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[Resenha] Pra quê entender o que são as ‘criaturas’ em “Caixa de Pássaros”?

Estava ansioso para assistir ao filme. Minha irmã já tinha falado do livro e mais alguma amiga também comentou algo sobre ele. Assim que ficou disponível na Netflix, assisti. Adorei a ideia, o roteiro, o desenvolvimento, a proposta, a atuação da protagonista. Nas redes sociais, porém, vi algumas pessoas dizendo que não entenderam nada: “Quem assistiu Bird Box e sentiu que faltou explicações? Tô tipo HAN”. Sim, estamos falando de Bird Box ou “Caixa de Pássaros”. Contudo, a questão central é: precisa mesmo de explicação? O filme estreou no dia 21 de dezembro deste ano, 2018, na Netflix. O livro,… Ler mais »[Resenha] Pra quê entender o que são as ‘criaturas’ em “Caixa de Pássaros”?

10 curiosidades sobre a formação familiar e intelectual de Marx (1818-1841)

HEINRICH, Michael. Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna: biografia e desenvolvimento de sua obra, volume 1: 1818-1841. Tradução Claudio Cardinali. 1a ed. São Paulo: Boitempo, 2018. A editora Boitempo lançou, no dia 16 de maio de 2018, o primeiro volume da biografia de Karl Marx. Elaborada por Michael Heinrich, a obra titulada “Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna: biografia e desenvolvimento de sua obra”, abrange os anos da infância e juventude, entre 1818 e 1841 (23 anos). Deste período, contudo, não há muitos relatos escritos nem pelo próprio Marx, que nunca fez uma autobiografia, e nem… Ler mais »10 curiosidades sobre a formação familiar e intelectual de Marx (1818-1841)

Como seria o mundo sem distinção de gênero? [Resenha de “A mão esquerda da escuridão”, de Ursula K Le Guin]

Qual é a primeira pergunta que fazemos sobre um recém-nascido? A resposta é rápida, porém, e se a mãe dessa criança respondesse: “Esse ser não tem sexo”; ou, para quem nunca viu algo parecido, respondesse: “É um andrógeno”. A pergunta, no fundo, é: E se nossa sociedade não tivesse distinção de gêneros? Sem homem e nem mulher? A primeira resposta, com a questão do gênero secularizada em nossa mente e sociedade, tende para analisar as implicações para nossa própria história. Em resumo, mulheres não seriam a construção social que sempre foram, como defende Simone de Beauvoir. Elas não ficariam na… Ler mais »Como seria o mundo sem distinção de gênero? [Resenha de “A mão esquerda da escuridão”, de Ursula K Le Guin]

Uma janta bem servida, cercas e padrões [Resenha de “Os Despossuídos”, de Marx (Boitempo) e “O Touro Ferdinando” (animação)]

Meio da tarde de um sábado. Ainda é verão, embora os calendários já apontem que algumas folhas deveriam ficar amareladas nas árvores do Ibirapuera, o Central Park brasileiro. Um clima que é usado como vergonha nacional, principalmente por aqueles que vivem os ares nova iorquinos durante alguns anos da vida. Esses acreditam que a Paulista e a Quinta Avenida são realmente cópias uma da outra, o que confere um pedacinho estadudinense em solo de Macunaíma. Esses, embora uns outros esses, acham que nem isso presta no país e que o bom é viver em terra de gente realmente civilizada e… Ler mais »Uma janta bem servida, cercas e padrões [Resenha de “Os Despossuídos”, de Marx (Boitempo) e “O Touro Ferdinando” (animação)]

[Crônica] Impressões de leitura: O que você pediria ao ser mais poderoso que o gênio da lâmpada? [Resenha “Fausto”, de Goethe (Editora 34)]

Vamos fazer um exercício de reflexão e abstração. Você, homem heterossexual, está com quase 40 anos e já é doutor e professor de uma universidade pública. Provavelmente favorecido pela vida para não precisar trabalhar nos anos de faculdade, mestrado e doutorado, dedicou todo esse tempo de “intensa pesquisa” para conhecer o que é a vida e o que provavelmente existe além dela. Essa vida além da vida, conhecida por uns como o Paraíso ou até mesmo como o Inferno, é governada por uma entidade superiora que detém um conhecimento infinitamente maior que o seu. Por mais que você tenha estudado… Ler mais »[Crônica] Impressões de leitura: O que você pediria ao ser mais poderoso que o gênio da lâmpada? [Resenha “Fausto”, de Goethe (Editora 34)]

Cinco minutos: espera, contatos frustrados e algumas voltas no parafuso. [Resenha da obra “A outra volta do parafuso”, de Henry James (Penguim)]

O calor infernal das tardes de São Paulo abrira espaço para os ventos quase gelados de setembro. Final de noite, quase começo da madrugada de um novo dia. Em casa apenas o autor deste artigo e suas duas gatas, Raja e Manila. Silêncio. Nem carros, nem motos, nem pedestres ousavam perturbar a calma e a ansiedade do ambiente. As gatas não haviam percebido nada ainda, mas sobre a mesa estavam os instrumentos para a redação deste trabalho: compasso, um copo americano e o tabuleiro de Ouija. Era preciso estabelecer um contato com o sobrenatural para confirmar detalhes da obra de… Ler mais »Cinco minutos: espera, contatos frustrados e algumas voltas no parafuso. [Resenha da obra “A outra volta do parafuso”, de Henry James (Penguim)]

O humano, a religião e a sociedade de “Os irmãos Karamázov”, de F. Dostoiévski

Ler Dostoievski, em especial “Os irmãos Karamázov”, é mergulhar de cabeça no ser humano, na Rússia e na religião. A obra, a última escrita pelo autor, em 1879, conta a história de três irmãos: Dmítri, Ivan e Alexei e a relação conturbada deles com o pai Fiódor (há um quarto filho também, quem será?). Não, não me esqueci de colocar os segundos nomes de cada um dos personagens aqui. De fato, todo e qualquer personagem sempre aparece com um nome composto difícil de se pronunciar e ainda mais complicado de memorizar e, claro, pronunciar. A única exceção são as crianças,… Ler mais »O humano, a religião e a sociedade de “Os irmãos Karamázov”, de F. Dostoiévski

O Leopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa + indicações de leituras complementares

Como comentei no vídeo e no texto sobre as primeiras impressões da TAG Experiências Literárias, o material complementar peca um pouco por conta da falta de informações. Embora a revista que a TAG envia junto do livro trazer um mapa lindo sobre as divisões da Itália antes de sua unificação, pouco (ou quase nada) é falado sobre o feudalismo naquele material. Esse tema é, contudo, essencial para entender a história do Príncipe de Salina, personagem principal da única obra de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. O feudalismo tem suas características próprias e peculiares. Apesar de haver um rei que (quase) tudo… Ler mais »O Leopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa + indicações de leituras complementares

[Sem teoria] Ler ou ser feliz? O que “Farenheit 451”, de Ray Bradbury, nos faz pensar?

Sabe aquele incômodo com o mundo? Aquele momento em que você olha um comentário inútil e sem propósito nenhum em um vídeo, texto ou imagem em algum rede social? Quando você ouve uma notícia sobre um crime ou mesmo uma notícia sobre o fato de 44% dos brasileiros afirmarem que não são leitores; 23 % dizerem que não gostam de ler ou 43% dizerem que gostam “um pouco”? Ou qualquer outra situação na qual você para e pensa: “Hein?”? De onde pode vir esse tipo de indignação? “Você pergunta o porquê de muitas coisas e, se insistir, acaba se tornando… Ler mais »[Sem teoria] Ler ou ser feliz? O que “Farenheit 451”, de Ray Bradbury, nos faz pensar?

Resenha: FILGUEIRAS, Luiz. História do Plano Real. (Cap. 3)

FILGUEIRAS, Luiz. História do Plano Real. 3a ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007. Cap. 3. A matriz da elaboração do Plano Real se constituiu de duas vertentes: o “Consenso de Washington” e a experiência do Plano Cruzado. O primeiro como um guia para novos caminhos para a América Latina, com o objetivo de estabilização e de desenvolvimento impulsionados pelo liberalismo, pela globalização e pela reestruturação produtiva. Já o segundo indicando os caminhos que não deveriam ser conduzidos após as discussões sobre a natureza da inflação inercial, a moeda indexada e o choque heterodoxo. O Consenso de Washington, elaborado em novembro… Ler mais »Resenha: FILGUEIRAS, Luiz. História do Plano Real. (Cap. 3)