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LGBTfobia: antes tarde do que nunca!

Na infinidade que é o tempo, nossa existência nesse mundo é só uma fração de segundo. Estamos tão acostumados com tudo acontecendo de maneira rápida, dadas as novas tecnologias da informação e comunicação (TICs), mas nem tudo é assim. Fora da esfera tecnológica, o tempo parece se deslocar a passos de uma tartaruga cansada de carregar o peso do mundo nas costas. Essa é a visão que justifica uma comemoração expressa na frase “Antes tarde do que nunca”, referente à votação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a criminalização das manifestações de ódio contra a população LGBTI+. Rolar a timeline… Ler mais »LGBTfobia: antes tarde do que nunca!

Medo Clássico e o que nossa memória coletiva sabe sobre “Drácula” e “Frankstein”

Passei as duas últimas semanas de fevereiro lendo “Drácula” e “Frankstein”, nas edições da editora DarkSide. Primeiro a história do vampiro, depois a do “experimento diabólico” de Victor. A ordem, na verdade, não foi a mais adequada, porém, as duas experiências resultaram em algumas reflexões que gostaria de compartilhar aqui. É, no mínimo, curioso ler pela primeira vez dois clássicos do horror depois dos 30 anos. Confesso que nunca tive muito interesse por ler nenhuma das obras até pouco tempo atrás. Porém, alguns meses depois de despertar essa curiosidade ganhei a obra de Mary Shelley de aniversário e a de… Ler mais »Medo Clássico e o que nossa memória coletiva sabe sobre “Drácula” e “Frankstein”

“Hibisco Roxo”: a história única e a toxicidade da fé cristã na África

Até onde vai sua fé, quando a falicidade de seus filhos está em jogo? Qual a importância da tradição e da fé e cultura locais? Quão destruidora é a cultura branca? Quão machista é a fé cristã? Qual é o valor da liberdade e o sabor de um sorriso? São perguntas como essas que martelam na cabeça após a leitura de “Hibisco Roxo”, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Não vou me atrever a responder todas, mas há algumas similaridades com a história brasileira que nos permite uma aproximação da realidade africana. Livro de estreia de Chimamanda, Hibisco Roxo ganhou… Ler mais »“Hibisco Roxo”: a história única e a toxicidade da fé cristã na África

“20 mil léguas submarinas”: seu potencial pedagógico e a divulgação científica do século XIX

Sempre tive curiosidade de ler “20 mil léguas submarinas”, de Jules Verne, por conta do filme “A Esfera” (1998). No longa, uma esfera dourada, supostamente alienígena, é descoberta no fundo do oceano e um grupo de cientistas é levado até lá para estudá-la. Um desses cientistas, interpretado por Samuel L. Jackson, estava lendo a obra de Verne e algo curioso começa a acontecer. No filme dirigido por Barry Levinson, o personagem de Jackson só lia a obra de Verne até um determinado capítulo, pois ele tinha medo de um animal gigantesco que até ali ameaçava a estabilidade dos personagens de… Ler mais »“20 mil léguas submarinas”: seu potencial pedagógico e a divulgação científica do século XIX

[Resenha] Pra quê entender o que são as ‘criaturas’ em “Caixa de Pássaros”?

Estava ansioso para assistir ao filme. Minha irmã já tinha falado do livro e mais alguma amiga também comentou algo sobre ele. Assim que ficou disponível na Netflix, assisti. Adorei a ideia, o roteiro, o desenvolvimento, a proposta, a atuação da protagonista. Nas redes sociais, porém, vi algumas pessoas dizendo que não entenderam nada: “Quem assistiu Bird Box e sentiu que faltou explicações? Tô tipo HAN”. Sim, estamos falando de Bird Box ou “Caixa de Pássaros”. Contudo, a questão central é: precisa mesmo de explicação? O filme estreou no dia 21 de dezembro deste ano, 2018, na Netflix. O livro,… Ler mais »[Resenha] Pra quê entender o que são as ‘criaturas’ em “Caixa de Pássaros”?

10 curiosidades sobre a formação familiar e intelectual de Marx (1818-1841)

HEINRICH, Michael. Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna: biografia e desenvolvimento de sua obra, volume 1: 1818-1841. Tradução Claudio Cardinali. 1a ed. São Paulo: Boitempo, 2018. A editora Boitempo lançou, no dia 16 de maio de 2018, o primeiro volume da biografia de Karl Marx. Elaborada por Michael Heinrich, a obra titulada “Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna: biografia e desenvolvimento de sua obra”, abrange os anos da infância e juventude, entre 1818 e 1841 (23 anos). Deste período, contudo, não há muitos relatos escritos nem pelo próprio Marx, que nunca fez uma autobiografia, e nem… Ler mais »10 curiosidades sobre a formação familiar e intelectual de Marx (1818-1841)

Como seria o mundo sem distinção de gênero? [Resenha de “A mão esquerda da escuridão”, de Ursula K Le Guin]

Qual é a primeira pergunta que fazemos sobre um recém-nascido? A resposta é rápida, porém, e se a mãe dessa criança respondesse: “Esse ser não tem sexo”; ou, para quem nunca viu algo parecido, respondesse: “É um andrógeno”. A pergunta, no fundo, é: E se nossa sociedade não tivesse distinção de gêneros? Sem homem e nem mulher? A primeira resposta, com a questão do gênero secularizada em nossa mente e sociedade, tende para analisar as implicações para nossa própria história. Em resumo, mulheres não seriam a construção social que sempre foram, como defende Simone de Beauvoir. Elas não ficariam na… Ler mais »Como seria o mundo sem distinção de gênero? [Resenha de “A mão esquerda da escuridão”, de Ursula K Le Guin]

Uma janta bem servida, cercas e padrões [Resenha de “Os Despossuídos”, de Marx (Boitempo) e “O Touro Ferdinando” (animação)]

Meio da tarde de um sábado. Ainda é verão, embora os calendários já apontem que algumas folhas deveriam ficar amareladas nas árvores do Ibirapuera, o Central Park brasileiro. Um clima que é usado como vergonha nacional, principalmente por aqueles que vivem os ares nova iorquinos durante alguns anos da vida. Esses acreditam que a Paulista e a Quinta Avenida são realmente cópias uma da outra, o que confere um pedacinho estadudinense em solo de Macunaíma. Esses, embora uns outros esses, acham que nem isso presta no país e que o bom é viver em terra de gente realmente civilizada e… Ler mais »Uma janta bem servida, cercas e padrões [Resenha de “Os Despossuídos”, de Marx (Boitempo) e “O Touro Ferdinando” (animação)]