volta do parafuso”, de Henry James (Penguim)]

O calor infernal das tardes de São Paulo abrira espaço para os ventos quase gelados de setembro. Final de noite, quase começo da madrugada de um novo dia. Em casa apenas o autor deste artigo e suas duas gatas, Raja e Manila. Silêncio. Nem carros, nem motos, nem pedestres ousavam perturbar a calma e a ansiedade do ambiente. As gatas não haviam percebido nada ainda, mas sobre a mesa estavam os instrumentos para a redação deste trabalho: compasso, um copo americano e o tabuleiro de Ouija. Era preciso estabelecer um contato com o sobrenatural para confirmar detalhes da obra de… Ler mais »Cinco minutos: espera, contatos frustrados e algumas voltas no parafuso. [Resenha da obra “A outra volta do parafuso”, de Henry James (Penguim)]

O humano, a religião e a sociedade de “Os irmãos Karamázov”, de F. Dostoiévski

Ler Dostoievski, em especial “Os irmãos Karamázov”, é mergulhar de cabeça no ser humano, na Rússia e na religião. A obra, a última escrita pelo autor, em 1879, conta a história de três irmãos: Dmítri, Ivan e Alexei e a relação conturbada deles com o pai Fiódor (há um quarto filho também, quem será?). Não, não me esqueci de colocar os segundos nomes de cada um dos personagens aqui. De fato, todo e qualquer personagem sempre aparece com um nome composto difícil de se pronunciar e ainda mais complicado de memorizar e, claro, pronunciar. A única exceção são as crianças,… Ler mais »O humano, a religião e a sociedade de “Os irmãos Karamázov”, de F. Dostoiévski

O Leopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa + indicações de leituras complementares

Como comentei no vídeo e no texto sobre as primeiras impressões da TAG Experiências Literárias, o material complementar peca um pouco por conta da falta de informações. Embora a revista que a TAG envia junto do livro trazer um mapa lindo sobre as divisões da Itália antes de sua unificação, pouco (ou quase nada) é falado sobre o feudalismo naquele material. Esse tema é, contudo, essencial para entender a história do Príncipe de Salina, personagem principal da única obra de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. O feudalismo tem suas características próprias e peculiares. Apesar de haver um rei que (quase) tudo… Ler mais »O Leopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa + indicações de leituras complementares

[Sem teoria] Ler ou ser feliz? O que “Farenheit 451”, de Ray Bradbury, nos faz pensar?

Sabe aquele incômodo com o mundo? Aquele momento em que você olha um comentário inútil e sem propósito nenhum em um vídeo, texto ou imagem em algum rede social? Quando você ouve uma notícia sobre um crime ou mesmo uma notícia sobre o fato de 44% dos brasileiros afirmarem que não são leitores; 23 % dizerem que não gostam de ler ou 43% dizerem que gostam “um pouco”? Ou qualquer outra situação na qual você para e pensa: “Hein?”? De onde pode vir esse tipo de indignação? “Você pergunta o porquê de muitas coisas e, se insistir, acaba se tornando… Ler mais »[Sem teoria] Ler ou ser feliz? O que “Farenheit 451”, de Ray Bradbury, nos faz pensar?